sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ações de bancos médios evaporam diante da crise

Prezados,

Quem disse que a crise não nos atingiria?

Quem acreditou no potencial dos bancos médios e no ano passado participou das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs), hoje amarga perdas que chegam a quase 80% do valor aplicado. O resultado é reflexo da fuga dos investidores estrangeiros da Bolsa, que levou as ações a despencarem mais que o triplo do Ibovespa no período. Nos IPOs, os investidores de outros países foram os que mais compraram ações dos bancos médios, chegando a embolsar 88% dos papéis ofertados.

As instituições brasileiras, embora nunca tenham trabalhado com o segmento subprime (hipotecas de alto risco), estão sentindo no caixa o impacto da crise financeira que levou gigantes internacionais à lona. A escassez de recursos no mercado colocou os bancos médios em situação bastante delicada - e sem previsão de melhora. Levantar dinheiro para conceder crédito consignado, financiar veículos ou emprestar a micro e pequenas empresas ficou cada vez mais caro, apesar dos esforços do Banco Central para manter a liquidez.

Diferentemente dos grandes bancos, as instituições de médio porte não oferecem serviços de conta corrente, recebem investimentos ou comercializam seguros e títulos de capitalização. Seu caixa, portanto, depende das captações nos mercados externo e interbancário e de instrumentos como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Como a crise não é só de crédito, mas também de confiança, até as negociações de CDBs não estão sendo fáceis.

Ações anti-crise
Nas últimas semanas, o Banco Central anunciou uma série de medidas para minimizar o impacto da crise financeira no país. Por meio de mudanças nas regras do depósito compulsório - o dinheiro que os bancos são obrigados a manter junto ao Banco Central - foram liberados 160 bilhões de reais para que os bancos mantenham suas operações de crédito. Assim, o governo esperava destravar o sistema financeiro, garantindo os empréstimos a empresas e consumidores.

A medida provisória editada nesta quarta-feira (22/10), entretanto, levantou dúvidas quanto à eficácia dessas ações. Por meio dela, o governo autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar total ou parcialmente instituições privadas. Ou seja: abriu caminho para uma possível estatização do sistema bancário brasileiro.

No Brasil, ao menos por enquanto, as instituições estão preferindo adquirir carteiras de crédito, incentivadas pelas medidas do Banco Central. Bradesco, Itaú, Unibanco e Santander foram às compras, mas não informaram quanto investiram nas aquisições nem os nomes dos bancos vendedores. Já a Nossa Caixa comprou as carteiras de três bancos por 2,23 bilhões de reais. E todas as instituições admitem estudar novos negócios.

Afinal, nos momentos de crise sempre surgem grandes oportunidades!

domingo, 19 de outubro de 2008

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

CACHORRO PICADO POR COBRA TEM MEDO ATÉ DE BARBANTE...

Você já viveu algum relacionamento que, quando estava em crise, fazia de tudo para poder melhorar o clima e nada funcionava? Sim? Pois é, sabemos que você deve estar se perguntando a razão desse questionamento, já que aqui se fala sobre finanças, e não sobre relacionamentos. No entanto, o problema que acontece hoje nos mercados mundo afora é justamente este, um problema de relacionamento, mais especificamente, de falta de confiança.

Imagine que, em algum momento, você acabou traindo a(o) sua companheira(o) e que, para piorar a situação, ela(e) descobriu. Muito bem. Muito bem nada, muito mal! Agora, além de não querer te ver nem pintado de ouro, ela(e) perdeu completamente a confiança em você. E agora, o que fazer? Você não consegue imaginar a sua vida sem ela(e) e por isso vai à luta, diz que está muito arrependido(a), compra flores (ingresso para o Campeonato Brasileiro), chocolate (cerveja), jóias. Fala que ela(e) é muito importante para você e que fará tudo para reconquistar a confiança dela(e).

E O QUE MERCADO TEM A VER COM ISSO?
Vamos lá, ao longo dos últimos anos os investidores confiaram cegamente na competência dos grandes bancos de investimentos, no poder da economia norte-americana, na forte expansão das economias emergentes, etc. Com o agravamento da crise do mercado subprime, criado dentro desses bancos, o mercado de crédito em geral foi afetado, impactando diretamente a perspectiva acerca do crescimento econômico global. O castelo de cartas ruiu, e assim como aconteceu com a pessoa traída, foi embora a confiança do investidor.

