segunda-feira, 31 de março de 2008

SMALL CAPS: OPORTUNIDADES & RISCOS

Prezados,

Investimentos com maior potencial de retorno estão sempre aa mira dos investidores.

Desta forma, as ações de menor liquidez, as chamadas "small caps", transformaram-se nos últimos anos em alvo de destacada atenção dos agentes atuantes em renda variável no Brasil, inclusive com o lançamento de fundos direcionados para este tipo de aplicação.

Esta maior atratividade forçou, inclusive, a normatização dos investimentos nessa classe de ativos via fundos de ações. Recentemente, a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) determinou que, em primeiro lugar, estes devem aplicar no mínimo 90% dos recursos nas 75 ações menos líquidas do índice IBrX-100 da Bovespa, formado por 100 papéis selecionados pelo critério de presença de mercado (capitalização). Já para os 10% restantes, o gestor está liberado para comprar qualquer ação do IBrX-100, com exceção das 10 mais líquidas.

Inicialmente é importante mencionar o fato de cerca de 85% das companhias listadas em mercados acionários no mundo serem classificáveis neste nicho, o que permite um maior espectro de alternativas para o gestor de recursos.

Em segundo lugar, a correlação da performance entre "small caps" e "large caps" (papéis de empresas maiores) oscila entre 0,5 e 0,8 de acordo com estudo publicado por Chisholm, T. (2003), sendo considerada baixa em seu limite inferior. Assim, é possível alcançar um valioso instrumento para diversificação de risco a partir desta combinação de ativos.

O terceiro ponto envolve o maior potencial de retorno desta classe de ativos, que encontra explicação inicial na baixa exposição à cobertura de analistas, o que criaria espaço para distorções expressivas entre preço de mercado e preço justo das ações.

Seriam as "small caps" efetivamente uma fonte de valor para investidores ávidos por retornos superiores à média de mercado?

Estudos acadêmicos diversos encontram resultados um tanto distintos. Dados publicados por renomado instituto americano mostram um retorno anualizado para as "small caps" de 17,5% e 12,7% para os períodos entre 1976-2006 e 1926-2006, respectivamente.

Já as "large caps" ofereceram 12,8% e 10,4% para os mesmos períodos. Por outro lado, outro estudo também realizado no mercado americano focado no período 1930-2000 revela, por exemplo, que as "large caps" ofereceram comparativamente maiores retornos nas décadas de 50, 80 e 90.

E no mercado brasileiro? Elas oferecem retorno superior?

No mercado acionário brasileiro, tivemos recentemente um exemplo que reforça a necessidade de cautela nos investimentos neste nicho de ações.

A performance das "small caps" foi inferior à rentabilidade do Índice Bovespa no período de 90 dias úteis (com encerramento em 06/03/08), capaz de capturar a turbulência do mercado iniciada em novembro.

De acordo com esta análise, o retorno médio dos fundos de ações ativos foi positiva em 11,25%, enquanto os principais fundos de "small caps" perderam 13,06%.

E aí??

Diante de resultados controversos, da aparente maior vulnerabilidade a momentos de pânico em crises e da resultante corrida por ativos mais líquidos, é razoável que o investidor exija retornos maiores (prêmios) para investimentos nesta classe de ativos como forma de remunerar o maior risco do menor tamanho destas companhias e também da eventual menor liquidez.

Em um âmbito mais técnico, a literatura aponta um natural desconto de 20% a 30% ao preço da ação como forma de punir o menor volume diário negociado.

Já para a variável relativa ao porte da companhia, para as menores empresas, os agentes deveriam requerer um retorno anual adicional de 2,62% de acordo com trabalho publicado nos EUA. Alternativamente, San Vicente (1998) e outros afirmam que este prêmio adicional necessário está completamente embutido no Beta da ação (variável responsável por mensurar o risco sistemático de um ativo e presente na fórmula do retorno requerido).

Portanto a diversificação e maior amplitude de investimentos são resultados alcançados pela aplicação em "small caps". No entanto, não basta selecionar empresas com base exclusivamente no valor de mercado para alcançar rentabilidade superior.

O importante é....

O fundamental é realizar boas escolhas de ativos, sejam do nicho de "small caps" ou de outro qualquer.

sexta-feira, 28 de março de 2008

EM PAZ COM O LEÃO DO IR

Prezados,

Já estamos em pleno momento de acertar as contas com o leão do imposto de renda.

Muitas aplicações são tributadas na fonte - caso dos fundos de investimento e CDBs -, e todo o trabalho de recolher o imposto é feito pelo banco, restando ao investidor apenas informar seus valores na declaração de bens.

Mas hoje é grande o número de pessoas que investem diretamente em ações e outros títulos, onde quem paga o imposto sobre o ganho é o próprio investidor.

É hora também de aproveitar para reduzir o imposto a pagar com as contribuições a fundos de previdência, como PGBLs e Fapis.

Muitos novatos no mercado acionário, acostumados a aplicar só em fundos, acaba deixando de pagar imposto achando que quem faz o recolhimento é a corretora, e precisa quitar o imposto agora, com multa.

IMPOSTO SOBRE AÇÕES
O imposto sobre ações segue a mesma regra do ganho de capital sobre a venda de outros bens, como imóves.

A diferença é que, com ações, é possível deduzir eventuais perdas. A apuração é mensal e o imposto vence no último dia útil do mês seguinte ao da venda das ações.

Mas há uma colher-de-chá: só há imposto se o valor vendido no mês for superior a R$ 20 mil. E não é R$ 20 mil por operação, é na soma de todas as vendas do mês.

A partir de R$ 20 mil, o investidor tem de pagar 15% sobre os ganhos líquidos, já descontadas eventuais perdas naquele mês ou no mês anterior. E não é só sobre o que ultrapassar R$ 20 mil, é sobre o valor total. As mesmas regras, de tributação na fonte e o limite de isenção, valem para aplicações em ouro.

O imposto em ações é pago pelo investidor em Darf com o código 6015.

Na declaração, é preciso informar mês a mês o ganho total das operações acima de R$ 20 mil na seção Renda Variável.

O sistema calcula o imposto que deveria ter sido pago. Lá também entram as operações feitas em mercados de opções e futuros. Se o valor vendido em ações não ultrapassar R$ 20 mil por mês, o investidor declara apenas o ganho na parte de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis, no item "Outros", na linha 12 da declaração.

E não adianta tentar se fingir de morto, porque, no ato da venda, a corretora recolhe na fonte 0,005% de imposto sobre o valor, avisando a Receita da operação. Apelidado de CPMF das ações, esse percentual pode ser deduzido na hora de pagar o imposto sobre o ganho de capital.

Porém, muito investidor desavisado vê esse recolhimento no extrato da corretora e acha que já pagou o imposto, e não é verdade! Além do que às vezes a retenção na fonte é cobrada a mais, pois não considera as perdas do investidor, mas é possível restituir o valor na declaração anual. Há no item Imposto Pago uma linha 'IR na Fonte Lei 11.033/ 2004' onde o investidor coloca o imposto a compensar.

Por tudo isso, é preciso ter todas as notas de corretagem à mão para fazer a declaração. Toda compra e venda deve ser informada. Outra dica é para quem esqueceu de pagar o imposto em algum mês do ano passado. O investidor pode pagar o imposto agora, mas coloca na declaração o valor como pago. Se não, pode cair na malha fina, mesmo tendo pago o imposto. O site da Receita tem um programa, o SICALC, que atualiza os valores.

