quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

ECONOMIA MUNDIAL & BOVESPA

Conjecturas Econômicas: China despencando e afetando o resto do mundo

Como a China é considerada uma “grande baleia” entre os emergentes, com indicadores superlativos, os movimentos de ajustes, gerados por alguma decisão externa, sempre ensejam grandes oscilações, levando junto o resto do mundo, com destaque para os emergentes. Foi isto que aconteceu nesta terça-feira. Os mercados ao redor do mundo experimentaram fortes quedas, por uma conjunção de fatores, mas o grande destaque foi o mergulho da bolsa chinesa nesta madrugada (- 8,8%), a maior queda em uma década.

Em função disto, o mercado de ações brasileiro, dentre os mais líquidos do mundo, acabou duramente afetado, com o dólar também “esticado”, aos R$ 2,12. Outros fatores contribuíram para este “estresse” dos mercados, como: o atentado suicida na base norte-americana do Afeganistão, quase atingindo o vice-presidente republicano dos EUA, Dick Cheney, e a divulgação de alguns indicadores norte-americanos, aquém do esperado, como as encomendas de bens duráveis, que recuaram 7,8% em janeiro.

Na China, pela dificuldade de informações, o mercado continua avaliando os acontecimentos, mas é impressão geral que houve um movimento de realização de lucro, diante da possibilidade de novas medidas saneadoras [ MY OPINION: ALGO MUITO POSITIVO!!! ], na sessão anual do Congresso na próxima semana. Neste caso, duas são as principais preocupações dos dirigentes chineses: tornar o mercado financeiro mais aberto e transparente e preocupações recorrentes com o ritmo intenso de crescimento da economia chinesa, que em 2006 foi de 10,7% - nível mais alto em 11 anos – que pode se repetir em 2007.

Este forte crescimento foi atribuído aos investimentos no mercado imobiliário e em outros ativos, podendo, no entanto, se traduzir em novas pressões inflacionárias e forte endividamento das famílias. Em resposta a estes riscos, no último dia 16/02 o Banco do Povo da China (banco central chinês) elevou o depósito compulsório, para 10% dos depósitos dos bancos do país – a segunda elevação neste ano.

Recordemos que no ano passado a taxa de juros para empréstimos foi elevada duas vezes, em abril e agosto, em 0,27 ponto percentual nas duas ocasiões, a fim de “conter a demanda por empréstimos de longo prazo e a expansão muito rápida de investimentos em ativos fixos”. Agora, a taxa bancária está em 6,12% anuais. Com isto, o iuan se apreciou 6,5% contra o dólar, e o consumo doméstico cresceu em ritmo menor do que em 2005.

Outra medida é a que impede os investidores estrangeiros de comprar residências, que não de uso particular, sendo obrigados a pedir aprovação do governo para a transferência de propriedades, devido à destinação de créditos concedidos nessa área – antes direcionados para as construções de luxo e em outros projetos considerados desnecessários pelo governo - o que poderia causar problemas no sistema bancário no caso de inadimplência das construtoras. Em 2006, os investimentos imobiliários cresceram cerca de 21,8% (0,9 ponto percentual acima do registrado em 2005).

Somado a isto, sendo a bolsa de valores chinesa ainda incipiente, várias medidas regulamentadoras devem ser adotadas na semana que vem visando evitar o excesso de operações especulativas. É possível que sejam anunciadas medidas de restrição na tomada de empréstimos bancários para a compra de papéis, além de medidas de controle de capital.

Com o crescimento acelerado da economia chinesa em 2006, as apostas dos chineses no mercado de ações aumentaram exponencialmente, com as bolsas do país (Xangai e Shenzhen) registrando valorização de 130% em 2006. Com isto, aumentaram os riscos de formação de bolhas especulativas. Estimativas do mercado apontaram um aumento de três milhões de novas contas nas corretoras chinesas ao longo do ano passado.