Nas últimas semanas, os governos e bancos centrais mundo afora têm feito de tudo para reconquistar a confiança dos investidores e do mercado interbancário, que, por não conhecer ao certo a saúde financeira dos outros bancos, reduziram seus empréstimos para não ficarem expostos ao risco de inadimplência, mantendo o conhecido “empoçamento de liquidez”

Para citar alguns exemplos, o banco central norte-americano (FED) anunciou um pacote de ajuda no valor de US$ 850 bilhões. Em uma ação coordenada entre os principais bancos centrais do mundo, anunciaram a redução da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual das taxas básicas de juros na tentativa de aumentar a liquidez na economia. Além disso, aumentaram a garantia dos depósitos dos correntistas em caso de falência bancária, sendo que, em alguns países, a garantia chega a 100%.

Por aqui, o banco central (BACEN) já mexeu nos depósitos compulsórios a prazo e à vista, sendo que, só da última vez, anunciou medida que resultará na liberação de R$ 23,2 bilhões aos bancos, visando a redução da desconfiança do mercado acerca da escassez de recursos no mercado interbancário brasileiro. Adicionalmente, deu continuidade ao processo de venda das reservas internacionais para conter a alta do dólar, reduzindo a pressão sobre as empresas endividadas na moeda norte-americana.

CACHORRO PICADO POR COBRA TEM MEDO ATÉ DE BARBANTE...
Pois bem, como cachorro picado por cobra tem medo até de barbante, a estatização de um banco na Islândia foi capaz de mexer com o ânimo dos investidores. Daí, você novamente pergunta:

- Por que, mesmo com tantas medidas, as bolsas não se recuperam?
- Falta de confiança!
- Ok, mas até quando isso vai durar?
- Até o momento em que as medidas tomadas começarem a surtir efeito, reduzindo a desconfiança do consumidor.
- E quando começarão?
- Assim como a tentativa de reconquistar a confiança da(o) amada(o), o tempo dirá. Só há uma observação a fazer (e a favor do mercado): pelo fato da economia ser cíclica, existe a certeza de que a confiança será recobrada, restando a dúvida sobre a duração. Já no caso dos relacionamentos pessoais...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Pensamento do Dia

"O mercado é um pêndulo que sempre oscila entre o otimismo insustentável (que torna as ações muito caras) e o pessimismo injustificável (que as torna muito baratas)"

Benjamin Graham

Resumo das Instituições afetadas pela crise até agora

Prezados,

Eis um resumo das Instituições que foram afetadas pela crise até agora.

ESTADOS UNIDOS
§ Bear Stearns
- Era um dos maiores banco de investimentos dos Estados Unidos quando foi vendido, no início do ano, ao JPMorgan Chase, em operação coordenada pelo Fed. O Bear chegou perto de ir a falência devido ao seu envolvimento com a crise do crédito imobiliário de alto risco ("subprime") nos EUA, raiz da crise que afeta a economia mundial.

§ Fannie Mae e Freddie Mac - No início de setembro, o governo americano resgatou as duas maiores financiadoras de hipotecas do país, em um acordo que poderá custar até US$ 200 bilhões aos contribuintes do país. Elas possuem quase a metade dos US$ 12 trilhões em empréstimos para a habitação nos EUA.

§ Countrywide Financial - O Bank of America chegou a um acordo para adquirir a financiadora imobiliária por US$ 4 bilhões, em uma operação de troca de ações.

§ Lehman Brothers - O quarto maior banco de investimentos dos EUA pediu concordata em setembro, depois que, sem ajuda federal, não conseguiu fechar a sua venda para nenhuma instituição. Assim, se transformando no primeiro grande banco a entrar em colapso desde o início da crise financeira. Parte dos seus ativos foi vendida ao britânico Barclays.