Deve-se, ainda, discriminar na declaração de bens as ações separadamente, por empresa. E o valor não deve ser atualizado, é sempre o da aquisição. Vai-se somando os valores de cada nova compra em cada empresa e, na hora da venda, usa-se o valor médio para calcular o ganho. Vale lembrar que o investidor deve incluir os custos de corretagem no valor de aquisição das ações.

DAY-TRADE
Já as operações de compra e venda de ações no mesmo dia, ou "day trade", pagam 20% de imposto sobre os ganhos e mais 1% na fonte
. Pode-se compensar perdas entre operações de "day trade", mas não entre "day trade" e mercado à vista.

IMÓVEIS
Quem vendeu imóveis também precisa declarar os ganhos e o imposto, que já deve ter sido pago no mês seguinte ao da venda. Porém não há imposto se o dinheiro da venda de um imóvel residencial foi usado para comprar outro em 180 dias. Segundo ele, o programa GCAP, disponível no site da Receita, calcula automaticamente o ganho de capital, incluindo as deduções previstas, e que transfere os dados para a declaração.

PGBL & VGBL
O investidor deve aproveitar também e declarar as contribuições feitas à previdência privada, os PGBLs ou aos Fapis. É possível abater até 12% da renda bruta anual. Mas as contribuições para VGBLs não podem ser deduzidas. Na declaração não se deve colocar o saldo dos PGBL, apenas citá-lo na coluna discriminação. Já nos VGBLs, coloca-se o valor acumulado das aplicações, sem o ganho, que é tributado só na hora do saque.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Pensamentos de Buffet

" Se você não pretende manter um papel por dez anos, nem pense em mantê-lo por apenas dez minutos "

W. Buffet

Investidor atento tira vantagem das estatísticas

Prezados,

Ao ingressar num fundo de ações ou num fundo de investimentos qualquer, o aplicador tem de olhar não só se há consistência no histórico de resultados, como também se os riscos incorridos para alcançar aquele desempenho se enquadram ao seu perfil.

Termos como volatilidade, desvio padrão e Índice de Sharpe se incorporam ao vocabulário do investidor mais atento. São medidas que dão pistas sobre a qualidade da gestão, embora a rentabilidade e o risco observados no passado não sejam garantia de dinâmicas similares no futuro.

A tal da volatilidade, tão difundida pela mídia, significa a intensidade e freqüência das variações bruscas de um ativo, índice ou um título qualquer. Num fundo, é a medida de risco que a carteira apresenta levando-se em conta as oscilações das cotas diárias.

O desvio-padrão, tão corriqueiro no linguajar dos analistas e que pode parecer um palavrão aos simples mortais, é uma medida estatística de dispersão, de quanto um determinado resultado "foge" de sua média. Quanto menor o grau de dispersão, maior a representatividade da média e menor a projeção do risco. Outro termo bastante disseminado é o Value at Risk (VaR), medida de probabilidade de perda de determinada aplicação em cenários diversos.

O índice de Sharpe, por sua vez, foi desenvolvido pelo prêmio Nobel de Economia de 1990, William Sharpe. O indicador mede o rendimento de uma carteira versus o risco a que ela está exposta. A fórmula resulta da razão entre a diferença do retorno esperado de um investimento e a taxa de juros livre de risco - o CDI, no caso brasileiro - e o desvio-padrão. O resultado dessa equação indica que os fundos de investimento que oferecem as maiores taxas de rentabilidade em relação às suas taxas de risco são os melhores para se investir.

Analise Semanal PETR4: Pivot em formação

Prezados,

Analisando o gráfico semanal da PETR4 (para visualizar melhor o gráfico, dê um duplo clique na figura) percebe-se um importante suporte em 70 (respeitado desde Nov/07), que é respeitado durante o agravamento da crise em março/08 [ vide linha vermelha no gráfico abaixo ].


Por sua vez, é perceptível também a formação de um pivot de alta, cujo proximo repique poderia chegar ao patmar de 83.

Em paralelo a tudo isso, há uma leve melhora no humor do mercado, bem como boatos de uma novo campo de petróleo gigante, desta vez no Maranhão, mais especificamente em Barreirinhas, onde ficam os famosos lençóis maranhenses.

De qualquer forma, que seja pela análise gráfica ou pela técnica ativos como Petrobras e Vale tendem a se recuperar mais rapidamente com a melhoria do quadro, que teve seu agravamento no início de março, e já dá indícios de melhora, por conta de todas as medidas tomadas, e até porque os ativos se depreciaram muito.

VALE: Quando Perder é GANHAR!

Prezados,

Pelo menos no curto prazo, o fracasso da Vale em sua tentativa de comprar a Xstrata não será lamentado no mercado. Apesar de a empresa perder a chance de se tornar a maior mineradora do mundo e diversificar sua carteira de produtos, seis bancos e corretoras (Brascan, Itaú, Deutsche Bank, Espírito Santo, Prosper e Ativa) divulgaram relatórios nesta quarta-feira em que afirmam que as ações da empresa devem se valorizar nas próximas semanas.

A mais incisiva recomendação de compra foi divulgada pela Brascan Corretora. O analista Rodrigo Ferraz revisou para 74,09 reais o preço-alvo das ações preferenciais da empresa (VALE5), o que significaria uma valorização de 55,7% sobre a cotação da última segunda-feira. Essa alta refletiria o aumento de 86,7% obtido pela empresa para o preço das pelotas e também a alta de 65% a 71% para o minério de ferro, além da forte demanda por commodities na China. Ainda entre os pontos positivos do negócio, a corretora Ativa lembra que, sem a Xstrata, acaba o risco de a Vale se endividar demais e perder o grau de investimento das agências internacionais. E a Itaú Corretora diz que a Vale mostrou disciplina ao desistir da compra, o que deve ser bem-percebido pelo mercado.

A equipe de analistas do Banco Espírito Santo recomenda compra apenas das ações preferenciais da Vale. Com a expectativa de que a empresa fizesse uma megaemissão de papéis preferenciais para comprar a Xstrata, as ações ordinárias (VALE3) acabaram registrando um resultado melhor nos últimos dias – o que já não se justifica. O banco estabeleceu um preço-alvo de 71,80 reais para as ações preferenciais e lembra que a Vale é a grande mineradora com menor exposição a turbulências no mercado, já que seu principal produto, o minério de ferro, tem preços fechados anualmente com os clientes – sem as flutuações diárias de outros metais, como cobre, níquel ou ouro.

Nova oferta
Pela legislação britânica, ao encerrar as negociações com a Xstrata, a Vale deverá esperar ao menos seis meses para apresentar uma nova proposta. Esse prazo não precisará ser respeitado, entretanto, caso outra empresa apresente uma oferta de compra à Xstrata ou então se o conselho de administração da mineradora anglo-suíça recuar e decidir aceitar a proposta que havia sido rejeitada.

A corretora Prosper acredita que os acionistas minoritários da Xstrata poderiam pressionar a controladora, a trading Glencore, para fechar o negócio, já que as ações da empresa chegaram a cair 12% nesta quarta-feira na Bolsa de Londres. A possibilidade de que a Glencore ceda, entretanto, é considerada bastante pequena, segundo os analistas do Banco Espírito Santo. A Glencore gostaria de manter o direito de comercialização dos minérios produzidos pela Xstrata caso a empresa fosse vendida para a Vale, e essa foi um dos motivos que levou a empresa brasileira a desistir do negócio.

O Deutsche Bank lembra que outras empresas poderiam virar alvo da Vale, além da Xstrata. O banco acredita que mineradoras com boa participação nos mercados de cobre e carvão interessam à empresa brasileira e que um negócio com um valor de até 50 bilhões de dólares poderia ser anunciado no médio prazo.