Para o resto do mundo, o receio maior é de que possa ocorrer uma desaceleração mais forte que o desejável da economia chinesa, o que afetaria, diretamente, a demanda e a cotação das commodities agrícolas, minerais e o petróleo. Estejamos atentos aos próximos movimentos do governo chinês.

TRADUZINDO O ULTIMO PARÁGRAFO: SE ISTO OCORRER DE FATO, OS PAPIES DA PETROBRAS E VALE SENTIRAM = BOVESPA FORTEMENTE AFETADO.... [ MY OPINION ]

Fonte: Lopes Filho & Associados

Leis da Natureza atuando na BOLSA

Pessoal, não posso me furtar de falar o que muitos sabemos, mas HESITAMOS em aceitar: Tudo que sobe, desce também!

Na BOLSA não é diferente.

Há motivos para a queda de hoje? Sim, há. Eles são per si o mais importante? Não, não são.

Em minha forma de entender, que não é melhor do que a de ninguém [ vale dizer ], o mais importante é entender que a BOLSA, como todo produto ou serviço derivado do comportamento humano, possui características relacionadas ao ser humano. Logo, a imprevisibilidade, e o movimento de massas também fazem parte desta dinâmica.

Enquanto a BOLSA batia recordes atrás de recordes, ninguém duvidava do seu fôlego. Porém, um movimento na CHINA, associado à declaração do SENHOR MERCADO [ Mr. Allan Greenspan ] deram o tempero necessário para um movimento de correção, que diga-se de pasagem é MUITO SAUDAVEL,
e ser SAUDAVEL muitas vezes é passar por momentos de desconfortos.

Quem malha, possivelmente já ouviu falar na expressão: "
NO PAIN, NO GAIN"... Ou seja, quer um musculo bonito? Um biceps bacana? VAI TER QUE SENTIR DOR!!!

Na BOLSA é o mesmo! Quer ganhar mais? Quer superar o rendimento "seguro" [ou dito menos arriscado]... VAI TER QUE SE EXPOR... E possivelmente SENTIR DOR!!!

Dói ver o dinheiro diminuir [ ainda que temporariamente ], mas é parte do processo natural de correção. Contudo, é preciso saber como agir, há vários mecanismos de proteção... Desde os mais simples e intuitivos como
NUNCA SE COLOCA TODOS OS OVOS NA MESMA CESTA, até o mais sofisticados, via derivativos.. Fica ao gosto e conhecimento de cada um....

Esta nota tem como propósito trazer um momento de reflexão, e sinalizar que pode ser um bom momento para pensar em fazer uma comprinhas.... com prudência, é claro! Afinal, como dizem os mais experientes:
MUITA CALMA NESSA HORA!!

Adicionalmente, o que ocorreu hoje pode ser entendido fazendo um paralelo com o que medicina moderna chama de SINDROME DO PANICO, só que no caso da BOLSA foi em MASSA!!!

O que é Síndrome do Pânico ?

A Síndrome do Pânico é caracterizada pela ocorrência de freqüentes e inesperados ataques de pânico. Os ataques de pânico, ou crises, consistem em períodos de intensa ansiedade e são acompanhados de alguns sintomas específicos.

Os ataques de pânico se iniciam geralmente com um susto em relação a algumas sensações do corpo. Estas sensações disparadoras podem ser desde uma alteração nos batimentos cardíacos, uma sensação de perda de equilíbrio, tontura, falta de ar, alguma palpitação diferente ou um tremor, por exemplo.

A
partir deste susto inicial, começa um processo de medo e ansiedade que vai crescendo até atingir uma intensidade em que a pessoa se sente em estado de desespero e pânico.

Uma das características da Síndrome do Pânico é a pessoa viver com muita ansiedade, na expectativa constante de ter uma nova crise. Este processo, denominado ansiedade antecipatória, leva muitas pessoas a evitarem certas situações e a restringirem suas vidas a um mínimo de atividades.

A Síndrome do Pânico faz parte dos chamados
transtornos de ansiedade conjuntamente com as fobias (fobia simples e fobia social), o estresse pós-traumático, o transtorno obsessivo-compulsivo e a ansiedade generalizada.