§ AIG - A seguradora AIG (American International Group) conseguiu uma injeção de US$ 85 bilhões do governo americano para aumentar sua liquidez (crédito em circulação) e evitar a quebra, no mesmo destino do banco de investimentos Lehman Brothers

§ Merrill Lynch - O banco acertou a sua venda para o Bank of America (segundo maior banco dos Estados Unidos), por US$ 50 bilhões, no mesmo dia em que o Lehman Brothers quebrou.

§ Goldman Sachs e Morgan Stanley - Dois dos grandes bancos de investimentos que sobraram nos EUA foram autorizados pelo Fed (Federal Reserve, o BC americano) a se tornarem bancos comerciais. A mudança no status permite que eles criem bancos que poderão tomar depósitos, amparando os recursos de ambas instituições, e tenham o mesmo acesso que outros bancos comerciais aos planos de empréstimo da emergência do Fed.

§ Washington Mutual
- No que foi considerado a maior falência de um banco americano, o Washington Mutual foi fechado pela FDIC (o órgão garantidor de contas bancárias) e a maior parte das suas operações vendida ao JPMorgan Chase por US$ 1,9 bilhão. Com sede em Seattle (Oeste), era o sexto banco americano em ativos. A aquisição criou a maior instituição americana de depósitos e poupança, com mais de US$ 900 bilhões em depósitos.

§ Wachovia - O banco, um dos maiores dos EUA, foi negociado para o Citigroup por cerca de US$ 2,2 bilhões com a assistência da FDIC, que irá absorver as perdas do Wachovia acima de US$ 42 bilhões e receberá US$ 12 bilhões em ações e garantias do Citigroup. Os problemas do Wachovia têm boa parte de sua origem na aquisição da companhia hipotecária Golden West Financial em 2006, por cerca de US$ 25 bilhões, quando o mercado imobiliário ainda estava em um momento de euforia.

EUROPA

§ Northern Rock - O banco britânico foi nacionalizado em fevereiro, sendo um dos primeiros atingidos diretamente pela crise os EUA. O parlamento britânico aprovou uma lei de caráter emergencial que deu ao governo poder para assumir a instituição pelos 12 meses seguintes.

§ UBS - O banco suíço, um dos primeiros e dos mais atingidos pelos efeitos da crise, teve no segundo trimestre deste ano um prejuízo de US$ 328,45 milhões e já cortou 6.000 empregos desde o ano passado. Só em abril, o UBS lançou no seu balanço mais US$ 19 bilhões em prejuízos com os empréstimos imobiliários "subprime" (de alto risco) e foi ao mercado buscar o dinheiro para fechar os rombos.

§ BNP Paribas - O banco francês foi o primeiro afetado pela crise, que deflagrou uma onda de incertezas em agosto do ano passado, quando congelou cerca de 2 bilhões de euros (cerca de US$ 2,73 bilhões) em fundos, citando as preocupações sobre o setor de crédito "subprime" nos EUA --até então, o termo que não ocupava tanto espaço no vocabulário do mercado financeiro.

§ Fortis - O grupo bancário e de seguros belgo-holandês foi afetado por papéis da crise "subprime" --as ações do banco já caíram mais de 70% neste ano. Para devolver liquidez (dinheiro disponível para crédito) ao Fortis, os governos de Holanda, Bélgica e Luxemburgo injetaram US$ 16,4 bilhões no banco, recebendo em troca 49% das ações nos braços nacionais da instituição. No começo de outubro, o BNP Paribas chegou a um acordo para obter o controle de suas atividades bancárias.

§ Bradford & Bingley - O Reino Unido nacionalizou a financiadora de hipotecas e créditos imobiliários, que em dificuldades por conta da crise nos EUA, teve parte das operações assumida pelo Santander.

§ HBOS - O banco britânico Lloyds TSB comprou o Halifax Bank of Scotland, maior credor imobiliário cotado no Reino Unido, por 12,2 bilhões de libras (US$ 22,2 bilhões). Com a fusão, os atuais acionistas do Lloyds TSB ficam com aproximadamente 56% do capital do Lloyds TSB, enquanto os atuais acionistas do HBOS, com 44%.

§ Hypo Real Estate - A instituição alemã, também do crédito imobiliário, obteve US$ 69 bilhões do governo e de um consórcio de bancos para se salvar. O acordo contempla que em até um montante total de 14 bilhões de euros, o Estado assuma 40% e os bancos, 60%, dos riscos que seriam derivados se o HRE tivesse que usar os créditos.