O Unibanco, que dá preço-alvo de 74 reais para as ações preferenciais da Vale, concorda e diz que a consolidação no setor de mineração deve continuar, inclusive com a possibilidade de uma nova proposta da BHP para a compra da Rio Tinto – outro negócio que fracassou neste ano. As grandes empresas, entretanto, devem esperar a melhoria das condições de mercado para se aventurarem em novas propostas.

Ações de Bovespa e BM&F disparam com fusão

Prezados,

As ações da Bovespa Holding e da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) iniciaram os negócios desta quarta-feira (26/3) em alta, após as duas bolsas anunciarem na noite desta terça-feira que fecharam um acordo para fusão de suas atividades. Às 10h18, as ações da Bovespa eram cotadas a 27,89 reais, valorizadas em 12,23%, enquanto os papéis da BM&F subiam 8,33%, para 18,20 reais.

Com a fusão, será criada uma nova empresa, que será a terceira maior bolsa do mundo, e a segunda das Américas, em valor de mercado. A Nova Bolsa, como será provisoriamente chamada, é a maior da América Latina nos mercados de ações e derivativos, com participação de aproximadamente 80% do volume médio diário negociado com ações, e com negócios diários no mercado futuro no valor de US$ 67 bilhões.

Tanto os acionista da Bovespa, como os da BM&F, receberão uma ação da Nova Bolsa para cada ação que detêm hoje. Como o valor de mercado da Bovespa é superior ao da BM&F, os acionistas da bolsa paulista receberão um adicional em dinheiro de 1,24 bilhão de reais. O valor será rateado de acordo com a quantidade de ações que cada acionista possui.

O conselho de administração da Nova Bolsa será composto paritariamente por representantes indicados pela Bovespa e pela BM&F, tendo maioria de membros independentes. Até o dia 31 de dezembro de 2008 estará ativo um comitê de transição, do qual farão parte os respectivos presidentes e diretores-gerais das companhias.

Ao comitê de transição caberá, num prazo de 60 dias, a indicação do novo presidente do conselho de administração e do novo diretor-geral da Nova Bolsa. Até que ocorra essa indicação, a presidência do conselho de administração será ocupada pelos atuais presidentes do conselho de administração de cada uma das companhias, e os dois executivos principais das empresas ficarão com o cargo de diretores-gerais da Nova Bolsa.

Com a união, as bolsas estimam reduzir em até 25% suas despesas operações até 2010.

Negociações
As negociações entre as duas bolsas tiveram início em 19 de fevereiro, quando foi anunciada oficialmente a intenção das empresas em se fundirem. Na ocasião, ficou definido que por um prazo de 60 dias as duas bolsas não negociaram fusão ou aquisição com qualquer outra empresa.

Os rumores sobre uma possível fusão entre Bovespa e BM&F, no entanto, já circulavam no mercado desde o segundo semestre de 2007, em função da desmutualização de ambas as bolsas, seguida da abertura de capital. A primeira a listar suas ações no mercado foi a Bovespa, que em 26 de outubro de 2007 realizou sua oferta pública inicial de ações com os papéis custando 23 reais. O valor ficou acima do projetado inicialmente pelo Credit Suisse, coordenador da operação, que previa um preço inicial entre 15,50 reais e 18,50 reais. Em função da forte demanda, no entanto, a instituição se viu obrigada a rever suas estimativas às vésperas do IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial).

A operação rendeu à Bovespa 6,6 bilhões de reais, transformando seu IPO em um dos maiores do mundo em 2007. Logo no primeiro dia de negociações, entretanto, as cotações dispararam e as ações encerraram o pregão em de 52%. Isso fez com que o valor de mercado da Bovespa batesse os 25 bilhões de reais, ultrapassando empresas do porte de Embraer e Telemar.

Um mês depois foi a vez da BM&F lançar suas ações da Bolsa, levantando 6 bilhões de reais. Como aconteceu com a Bovespa, seus papéis saíram no teto do projetado pelos organizadores – 20 reais – e a companhia experimentou na estréia uma valorização de 22% em seus papéis, que fecharam o dia cotados a 24,40 reais.

Tendência mundial
A união entre Bovespa e BM&F segue uma tendência que já é verificada em bolsas de todo o mundo. Exemplo desse movimento é a recente fusão entre a Bolsa de Nova York e a européia Euronext, além da aquisição da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) pelo CME Group, controlador da Bolsa de Chicado.

A busca por parcerias também faz parte do processo de consolidação pelo qual passa o setor. A própria BM&F fechou, no ano passado, uma parceria com o CME Group na qual passou a deter 2,18% de participação no patrimônio da CME Group, tornando-se o sétimo maior acionista da instituição. Em troca, o CME Group adquiriu 10% de participação na BM&F.

terça-feira, 25 de março de 2008

SPLIT PETROBRAS APROVADO

Prezados,

A Petrobras informou em comunicado que foi aprovado hoje, 24/03/08, em Assembléia Geral Extraordinária, o desdobramento ("split") das ações da empresa na razão de 1 para 2.


Desta forma, para cada ação da empresa, o acionista receberá gratuitamente outro papel, da mesma espécie.

O mesmo ocorrerá com os ADRs da companhia negociados em Nova York.

De acordo com deliberação da assembléia, será usada como base para o desdobramento a posição acionária do dia 25 de abril deste ano.

A última vez que a Petrobras realizou um desdobramento de ações foi em setembro de 2005.

Vale dizer que as empresas desdobram suas ações para diluir o valor unitário do papel e, assim, aumentar a liquidez dos negócios em bolsa.




Na Volta da Páscoa...

Puxada pela Vale, Bovespa fechou hoje, 24/03/08, em alta de 1,4% .


Prezados,

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão desta segunda-feira (24) em alta, ajudada pela forte valorização das ações da Vale, seguindo a melhora do cenário internacional. As ações da companhia mineradora foram ajudadas pela redução do temor de uma forte queda nos preços das commodities básicas.

O Ibovespa - principal índice de ações do mercado paulista - subiu 1,4%, aos 59.812 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,8 bilhões, inferior à média diária do ano. No meio do dia, o mercado chegou a subir mais de 3%, passando de 61 mil pontos.

Nos EUA
As bolsas norte-americanas exibiram a segunda sessão seguida de forte alta, sendo que o índice industrial Dow Jones - referência para o mercado de Nova York - avançou 1,5%.

Basicamente, hoje, o otimismo foi apoiado na melhora da oferta de compra do Bear Stearns e na divulgação de indicadores que mostraram melhora do mercado imobiliário dos Estados Unidos em fevereiro, após seis meses em queda.


quinta-feira, 20 de março de 2008

IPO DA VISA É UM SUCESSO

Prezados,

Mesmo no "olho do furacão", o IPO da VISA é um sucesso!

As ações da Visa estrearam ontem, 19/03/08, na Bolsa de Nova York com alta de 36%, cotadas a US$ 60 as de Classe A no início do pregão, acima do preço de sua oferta inicial pública de ações (IPO, na sigla em inglês), de US$ 44.

A companhia vendeu 406 milhões de ações por um preço acima do esperado pelos analistas, que ia de US$ 37 a US$ 42, levantando um total de US$ 17,86 bilhões. Esse número torna o IPO da Visa o maior da história dos Estados Unidos, superando o da AT&T em 2000, que foi de US$ 10,6 bilhões.

