sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ai papai.. Agora é Dubai...

Pois é, Pois é, Pois é...

Não há árvore que cresça sem precisar de poda, e na Bolsa parece-me que a poda chegou por meio de DUBAI.

Para os amigos que não estão por dentro do ocorrido, Dubai é um dos sete emirados árabes, Está localizado ao longo da costa sul do Golfo Pérsico. Dubai era até ontem conhecida mundialmente por ser extremamente moderna, futurista e com enormes arranha-céus e largas avenidas.

MAS AGORA, A FAMA MUDOU
A empresa de investimentos estatal de Dubai, a Dubai World, pediu ontem, quinta-feira (26/11/09) aos seus credores um prazo de seis meses para pagar as dívidas relacionadas ao rápido desenvolvimento do emirado. As dívidas da empresa totalizam U$59 bilhões. O pedido de prazo também se aplica para as dívidas da Nakheel, uma companhia do setor imobiliário e subsidiária da Dubai World.

CLIMA DE TEMOR
Os riscos de falência do Emirado de Dubai reavivam as inquietações sobre a saúde financeira de alguns países, em especial da Europa do Leste, esmagados pelo endividamento público e enfraquecidos pela recessão mundial.

A falência de um Estado não é algo frequente. A última aconteceu em 2001, quando a Argentina se declarou inacapaz de honrar os pagamentos de sua dívida externa, fomentando graves tumultos sociais e abrindo uma crise que se alastrou por vários anos.  Porém, com a recessão, o risco desse cenário volta a ameaçar. Obrigados a socorrer os contribuintes e os bancos, os estados contraíram empréstimos com os mercados para financiar seus déficits. De acordo com a agência Moody's, a dívida pública mundial vai aumentar 45% entre 2007 e 2010.


QUAL O EFEITO?
DESCONFIANÇA generalizada.

É fácil perceber que uma notícia dessas causa um desdobramento muito grande, pense no seguinte: você é responsável por um projeto e seu subordinado entrega um relatório sobre o status do trabalho com falhas, você não irá desconfiar que há a possibilidade haver falhas em outro pontos do projeto? Pois é, Pois é..... esta é a mesma lógica que impera.. há agora um clima de desconfiança no ar, e se tem uma coisa que investidor bilionário não curte é correr risco desnecessário, portanto a tendência é de baixa generalizada, até que se tenha com mais clareza quais as repercussões que este efeito dominó pode vir a trazer por agora.

Lembrando que ontem a Bolsa de Valores da Matriz, EUA, não abriu... Portanto, hoje quando abrir vai estar contaminada por este clima de pudim azedo !

E todos nós sabemos quem sustenta a alta da Bolsa no Brasil, os investimentos estrangeiros. Diga-me com sinceridade, caso fosse um gestor de um fundo bilionário, neste momento, o que você faria? Não usaria a máxima: "caldo de galinha e prudência não fazem mal a ninguém?".....



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

RESUMAO DA SEMANA

PessoALL,

A semana termina com as Bolsas no território positivo, apesar da alta volatilidade. A semana contou com uma agenda de divulgações macroeconômicas relevantes, tanto no âmbito doméstico como externo.

Os dados confirmaram que a economia mundial segue em recuperação, porém, que essa recuperação é gradual, mais forte nas economias emergentes do que nas economias desenvolvidas e de que os estímulos fiscais e monetários adotados até então devem permanecer vigentes por um tempo ainda relevante. 

Os mercados, que observaram forte valorização nos últimos meses, respondem a essas divulgações com volatilidade. As incertezas em relação à recuperação da economia global e o momento de retirada dos estímulos fiscais e monetários continuam sendo o foco dos investidores.

Em relação a agenda macroeconômica em si, o dado mais aguardado da semana foi divulgado hoje, sexta-feira (06-11-09), que foi o relatório do mercado de trabalho nos EUA. Em outubro, tanto o número demissões quanto a taxa de desemprego vieram piores que o previsto.  A taxa de desemprego subiu para 10,2% em outubro, alcançando o maior nível em 26 anos. Durante o mês passado, a economia eliminou 190 mil postos de trabalho, depois da perda de 219 mil vagas em setembro. 

Porém, esse quadro não é surpreendente, e sim um lembrete da severidade da recessão, como disse a presidente do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, Christina Romer. 

O OUTRO LADO DA MOEDA....
Os dados fracos também sugerem que o Federal Reserve não deve mudar sua política. Há dois dias, o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed (Fomc) decidiu manter o juro na faixa entre zero e 0,25% e afirmou, no comunicado, que os juros permanecerão baixos "por período prolongado", citando, em particular, a lenta recuperação da economia e o ainda deprimido mercado de trabalho. 

Também ao longo desta semana, os Bancos Centrais europeus e Inglês se reuniram e, conforme o esperado, deixaram as respectivas taxas de juros estáveis em 1,00% e 0,50% ao ano.  A recuperação lenta da economia também foi o principal argumento para a manutenção dos juros em patamares tão baixos, assim como sinalizaram as vendas no varejo na zona do euro, que caíram pelo terceiro mês seguido em setembro. 

Já no Brasil, segundo cálculos do IBGE,  a produção industrial subiu 0,8% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro do ano passado, a produção da indústria caiu 7,8%.  Já o índice de média móvel trimestral da produção industrial, considerado o principal indicador de tendência, registrou alta de 1,4% no trimestre encerrado em setembro ante o terminado em agosto. O resultado mostra uma pequena aceleração em relação ao índice de média móvel trimestral apurado em agosto. 

Também nesta semana, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse que o setor já mostra sinais de recuperação em setembro. É a primeira vez, desde setembro de 2008, que os indicadores de faturamento real, horas trabalhadas e emprego registram, ao mesmo tempo, uma variação positiva em relação ao mês anterior.

O QUE ESTÁ POR VIR...
Caso não haja nenhum fato novo do Governo, promovendo novas medidas contra a entrada de capital estrangeiro, a bolsa deve seguir sua retomada, pois somos muito dependentes da entrada de recursos externos para incrementar nosso volume de negócios, leia-se, permitir que o investidor estrangeiro compre ativos sem taxação extra do extra pode trazer alento e novas valorizações.