§ Glitnir - Em setembro, o governo da Islândia comprou 75% do terceiro banco local por cerca de US$ 900 milhões.

§ Landsbanki - O governo da Islândia assumiu o controle total sobre o segundo maior banco do país, em uma operação equivalente à nacionalização, para permitir a continuidade das operações comerciais e bancárias. A intervenção ocorre após a Rússia ter concedido à Islândia um crédito de 4 bilhões de euros para ajudar o país a sair da crise financeira que ameaça seu sistema bancário.

§ Dexia - O franco-belga Dexia recebeu uma injeção de US$ 9,2 bilhões da Bélgica, França e Luxemburgo para continuar operando e foi nacionalizado. O Dexia foi fundado em 1996 a partir da junção dos bancos France's Credit Local e Belgium's Credit Communal.

§ Unicredit - O banco italiano anunciou que vai cortar 700 empregos do setor financeiro no próximo ano, como parte do plano de redução de custos decidido depois da crise financeira mundial. Neste ano, o banco já cortou 300 postos de trabalho. O Unicredit foi afetado gravemente pela crise e se viu obrigado a anunciar um aumento de capital de mais de 6 bilhões de euros.

Desafortunadamente, não podemos afirmar com certeza de que a lista parará por aqui!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O Mundo irá acabar?

Prezados,

A sensação para quem nunca viveu uma crise é péssima. Na segunda, dia 6-10-08, quando a Bolsa chegou a cair mais de 15% no dia, muitos devem ter pensado: "o mundo irá acabar?"

NÃO! O MUNDO NÃO IRÁ ACABAR! ENTRETANTO...
Teremos um caminho árido para a recuperação do valor dos ativos, leia-se ações! Não por acaso muitas empresas estão se valendo desta "oportunidade" para anunciar programas de recompra.

A impressão que se tem acompanhando o mercado no dia-a-dia é que não há nada e nem ninguém que possa estancar a atual onda de venda desmedida dos ativos. Ontem, por exemplo, não faltaram notícias que poderiam ser a justificativa ideal para o investidor se animar um pouco, ou ao menos parar de se desfazer das ações. Uma das mais importantes foi a decisão do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) de agora ajudar as empresas, comprando notas promissórias (conhecidas como "commercial papers") emitidas por elas. A interpretação positiva é que o governo dos EUA está disposto a fazer qualquer coisa para amenizar a crise. Sob o ângulo negativo, a mensagem é que, se o Fed está socorrendo não apenas as instituições financeiras, é que os problemas já atingiram a economia real e de forma nada comedida. E foi exatamente essa última versão que os investidores preferiram comprar.

PRUDÊNCIA E CANJA DE GALINHA NÃO FAZEM MAL

Portanto, como apontei acima, qq. noticia é vista pelo "pior" ângulo, uma vez que o MEDO tomou conta dos atores deste mercado. E, pelo visto o mais prudente é seguir sereno em meio a este turbilhão, que como toda tormenta irá passar, estragos ficarão mas serão revertidos, pois, como dizem os mais velhos: "O TEMPO É SENHOR DE TUDO!".

LIÇÕES A RECORDAR...
1. Nunca coloque todos os ovos na mesma cesta! Investidor na Bolsa não investe só em Bolsa!
2. Não venda por pânico! Este é o momento de compra e não de venda!
3. O dólar sempre é afetado pela fuga de capitais, agora não seria diferente....
4. Invista com prudência, e siga sua estratégia de longo prazo, afinal nada se cria, nada se perde, tudo se transforma! (Lavoisier)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Quer pagar quanto?

Prezados,

O setor de construção sofre com a crise. Mas qual a lógica por detrás disso?

No primeiro semestre, com o agravamento da crise do crédito no exterior, o mercado passou a restringir suas recomendações a companhias mais consolidadas, com presença em diversas regiões do país e um representativo banco de terrenos. Cyrela, Gafisa, Rossi, PDG e MRV pareciam ser então as aplicações mais atrativas.