A oferta, que veio em um momento atribulado no mercado de crédito e para os bancos de investimentos, significou um alívio para os investidores, embora temporário.

Observadores disseram que um bom desempenho da Visa não garante nada para os IPOs que ainda vão estrear nos Estados Unidos, simplesmente porque seu tamanho e qualidade não serão facilmente repetidos.

Espera-se que o IPO obtenha sucesso em seu primeiro dia porque as empresas de cartão de crédito são consideradas protegidas da crise econômica, graças à tendência de cada vez mais consumidores trocarem dinheiro ou cheque pelo meio eletrônico de pagamento. Além disso, as ações da concorrente da Visa, a Mastercard, tiveram bom desempenho desde sua estréia, em maio de 2006.

Recentemente, as ações da Mastercard estavam 456% acima do valor de sua oferta inicial, de US$ 39. Companhias relacionadas a cartões de crédito, em média, tiveram 27% de alta sobre seus IPOs, de acordo com a consultoria Dealogic. As informações são da Dow Jones.

PARALELO ENTRE CRISES: 1929 & 2008

Prezados,

O aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais, que tem provocado medidas extraordinárias do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), tem sido motivo de comparações com a situação experimentada em 1929, na crise que gerou a Grande Depressão.
Alguns analistas citam semelhanças com 1929, mas certo é que é um exagero falar em depressão no estágio atual.

O fato é que diferenças cruciais podem evitar que os EUA experimentem um resultado semelhante ao de 1929: a atuação recente do Federal Reserve, auxiliada por uma maior participação da administração Bush, e o peso dos mercados emergentes no crescimento mundial.

Os sinais de disposição da autoridade monetária em relação às instituições que sentem a maior fisgada do aperto das condições de crédito ajudam a acreditar que a ameaça de 1929 pode ficar distante.

Mas esse quadro, para ficar completo do ponto de vista local, precisa de auxílio do governo federal, destacam muitos especialistas. Por exemplo, o economista-chefe da Moody´s Investors Service, John Lonski, classifica de "excessivas" e "exagero grosseiro" as considerações de que os Estados Unidos estariam à beira de uma depressão econômica semelhante à da crise de 1929. No entanto, adverte que, "na ausência de ação das autoridades (suporte do governo federal), o país pode chegar lá".

"Há semelhanças com 1929, mas se significa que a reação econômica (do país) será a mesma é uma questão em separado. O setor de imóveis residenciais está em declínio há mais de dois anos e a economia dos EUA continua crescendo", destaca o economista-chefe do Dresdner Kleinwort, Kevin Logan.

Sobre o sentimento do mercado, o analista concorda que dizer que há uma aura de depressão é demais. Já o economista Robert Mellman, do JP Morgan, recomenda que se faça uma escala para distinguir o sentimento dos participantes do mercado. "Não há depressão, e sim preocupação".

quarta-feira, 19 de março de 2008

A IRRACIONALIDADE DO MERCADO TEM EXPLICAÇÃO....

Prezados,

Os acontecimentos recentes mostram que nem tudo no mercado financeiro segue um padrão lógico e racional. Afinal, como explicar que o Índice Bovespa possa cair mais de 5% em um dia para recuperar tudo no dia seguinte? Esse comportamento esquizofrênico dos mercados é explicado por um tema chamado de finanças comportamentais ou "behavioral finance". É um campo novo, que procura combinar análise da conduta humana e teorias psicológicas com teorias econômicas convencionais para entender por que as pessoas muitas vezes tomam decisões financeiras de forma irracional.

Inicialmente, é necessário lembrar as teorias de finanças convencionais resumidas na Hipótese dos Mercados Eficientes (HME). A HME fundamenta-se na teoria da utilidade esperada e nas expectativas racionais. Estas duas proposições combinadas afirmam que os indivíduos são perfeitamente racionais; conhecem e ordenam de forma lógica suas preferências; buscam maximizar a "utilidade" de suas escolhas e conseguem atribuir com precisão probabilidades aos eventos futuros. No modelo dos mercados eficientes, assume-se que as informações relevantes sobre os ativos são percebidas e processadas simultaneamente pelos investidores. Como estes são racionais, suas decisões serão lógicas. Assim, os preços de mercado deverão refletir com exatidão o valor fundamental dos ativos, incorporando a cada momento do tempo as melhores estimativas de valor destes bens.

Por outro lado, entre os modelos onde os indivíduos apresentam racionalidade limitada, o mais promissor é a chamada Teoria do Prospecto, formulada pelos psicólogos Daniel Kahneman e Amos Tversky, considerados os pioneiros da linha de pesquisa chamada de finanças comportamentais.

O aspecto central deste modelo é a constatação de que indivíduos dão maior importância às perdas do que aos ganhos. Kahneman e Tversky conduziram uma série de estudos na qual os participantes faziam julgamentos entre decisões monetárias e potencial risco e ganhos. Em um destes experimentos, os participantes recebiam hipotéticos $ 1.000 (este valor correspondia a um teço da renda média do grupo social dos entrevistados). Sabendo disso, deveriam escolher uma das alternativas: receber $ 500 certos ou 50% de chance de ganhar $ 1.000 e 50% de não ganhar nada. A maioria dos entrevistados (84%) escolheu ficar com os $ 500 certos e evitar o risco de não ganhar nada na tentativa de ganhar mais.

Numa outra situação, é colocado que os participantes ganhariam de presente $ 2.000 e agora deveriam escolher uma das seguintes alternativas: perder $ 500 inevitavelmente ou 50% de chance de perder $ 1.000 e 50% de não perder nada. Neste caso, a maioria dos entrevistados (69%) preferiu correr o risco de perder mais, na esperança, obviamente, de não perder nada.

Conclusão: os dois experimentos são muito semelhantes, mas os resultados são opostos. Na teoria, os resultados deveriam ser parecidos, mas, na prática, quando se trata de ganhar, a aversão ao risco é muito maior do que quando se trata de perder. Há disposição a sacrifícios maiores para tentar evitar perdas.

Um artigo escrito por Martin Casals Iglesias, executivo de importante instituição financeira, cita que no laboratório de economia experimental da Fundação Getúlio Vargas, ele seguiu à risca todo o procedimento feito por Kahneman. Aplicou a um grupo de participantes exatamente as mesmas perguntas feitas em outro experimento de 1992 realizado nos Estados Unidos. Foi solicitado aos estudantes que optassem entre participar de 64 jogos, nos quais os ganhos (ou perdas) dependiam de probabilidades, ou receber (ou pagar) um valor fixo e desistir de jogar. Todas as perguntas seguiram o seguinte modelo: "Suponha um jogo no qual você tem 90% de chance de ganhar zero e 10% de chance de ganhar R$ 50,00".

Os participantes, então, deviam escolher o valor fixo a ser recebido, pelo qual desistiriam do jogo. Variavam, de uma pergunta para outra, o valor, as probabilidades e se o jogo se referia a chances de ganhos, de perdas ou a uma combinação de ambas. Os resultados do experimento foram surpreendentemente parecidos aos encontrados nos EUA, a começar pelo coeficiente de aversão a perdas que foi estimado em 2,21 para o Brasil, contra os 2,25 dos Estados Unidos. Ou seja, a perda de uma unidade monetária gera desgosto que só pode ser compensado pelo ganho de 2,21 unidades para o Brasil e 2,25 para os EUA.

O ser humano é muito menos racional do que nos faz crer as teorias tradicionais de finanças. E isso traz algumas implicações para o mundo dos investimentos.