Quando duas pessoas estão conversando, elas estão em contato, porém não necessariamente em conexão. Contato é uma interação de presença, que pode ser superficial, enquanto conexão é uma ligação profunda que ocorre mesmo quando as pessoas estão distantes. Duas pessoas podem estar em contato, conversando, mas com baixíssima conexão, como numa situação social formal. Por outro lado, duas pessoas podem estar distantes, e, portanto sem contato, mas se sentirem conectadas.

Geralmente, as pessoas com pânico conhecem estas sensações: uma sensação de estar "ausente", meio fora da realidade, se sentindo distante dos outros, mesmo de quem está ao seu lado. Os olhos perdem o foco...Neste momento a crise se inicia.

Enfim, qualquer semelhança com o dia de hoje pode não ser mera coincidência....

Minhas DICAS???


Prudência com um tom de Ousadia!!! Paradoxal para você??

sábado, 24 de fevereiro de 2007

PARTICIPE DA PESQUISA DO BUSSOLA


Pessoal,

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REVISTA EXAME: CUIDADO COM ESTES PAPÉIS


As ações de Souza Cruz, Acesita e Avipal estão entre as piores opções de investimento da bolsa

O mercado de ações é, por natureza, volúvel. Até alguns anos atrás, os papéis da Souza Cruz estavam entre os mais cobiçados por investidores interessados em obter bons retornos com os altos dividendos pagos pela empresa. Mas a campanha antitabagista ganhou força, o mercado paralelo de cigarros atingiu uma dimensão assustadora e o que era sexy perdeu seu poder de sedução. "A empresa não tem perspectiva e apresenta baixa capacidade de geração de caixa", diz Marco Melo, chefe da área de pesquisa em ações da corretora Ágora Sênior, do Rio de Janeiro. Melo faz parte de um grupo de 25 analistas de algumas das mais respeitadas instituições financeiras do país, que, consultados, colocaram as ações da Souza Cruz entre as piores opções de investimento para 2007. Também fazem parte dessa lista - embora por motivos diferentes os papéis da Acesita, do Banco do Brasil, da Paranapanema e da Avipal.

MAIS DO QUE O PASSADO, a perspectiva de futuro ou a falta de uma visão clara dele costuma elevar ou derrubar o preço de uma ação. A fusão entre os grupos siderúrgicos Arcelor e Mittal lançou sombras sobre o desempenho dos papéis da Acesita, líder do mercado brasileiro de aços planos especiais. Durante o período em que foi controlada apenas pela Arcelor, o mercado financeiro acreditava que a Acesita seria vendida a qualquer momento. Desde que os indianos da Mittal assumiram o comando dos negócios, em junho do ano passado, os analistas esperam em vão algum sinal sobre planos futuros silêncio que não tem colaborado para dirimir as muitas dúvidas. A Acesita é uma exceção no vigoroso setor brasileiro de siderurgia, um dos mais beneficiados pelo crescimento da demanda em economias emergentes. Entre janeiro e setembro de 2006, a rentabilidade da Acesita sofreu queda de 30%, causada sobretudo pelo aumento da competitividade de rivais internacionais. O bom desempenho dos concorrentes também está por trás dos problemas com as ações do Banco do Brasil. "Entre todos os grandes bancos, ele apresenta sempre a pior rentabilidade", diz Melo, da Ágora. Para outros analistas, o que conta também é que a ação já atingiu seu preço justo e só valeria a pena para quem quer aplicar no longo prazo.

IPO´S III: PERSPECTIVAS PARA 2007

O ano começa quente na Bovespa e a previsão de novo recorde de oferta de ações abre um leque de oportunidades para o investidor.