Recentemente, no entanto, o mercado percebeu que o início do ciclo de aumento dos juros impediria o Brasil de experimentar o tão aguardado boom imobiliário já a partir deste ano. Com a quebradeira de bancos nos Estados Unidos e Europa e o encarecimento do crédito no Brasil, um novo fator surgiu para tornar ainda mais seleto o grupo de bons investimentos: o endividamento. Empresa mais alavancada entre essas cinco incorporadoras, a Rossi passou a ser um péssimo investimento. Suas ações acumulam queda de 76% neste ano, a maior baixa entre todos os papéis que compõem o Ibovespa (principal índice da bolsa paulista).

O desempenho das ações do setor de construção

Empresa

Variação
no ano (%)*

Inpar

-93,6

Abyara

-89,8

Tenda

-86,8

Even

-76,2

Rossi Residencial

-76,0

Trisul

-72,0

Eztec

-69,7

Helbor

-69,4

Klabin Segall

-65,0

Lopes

-61,4

Camargo Corrêa

-61,2

Brascan

-59,1

Tecnisa

-58,6

Company

-58,5

CR2

-52,2

MRV

-47,4

PDG Realty

-45,9

JHSF

-41,4

Agra

-39,8

Rodobens

-38,0

CCP

-33,0

Gafisa

-26,9

Cyrela

-19,3

Fonte: Economática

* No ano, até 29/09/2008


O QUE MUDOU?? RESPOSTA: O CREDITO!!!!!!!!!!

O crédito tornou-se um diferencial porque o aumento das despesas com o pagamento de juros deve ter impacto direto na margem de lucro das incorporadoras. Nesta semana, a Rossi anunciou que faria uma emissão de 40 milhões de reais em debêntures pagando uma taxa equivalente ao CDI mais 3,5% ao ano – acima, portanto, dos juros pagos na emissão anterior. Além disso, os bancos também estão sendo mais criteriosos na liberação de financiamentos para os consumidores - e o reflexo já poderá ser sentido nas vendas de imóveis em setembro.

Esse cenário mais adverso ajuda também a explicar a rápida venda da Tenda para a Gafisa e da Company para a Brascan – em operações em que os controladores não receberam prêmios para deixar o comando dos negócios. O movimento de fusões e aquisições, entretanto, não é sinônimo de alto risco de falência no setor. As empresas do setor admitem uma redução na velocidade de vendas em setembro, mas ainda têm três caminhos para se capitalizar. A primeira delas é pela diminuição de lançamentos, que reduz a necessidade de crédito. A segunda é com a venda de terrenos e outros ativos. Por último, também é possível realizar aumentos de capital com a busca de novos parceiros.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Senado dos EUA aprova pacote

O Senado dos Estados Unidos aprovou na noite desta quarta-feira (1º) o plano de resgate dos mercados apresentado pelo governo Bush. A proposta, que prevê ajuda de US$ 700 bilhões a bancos em dificuldades no país, havia sido rejeitada na segunda-feira (29) pela Câmara. Por isso, sofreu algumas mudanças.

De acordo com informações preliminares, 74 senadores voltaram a favor do resgate aos bancos, enquanto 25 se posicionaram contra o projeto. A votação ocorreu por volta das 22h20 desta quarta-feira. Agora, a proposta volta para a Câmara, onde será provavelmente votada na sexta-feira (3).

A aprovação foi resultado de uma campanha de pressão que envolveu o presidente norte-americano George W. Bush, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o presidente do Federal Reserve (o BC dos EUA), Ben Bernanke. Além destes, os candidatos à Presidência dos EUA, Barack Obama (Democrata) e John McCain (Republicano) também manifestaram seu apoio à proposta.

Presentes à sessão, os senadores Obama e McCain votaram, conforme previsto, favoravelmente à proposta. Segundo analistas, a adição de incentivos ao cidadão americano comum ajudou a convencer os senadores da importância da ajuda aos bancos em crise.

Pressão internacional
A pressão pela ajuda aos bancos nos EUA também ganhou contornos internacionais.Autoridades financeiras da Europa fizeram um apelo nesta quarta-feira para que o Senado dos Estados Unidos aprove a proposta revisada de resgate do setor financeiro.