Visa faz maior IPO dos EUA e capta US$ 17,9 bi

Prezados,

A Visa, maior bandeira de cartões de crédito do mundo, encerrou ontem sua operação de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês). A empresa captou um total recorde de US$ 17,86 bilhões com a venda de 406 milhões de ações.


Foi o maior IPO já registrado nos Estados Unidos.

Em um período de forte volatilidade no mercado, o preço da ação surpreendeu e ficou em US$ 44, acima das expectativas iniciais da companhia, que indicavam um valor entre US$ 37 e US$ 42 por cada papel.

A operação ultrapassou com folga a oferta da AT & T Wireless, que em 2000 obteve US$ 10,6 bilhões com a distribuição de 447,2 milhões de ações Classe A. Há dois anos, a concorrente MasterCard levantou US$ 2,39 bilhões com uma distribuição de ações também nos EUA.

O maior IPO da história continua sendo a do Industrial & Commercial Bank of China (ICBC), que em 2006 conseguiu levantar US$ 21,9 bilhões com o lançamento das ações no mercado, considerando as ofertas do lote inicial e do suplementar.

A venda das ações da Visa também poderá ajudar os atuais investidores da Visa a recuperar seu capital, num momento em que se preparam para registrar mais prejuízos vinculados aos mercados de crédito. O JP Morgan é o maior acionista da Visa, com 23% do capital, e deve receber a maior parcela dos US$ 17,86 bilhões captados, cerca de US$ 1,2 bilhão. Outros grandes bancos mundiais também participam do capital da empresa, inclusive bancos brasileiros. Já o Bank of America, o maior banco dos EUA, pode embolsar mais de US$ 595 milhões.

A Visa "ditará o tom" dos mercados de ações este ano, disse Chip MacDonald, sócio da área de mercados de capital do escritório de advocacia Jones Day de Atlanta . "A empresa será o termômetro do mercado", disse ele a "Bloomberg". Os papéis foram listados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e as negociações devem começar hoje. A bandeira tem mais de 40% do mercado americano de cartões de crédito e débito.

E NÓS COM ISSO?
Assim como aconteceu com a MasterCard, cuja abertura de capital nos EUA foi seguida no Brasil pelo IPO da Redecard (a empresa que credencia estabelecimentos comerciais para a bandeira), o mesmo deve acontecer com a Visanet. Os analistas esperam o IPO para o final do segundo semestre. O valor de mercado da empresa pode chegar a R$ 30 bilhões.

terça-feira, 18 de março de 2008

Saiba como funciona a tributação dos Fundos de Investimento

Prezados,

As formas de tributação variam conforme a aplicação e dependem, basicamente, do prazo em que o seu dinheiro fica aplicado e do tipo de fundo de investimento. Tanto os investimentos em renda fixa quanto os de renda variável estão sujeitos ao recolhimento do imposto de renda, mas em termos de diferenças de alíquotas, podemos dividir os fundos de investimento em três categorias: os fundos de longo prazo, de curto prazo e os fundos de ações.

Longo prazo
São considerados fundos de longo prazo aqueles cujo prazo médio da carteira de títulos seja superior a 365 dias. Desta forma, eles devem ter títulos de renda fixa emitidos pelo governo ou por empresas, desde que o prazo médio de vencimento desta carteira de títulos seja acima de 365 dias.

Veja como funciona a tabela de tributação destes fundos em função do prazo de permanência do investidor:

Prazo da aplicação

Alíquota de IR

Até 180 dias

22,5%

De 181 a 360 dias

20%

De 361 a 720 dias

17,5%

Acima de 720 dias

15%

Curto Prazo
Os fundos com tributação de curto prazo são aqueles que têm a carteira de títulos com prazo médio inferior a 365 dias. Neste caso, o investidor conta com apenas duas faixas de tributação de IR: 22,5% e 20%. Mesmo que você permaneça com sua aplicação mais de um ano, a alíquota nunca cai abaixo dos 20%.

Acompanhe na tabela abaixo as alíquotas dos fundos com a tributação de curto prazo em função do prazo do investimento:

Prazo da aplicação

Alíquota de IR

Até 180 dias

22,50%

Acima de 180 dias

20

Como você pode observar comparando as duas tabelas com as alíquotas de IR dos fundos de renda fixa, caso vá permanecer com seu investimento por um período superior a 1 ano escolha um fundo com a tributação de longo prazo, pois o IR pode cair para 15% sobre seu rendimento.

Fundos de ações
Estes fundos devem manter pelo menos 67% de sua carteira de títulos investidos em ações negociadas na Bolsa de Valores. A alíquota que incide sobre os rendimentos é de 15% e o investidor é tributado somente no momento do resgate.

Prazo da aplicação

Alíquota de IR

Independente do prazo da aplicação

15%


E ainda tem o "Come-cotas"
É a tributação que incide sobre os fundos de renda fixa de longo prazo e de curto prazo e que ocorre semestralmente (último dia útil dos meses de Maio e Novembro). Para o cálculo deste imposto os fundos usam a menor alíquota de cada tipo: 20% sobre os rendimentos para os fundos de curto prazo e 15% para os de longo prazo.

Ele se chama come cotas porque os Administradores dos fundos reduzem a quantidade de cotas dos investidores para pagar o imposto devido à Receita Federal.

Fed faz sexto corte consecutivo e juros nos EUA caem para 2,25% ao ano

Prezados,

O Federal Reserve (Fed, o BC americano) efetuou nesta terça-feira o sexto corte consecutivo de juros desde que deu início a seus esforços para tentar evitar uma recessão nos EUA. A taxa básica de juros do banco caiu 0,75 ponto percentual, para 2,25% ao ano - nível em que se encontrava em
dezembro de 2004.

Os cinco cortes efetuados antes do ocorrido hoje, no entanto, pouco fizeram para evitar que a atividade econômica americana desacelerasse de modo alarmante: no quarto trimestre, a economia
cresceu apenas 0,6%, contra um avanço de 4,9% um trimestre antes.

O corte de juros do Fed não conseguiu estimular os consumidores a continuar gastando, ou mesmo a ampliarem seus gastos -como se viu nas vendas no varejo nos EUA em fevereiro, que caíram 0,6% em fevereiro, mesmo com os juros do Fed tendo passado de 5,25% para 3%.

Em janeiro houve uma ligeira alta de 0,4%, mas o dado do mês seguinte praticamente anulou o indicador positivo.

A economia ainda sofreu outro abalo no mercado de trabalho: depois de eliminar 22 mil empregos em janeiro, a economia perdeu outros 63 mil no mês passado.

No governo, a eficácia das medidas para evitar a recessão já é, mesmo que veladamente, contestada. O chefe dos conselheiros econômicos da Casa Branca, Edward Lazear, reconheceu que o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) americano pode registrar um resultado negativo neste primeiro trimestre. "Nós definitivamente reduzimos nossa previsão para este trimestre", disse Lazear.

O presidente americano, George W. Bush, sancionou no mês passado um pacote de estímulo econômico ao país que dará cheques de restituição de impostos a milhões de norte-americanos.

A estimativa inicial do Tesouro americano era de começar a enviar os cheques em 60 dias a partir da aprovação das medidas, ou seja, maio. Mais de 130 milhões de pessoas serão beneficiadas.

O pacote prevê uma restituição de US$ 600 para cada contribuinte com renda anual de até US$ 75 mil; e US$ 1.200 para casais com renda até US$ 150 mil, além de US$ 300 adicionais por filho. Quem não não paga imposto de renda, mas recebe o teto de US$ 3 mil anuais, terá direito a cheques de US$ 300.