No último dia 12, algumas dezenas de investidores e analistas estiveram presentes ao sóbrio edifício que abriga a Bolsa de Valores de São Paulo. Foram assistir ao lançamento inicial de ações ou IPO, na sigla em inglês da usina de açúcar e álcool São Martinho, quase uma desconhecida do grande público. Os aplausos e gritos que se ouviram após a batida do martelo revelaram o estado de ânimo dos presentes. Quem investiu no IPO ganhou, num único dia, 18% do capital aplicado. Menos de uma semana depois da operação, o ganho já atingia 30%.

A São Martinho foi a sexta empresa a lançar ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desde 1o de janeiro, recorde histórico para esta época do ano. A maioria esmagadora das previsões dá conta de que o ritmo intenso vai se manter, e que mais de 50 empresas podem abrir o capital neste ano foram 27 em 2006. Nessa fila estão empresas como o banco Pine e o banco Cruzeiro do Sul, as construtoras Even e JHSF, a concessionária Ecorodovias e o frigorífico JBS-Friboi, entre inúmeras outras. Com tantos IPOs, abre-se ao investidor um leque crescente de oportunidades de negócios nos próximos meses. Quais são as empresas que prometem ganhos maiores? Para destacar o que há de mais atraente no horizonte, EXAME ouviu 15 especialistas e mapeou as candidatas a arrasa-quarteirão deste ano.

Nem todas elas, dizem os analis tas, necessariamente vão abrir o capital -- há casos de empresas que desistem de lançar ações no meio do processo. Por ora, um dos grupos que têm atraído mais atenção é o de bancos de médio porte. Além do Pine, constam da lista o Cruzeiro do Sul, o Panamericano e o BicBanco. "Todos eles têm muitas chances de aumentar seu peso no setor financeiro, um dos mais rentáveis da economia brasileira", diz Erivelto Rodrigues, sócio da consultoria Austin Asis, especializada em bancos. Outra promessa é o JBS-Friboi, número 1 em carne bovina no país e recordista em exportações. "O setor de frigoríficos deve se sair bem nos próximos anos, tanto em consumo interno quanto externo", afirma Marco Gomes, superintendente do Banif Private Banking.

Para poder participar de um IPO, o investidor precisa encaminhar um pedido à sua corretora. Antes de efetivamente comprar as novas ações, é fundamental se informar sobre os riscos que rondam a companhia e conhecer seus planos -- em outras palavras, saber o que ela pretende fazer com seu dinheiro. Também é imprescindível examinar a política de governança corporativa para saber se sócios minoritários receberão o mesmo valor por ação que o controlador em caso de venda. Por último, o preço na hora do IPO precisa ser atraente. Mesmo a companhia mais eficiente do setor mais promissor pode se mostrar um negócio ruim se o valor pedido no lançamento for tal que anule a perspectiva de valorização. Parece óbvio, mas é uma regra que muita gente costuma esquecer.

Para as companhias, um IPO é a possibilidade de levantar recursos de forma barata. É também um bom negócio para os investidores? A julgar pelo histórico recente das aberturas de capital feitas no país, a resposta é sim. Na imensa maioria dos casos, as cotações subiram com a abertura, beneficiando quem comprou o papel no lançamento. O sucesso tem sido explicado pelo interesse de investidores estrangeiros -- que chegam a ficar com 70% das ações das empresas que abrem o capital. Com tal reforço na demanda, muitos investidores não têm conseguido comprar todos os papéis que gostariam antes do lançamento. Os que ficam de fora tentam fazer suas aplicações no dia da estréia no pregão, jogando o preço para cima.

Apesar do histórico positivo, investir num IPO não deixa de conter uma dose alta de risco. É difícil fazer uma análise profunda e bem-feita das incertezas e oportunidades, uma vez que todos os consultores do mercado ficam proibidos de emitir opinião a partir do dia em que a empresa registra oficialmente o pedido de lançamento até um mês depois da estréia. Cresce no mercado a percepção de que algumas companhias estão vendendo cotas com preço acima do que seria o adequado e que não entregarão os resultados prometidos. Como quase tudo que envolve o mundo das finanças, o segredo do sucesso é conseguir separar o joio do trigo
.