No início deste mês, Bush chegou a pedir aos contribuintes que serão beneficiados com os cheques do pacote que gastem, e não guardem em poupanças, ou invistam e mesmo paguem dívidas.

Taxa de Redesconto
Assim como os consumidores não se sentem estimulados a gastar mais com as ações do Fed, temendo uma retração da economia, os bancos também tendem a desconfiar da ação do banco central.

No domingo, o banco cortou sua taxa de redesconto para 3,25%. A taxa de redesconto é um instrumento do Fed para conceder empréstimos de curto prazo a instituições com problemas temporários de liquidez (oferta de dinheiro).

O instrumento, no entanto, é utilizado com cautela pelas instituições financeiras: as que recorrem a empréstimos com essa taxa ficam de certo modo marcadas como instituições fragilizadas, que não conseguem empréstimos em outras fontes e têm de recorrer ao "concessor do último recurso" - papel que cabe ao Fed.

Panorama
No terceiro trimestre do ano passado, a economia tinha um panorama bem diferente do que se viu no quarto --pelo menos durante o mês de julho. À época, a Bolsa de Valores ainda estava em clima de euforia, tendo chegado ao patamar recorde até então de 14 mil pontos. A economia, que havia crescido 0,7% no primeiro trimestre, apresentou uma alta de 4% no segundo.

Em agosto, no entanto, já com o terceiro trimestre iniciado, um novo elemento passou a fazer parte do cenário financeiro: o banco francês BNP Paribas anunciou que iria suspender os resgates em fundos com investimentos em títulos ligados às hipotecas do segmento de mercado conhecido como "subprime" (que reúne clientes com histórico de problemas com crédito).

A inadimplência nesse segmento do mercado hipotecário cresceu e, desde então, os abalos causaram perdas de bilhões em gigantes do setor financeiro, como Citigroup, Merrill Lynch, UBS, Lehman Brothers e o Bear Stearns --que acabou vendido neste domingo (16) ao JP Morgan.

Na raiz da crise de crédito está uma outra crise, a do setor imobiliário. Após atingir um pico em 2006, os preços dos imóveis passaram a cair: os juros do Fed, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e afastaram compradores; com isso, a oferta começa a superar a demanda e desde então o que se viu foi uma espiral descendente no valor dos imóveis.

Os Pessimistas
A recessão, se não chegou ainda, está a caminho --pelo menos na visão de alguns nomes de peso no setor financeiro. No início do mês, o megainvestidor Warren Buffett disse que a economia dos EUA já está em recessão "na teoria". "Além de qualquer definição, nós estamos em recessão", disse.

Outro a pintar um cenário negativo foi o ex-presidente do Fed Alan Greenspan. Em artigo de ontem no jornal britânico "Financial Times", ele afirmou que a crise financeira atual pode ser considerada a mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

"A atual crise financeira nos Estados Unidos será verdadeiramente julgada como a mais grave desde o fim da Segunda Guerra mundial", diz o texto. "Ela chegará ao fim quando o preço dos bens imobiliários se estabilizar e, com ele, os preços dos produtos financeiros endossados em empréstimos hipotecários."

Em uma pesquisa divulgada na semana passada, economistas ouvidos pelo diário americano "The Wall Street Journal" também vêem a economia americana caindo em recessão. Segundo a pesquisa, 71% dos 51 economistas entrevistados disseram que o país já está em recessão. Pouco menos da metade (48%) dos economistas entrevistados disseram que a recessão de 2008 será pior que a de 2001 e a de 1990-91.

EXPECTATIVA QUANTO AO FED HOJE

Prezados,

Hoje, dia 18/03/08, quarta-feira, os mercados devem abrir na expectativa da reunião do FOMC, para reduzir de novo o juro básico americano em 75 pontos-base ou 100 pontos, de 3% para 2%. O veredicto será anunciado às 15h15, em ponto, o que significa que os mercados terão um tempo ainda para reagir a surpresas. É muito improvável, porém, que o Comitê de BERNANKE se arrisque a contrariar as expectativas de um mercado já tão machucado.

É bem verdade que WALL STREET já começa a se perguntar o que o FED fará depois que já não tiver mais esse instrumento de política monetária para tentar evitar a RECESSÃO. Mais um pouco e os EUA estarão com juro real negativo, o CUPOM ZERO. Seja como for, a inflação parece estar ajudando, até aqui, apesar do petróleo caro.

O resultado do BEAR STEARNS, previsto para ontem à noite, foi adiado depois que a instituição foi comprada pelo JP MORGAN. Mas está confirmada a divulgação dos números do GOLDMAN SACHS e do LEHMAN BROTHERS, para hoje, e do MORGAN STANLEY para amanhã, quarta-feira... A previsão é de pesadas baixas contábeis, enquanto as ações dos bancos de investimentos operam sob forte pressão nas bolsas.

RESUMO DO ESTRAGO DE ONTEM, ANOTHER BLACK MONDAY...
Ontem, o medo de crise sistêmica nos EUA somou-se à realização das commodities para definir um pregão difícil e de pouca racionalidade. O IBOVESPA chegou a voltar aos 59 mil pontos no pior momento do dia (-4,27%, 59.342 pontos), mas fechou em baixa de 3,19%, aos 60.011,8 pontos. Com esse resultado, a bolsa brasileira passou a acumular a perda de 6,06% neste ano. O volume financeiro foi de R$ 6,9 bilhões, sendo que desse total R$ 581 milhões foram referentes ao exercício de OPÇÕES sobre ações.

As duas principais blue chips operaram em sintonia com o movimento de queda das commodities. A maior queda do índice foi de VALE ON (-6,06%). VALE PNA perdeu 4,34%... PETROBRAS ON caiu 5,30%, enquanto a PETROBRAS PN recuou 3,79%. As ações da BOVESPA Holding (-7,27%) caíram mais forte do que a média do mercado.

No pregão da quinta-feira passada, dia 13, a BOVESPA registrou nova saída de capital externo, de R$ 20,8 milhões, elevando para R$ 2,052 bilhões as saídas no mês.

Em parte pressionado pelo fluxo financeiro negativo, o DÓLAR subiu pelo terceiro dia consecutivo, mas com ganho bem modesto, de 0,53%, a R$ 1,723.

Nos JUROS, não teve repercussão o comentário do ministro Guido MANTEGA, para quem não há necessidade de aumento do juro no Brasil, por conta da crise externa.

Não foi brincadeira o que caíram as commodities nesta segunda-feira, com investidores desmontando posições a torto e a direito, num surto de liquidação violento em reação ao agravamento do risco. Alguns METAIS, como o níquel, por exemplo, chegaram a despencar mais de 8% no pior momento do dia, para ver como foi feia a coisa.

Acusado de estar pagando uma ninharia e “roubando o BEAR”, o JP só quis saber de comemorar seu poder de fogo em plena crise. Disparou 10,32% e salvou o Dow Jones de mais um drama, depois de ter chegado a cair quase duzentos pontos na abertura. No fechamento, exibia leve alta de 0,18%, em 11.972,25 pontos. Não tiveram a mesma sorte o Nasdaq (-1,60%), em 2.177,01 pontos, e o S&P-500 (1.276,60 pontos), que caiu 0,90%.

E O QUE FAZER AGORA?
Bom, se você ainda não entrou na Bolsa e tem estômago forte para enfrentar osciliações, há muitos papéis baratos para compra... Caso já esteja dentro, se acalme, e pense que esta crise passará como as outras, o detalhe, como sempre, é o "quando", portanto livre-se da ansiedade e recorde que o investimento em renda variável tem oscilações.

BON$ INVE$TIMENTO$!

Nem tudo está perdido

Prezados,

Um ponto positivo nos mercados financeiros hoje: houve medo, mas não pânico.

Pânico se caracteriza quando há uma venda generalizada de ações, não importam as companhias. Wall Street até abriu mais ou menos assim, mas foi mudando ao longo do dia, com os investidores selecionando papéis.

Por exemplo, as ações dos bancos caíram, mas as do JP Morgan subiram. Isso porque o JP Morgan comprou o combalido Bear Stearns. Ora, pensaram os acionistas, se o Fed permitiu e até ajudou no negócio, isso significa que o JP Morgan está em boa situação.

Inversamente, uma desconfiança: e os outros bancos que não apareceram para comprar o Bear Stearns? Simplesmente não se interessaram pelo negócio ou não tiveram condições de entrar?

Por outro lado, em N. York, houve compras de ações de empresas de ponta não-financeiras, como Merck, de medicamentos, Verizon e AT&T, da área de telefonia, HP, tecnologia da informação e General Eletric, eletroeletrônicos.

O Índice Dow Jones terminou o dia no azul, um milagre considerando como começou.

Qual é a informação que vale ouro?
Saber onde está o fundo do poço do sistema financeiro.

Quando bater lá, será o sinal de que todos os problemas e prejuízos terão sido expostos e administrados.....

segunda-feira, 17 de março de 2008

Fundos Imobiliários: uma alternativa a se pensar...

Prezados,

Praticamente todos nós conhecemos alguém que possui parte de seu patrimônio aplicado em imóveis para locação a terceiros. Em geral, estas pessoas não possuem grande apetite para a tomada de grandes riscos e preferem investir em ativos reais que possam "ver" e que lhes garantam um rendimento fixo mensal, sem necessariamente ter relação com o valor do investimento realizado.

Neste sentido, se analisamos objetivamente, muitas vezes a equação risco-retorno do imóvel não demonstra compensar a manutenção do investimento. O proprietário do imóvel está sujeito aos riscos de inadimplência e de vacância de forma concentrada, além de ter que pagar parte dos rendimentos de tais imóveis às imobiliárias ou administradoras de imóveis, sem mencionar o pagamento do respectivo imposto de renda que, no caso das pessoas físicas, chega a 27,5% sobre o total dos rendimentos.

Hoje, cada vez mais, os investidores pessoa física estão descobrindo os fundos de investimento imobiliários (FIIs) como a alternativa mais inteligente para se investir em imóveis.

E o que são os FIIS?
Os FIIs
são administrados por instituições financeiras, fiscalizadas pelo Banco Central, e regulados e supervisionados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Eles são constituídos sob a forma de condomínio fechado, ou seja, o resgate das cotas somente é permitido após o término do prazo de duração do fundo. O que significa que, para fundos com prazo de duração indeterminado, a única saída do investimento é a venda das cotas a terceiros.

Assim sendo, a fim de estimular este mercado, foram criadas regras especiais que incentivam o registro das cotas dos fundos para negociação em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado.

ISENÇÃO DO IR
O fundo deve distribuir, no mínimo, semestralmente, 95% dos rendimentos oriundos de seus ativos (os rendimentos de aluguel, por exemplo), os quais são tributados na fonte à alíquota de 20% no momento da distribuição. Entretanto, na hipótese de um fundo de investimento imobiliário possuir mais do que 50 cotistas, ter suas cotas admitidas única e exclusivamente à negociação em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado, o cotista pessoa física, detentor de até 10% de suas cotas, será isento de tributação.

Desta maneira, o investidor pessoa física, ao investir em cotas de um fundo de investimento imobiliário, estaria diluindo seu risco, obtendo um benefício tributário imediato, além de contar com a liquidez do seu ativo. Quantas vezes um proprietário, necessitando de uma liquidez de R$ 100 mil, por exemplo, tem que vender um imóvel que vale cinco vezes mais? Além disso, o processo de venda pode levar meses ou anos, e o vendedor ainda tem que pensar como reinvestir o saldo remanescente.

Mudanças em Análise
Neste momento, a CVM estuda flexibilizar as características e a operação dos FIIs. Dentre estas mudanças propostas, vale citar a possibilidade dos fundos investirem em valores mobiliários e outros ativos ligados ao setor imobiliário (deixando de se restringirem apenas a imóveis), a agilização do processo de constituição e registro na CVM, a criação de procedimentos mais flexíveis para fundos restritos a investidores qualificados, etc.

E no mundo, como funciona?
Nos Estados Unidos, os REITs (versão americana dos nossos FIIs) alcançam um volume de mais de US$ 400 bilhões (R$ 680 bilhões), enquanto, no Brasil, tal volume chega a apenas R$ 3 bilhões. Percebe-se, então, que os FIIs possuem bastante potencial de crescimento e, em momentos como agora, em que há uma certa desconfiança por parte do mercado, tendo em vista a recente crise americana, este pode ser um investimento ideal para pessoas físicas, fundos de pensão ou mesmo investidores institucionais que desejam diversificar seus investimentos.

sábado, 15 de março de 2008

Novo 'susto' na economia dos EUA faz Bovespa fechar em baixa

Prezados,

Influenciada por dados dos EUA, Bovespa fecha em baixa. Principal índice de ações brasileiro recuou 0,46%, e fechou aos 61.990 pontos. Perdas de banco norte-americano ditaram mau humor do mercado internacional.




A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão desta sexta-feira (14) em queda, refletindo a repercussão dos mercados internacionais à crise de liquidez do banco de investimentos norte-americano Bear Stearns, o quinto maior do setor de investimentos no país.

O Ibovespa - principal índice de ações do mercado brasileiro - fechou em baixa de 0,46%, aos 61.990 pontos. Segundo dados preliminares, O volume financeiro de negócios somou 5,5 bilhões de reais.


O dólar fechou em alta de 1,24%, encerrando o dia a R$ 1,713.
O risco-país exibia 291 pontos no horário do fechamento do mercado financeiro, com alta de 5% somente nesta sexta-feira.



Medo de novas perdas...

A notícia de que o JP Morgan e o Federal Reserve de Nova York se uniram para socorrer o Bear Stearns, que admitiu ter enfrentado uma repetina e aguda deterioração da liquidez, provocou vendas maciças de ações de bancos e de instituições financeiras nas bolsas de Wall Street.

Segundo operadores, o episódio acendeu a luz amarela dos investidores para a possibilidade de novas perdas relacionadas à crise do setor imobiliário nos Estados Unidos. Com isso, os mercados americanos também fecharam em baixa no dia.

Ação da Redecard sai a R$ 26 na oferta do Citibank

Prezados,

O preço da oferta secundária de ações da Redecard, promovida pelo Citibank, ficou em R$ 26,00 por papel. Com isso, a operação soma R$ 1,058 bilhão. No lote inicial serão vendidas 40.692.417 ações ordinárias (ON) da processadora de cartões, com possibilidade ainda em aberto de lote suplementar de 15% (mais 6.130.860 ações).

Quando a oferta da Redecard chegou ao mercado, em 27 de fevereiro passado, os papéis valiam R$ 29,00, o que permitiria ao Citibank arrecadar cerca de R$ 1,18 bilhão com a operação, sem considerar o lote suplementar.

De lá pra cá, as ações caíram e fecharam ontem cotadas em R$ 26,40 na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)
. Os recursos deverão ser usados pelo Citibank para cobrir perdas com a crise do setor hipotecário e de crédito nos Estados Unidos.

Goldman Sachs recomenda comprar ações do BB

Prezados,

Segundo o Goldman Sachs, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) são a melhor opção, entre as instituições financeiras brasileiras, para quem quer aproveitar a expansão da demanda por empréstimos e a sofisticação das condições de crédito na América Latina, afirmou nesta sexta-feira (14/03) (veja abaixo a tabela com as recomendações de compra ).

Mesmo reduzindo sua expectativa de crescimento para os papéis do Banco do Brasil em 3%, a área de corretagem do Goldman Sachs nos Estados Unidos elevou de “venda” para “compra” sua avaliação quanto às ações da empresa brasileira. Os papéis da companhia devem chegar a 32 reais por unidade, na avaliação dos analistas, um aumento de 24% em relação à cotação do início do pregão desta sexta-feira, de 25,77 reais.

Naturalmente, como há muitos que ouvem e fazem o que relatórios de bancos recomendam, a reação do mercado à avaliação do Goldman Sachs já podia ser percebida logo após a divulgação do relatório. Às 13h, os papéis do banco subiam 2,5% na Bolsa de Valores de São Paulo.

O motivo do otimismo quanto ao BB, por parte do Goldman Sachs, é o fato de as ações estarem mais baratas do que a de seus concorrentes, num setor com fortes perspectivas de crescimento. Desde que o banco americano iniciou a cobertura do setor, em 11 de fevereiro deste ano, os papéis do Banco do Brasil despencaram 8,8%, ante um aumento de 2,5% do Ibovespa, puxados principalmente pelo desempenho “decepcionante” do 4º trimestre de 2007, nas palavras dos analistas. A fase de baixa teria criado um bom momento para adquirir as ações do banco antes que elas voltem a se valorizar, com base no cenário traçado para todo o setor, de taxas de juros ainda altas, baixa inadimplência e perspectiva de expansão de 20% na demanda por empréstimos.

O Goldman ainda ressalta que a expectativa de valorização das ações do BB não levou em conta a possibilidade de abertura de capital da Visanet, a operadora de cartões de crédito da qual a instituição possui uma fatia de 32%. Nesse caso, o desempenho dos papéis da instituição seria ainda melhor do que o previsto.

Itaú e Bradesco rebaixados
Na contramão do Banco do Brasil, as ações dos dois maiores bancos privados do país, o Itaú e o Bradesco, caíram na avaliação do Goldman Sachs.

No caso do Itaú, a recomendação passou de “neutro” para “venda”, por causa da forte valorização dos papéis nas últimas semanas, que acabaram por deixá-los mais próximos do limite de valorização. Resultados positivos no quarto trimestre de 2007 e um programa de recompra elevaram a cotação das ações preferenciais (PN, sem direito a voto) em 11%, no mesmo período em que o BB perdeu 8,8%.

Por causa do salto nos preços, o Goldman Sachs recomenda ao investidor que opte pelos papéis da Itaúsa, caso queira apostar no Itaú. Eles podem subir até 23%, ante uma elevação de 17,3% das ações preferenciais do banco.

As avaliações do Goldman Sachs
Banco
Recomendação Atual
Recomendação anterior
Preço (14/03/08)
Preço-alvo
Valorização
Banco do Brasil
Compra
Venda
R$25.77
R$32.00
24%
Itausa
Compra
Compra
R$10.55
R$13.00
23%
Bradesco
Neutro
Compra
R$51.90
R$63.00
21%
Bradesco (ADR)
Neutro
Compra
R$30.94
R$35.00
13%
Daycoval
Neutro
Neutro
R$12.81
R$15.30
19%
Itau
Venda
Neutro
R$41.41
R$48.60
17%
Itau (ADR)
Venda
Neutro
R$24.81
R$27.00
9%
Unibanco
Venda
Venda
R$21.65
R$25.40
17%
Unibanco (GDR)
Venda
Venda
R$128.97
R$141.00
9%

O Bradesco, por sua vez, obteve um ganho de 12,8% em seus papéis, nas últimas semanas, razão pela qual o Goldman rebaixou sua avaliação de “compra” para “neutro”. O banco americano aponta a compra da corretora Ágora, efetuada no fim de fevereiro, como um passo positivo na trajetória do Bradesco e reconhece que a instituição brasileira tem condições de manter uma valorização de até 21% em seus papéis preferenciais, nos próximos seis meses, mas sugere que a recente valorização reduziu o fôlego de curto prazo das ações do banco, na comparação com seus concorrentes.

Na Bovespa, as ações PN do Itaú apresentavam queda de 1,16%, às 13h desta sexta-feira, enquanto os papéis PN do Bradesco caíam 1,89%. As preferenciais da Itaúsa também sofriam perdas, com baixa de 1,59%.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Mercado aguarda rumo para bolsas

Prezados,

Felizmente, não vivemos hoje o tempo em que quando o mercado americano espirrava, e os emergentes pegavam pneumonia. Mas, não estamos livres de algum contágio. Sendo a maior do planeta, a economia americana tem poder para afetar as demais. Quanto mais grave for a doença, maior será o grau de contaminação.

No momento, os médicos (governo e Congresso americanos) tentam acertar o remédio contra a possibilidade de recessão que ameaça a saúde da sua economia.

Até que isso aconteça, agentes de mercado preferem não arriscar uma definição sobre para onde irão as bolsas de valores. Pelo andar das negociações entre governo e Congresso americanos, porém, o remédio — pacote de médias do governo Bush contra a recessão — ainda demora para começar a ser administrado. Na sexta-feira, falava- se num prazo de até 60 dias.

Com isso, os investidores devem se preparar para mais volatilidade nas próximas semanas. Bancos de investimento e corretoras preferem esperar um clima menos nublado para rever ( ou não) projeções que fizeram no final do ano passado para a Bovespa em 2008. No apagar de 2007, antes do aprofundamento da crise que acometeu o sistema de crédito americano, as previsões eram de alta para o Ibovespa. Entre os mais otimistas estava o banco de investimentos suíço UBS, que previa 85 mil pontos este ano, o que sinalizava uma elevação de 33,05% em relação ao final de 2007. Entre os mais modestos, aparecia a corretora do Banco Real, que projetava 73 mil pontos, o que daria uma valorização de 14,27 % este ano.

No momento, muitas variáveis estão na balança das previsões. A principal é até que ponto os bons fundamentos exibidos pela economia brasileira (veja quadro) vão pesar nas decisões dos estrangeiros, cujo comportamento é decisivo para o destino da Bovespa — atualmente eles respondem por cerca de 35% dos volume de negócios.

Além disso, foram os maiores compradores dos IPOs (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações). Foi a saída forte do capital estrangeiro que derrubou a Bovespa neste mês. Porém, acredito que o fluxo de recursos irá voltar. Os estrangeiros saíram dos mercados onde estavam os maiores lucros e o Brasil era um deles. Como o País é considerado um dos mais preparados para enfrentar uma crise no médio prazo, ele deve voltar.

O contágio dos mercados vai depender do desenrolar da crise. O processo de recessão está sob relativo controle e, nesse cenário, há espaço para que a dinâmica interna da economia brasileira se mantenha, estacando a saída dos estrangeiros.

Por enquanto, essa dinâmica parece estar funcionando. Depois de ter ficado no topo do ranking das maiores perdas entre os emergentes do grupo chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), a Bovespa se recuperou na última semana. Tornou-se a menor perda do grupo, com queda acumulada no ano de 10,91% em dólares. A maior desvalorização do período estava na China (Hong Kong), 15,48% em dólares.