DICAS DA EXAME PARA 2007

Num ano que promete recordes de movimentações, as empresas de consumo e de infraestrutura despontam como as grandes estrelas

O ano começou particularmente auspicioso para quem investe na bolsa de valores. Antes de paralisar suas operações para o feriado do Carnaval, a Bovespa havia batido dois recordes de movimentação, atingindo os níveis mais altos da história. Num único dia, três marcas foram alcançadas maior volume financeiro, maior número de negócios realizados e maior pontuação. Subidas radicais costumam provocar certo temor em investidores mais ressabiados. Mas, segundo 30 dos mais respeitados especialistas em mercado financeiro consultados por EXAME, 2007 prosseguirá sendo o ano da bolsa. A previsão média dos analistas é que o Índice Bovespa, principal termômetro do mercado acionário brasileiro, chegará a 55 000 pontos em dezembro, alta de 20% em relação ao fechamento de 15 de fevereiro. Se a expectativa se confirmar, este será o quinto ano consecutivo de valorização.

Como sempre, esse não será um movimento uniforme e é exatamente aí que moram o risco e a beleza desse tipo de investimento. Certos setores são sempre mais beneficiados que outros de acordo com a dinâmica da economia brasileira e internacional. Para os oráculos do mercado financeiro, a maré econômica claramente favorecerá empresas de dois setores infra-estrutura e consumo. A aposta na infra-estrutura está baseada na confiança de que os investimentos nessa área vão de fato aumentar. Parte do impulso virá do governo, que recentemente anunciou o PAC, programa com uma longa lista de obras a ser erguidas. Os analistas do mercado também sentem um crescente apetite do setor privado para retirar projetos do papel. Isso beneficia as ações de companhias de energia elétrica, logística e construção civil, entre outras.

A indicação de empresas associadas ao setor de consumo deve-se à previsão de crescimento econômico, ainda que moderado, e de aumento da renda da população, o que terá efeito direto nas caixas registradoras do varejo. "Nossas taxas de crescimento podem ser decepcionantes quando comparadas às de outros países emergentes, mas são as melhores em anos", diz Mauro Cunha, gestor da Franklin Templeton, uma das maiores empresas mundiais de gestão de investimentos. Uma economia mais aquecida e com juros em queda favorece uma maior rentabilidade das empresas. Esse cenário foi recentemente desenhado numa pesquisa do banco Merrill Lynch, que prevê aumento de 23% nos lucros das companhias brasileiras de capital aberto neste ano. "A bolsa vai refletir a ótima situação das empresas", diz Pedro Martins, chefe de análise de ações do Merrill Lynch.

ALÉM DE ESCOLHER BEM a companhia e o setor, o investidor precisa manter-se atento ao preço. Nem todas as empresas de construção civil, por exemplo, são boas opções de compra. As ações da maior parte das construtoras que abriram capital recentemente subiram demais nos últimos meses, o que reduz as chances de novas valorizações. Em vez de comprar esses papéis, os analistas recomendam aplicar nas empresas que fornecem produtos à construção civil, como a Eternit e a Gerdau. A exceção é a construtora Klabin Segall, que vem ampliando sua atuação no segmento de baixa renda, um dos mais promissores do mercado, e cujo papel está barato quando comparado aos de suas concorrentes.

Fora dos setores mais quentes, duas empresas se destacam na lista de recomenda ções dos analistas. São elas a processadora de cartões CSU CardSystem e a Vale do Rio Doce. Sua inclusão entre as apostas mais promissoras deve-se a características próprias de suas operações. Recentemente elevada à posição de segunda maior mineradora do mundo graças à aquisição da canadense Inco, a Vale é uma das estrelas dos pregões brasileiros. Nos últimos dois anos, a cotação de seus papéis dobrou -- e a perspectiva é de novas altas. Com a Inco, a Vale diversifica seu portfólio de produtos e atuação geográfica, o que deve aumentar sua rentabilidade. A aposta na CSU CardSystem, por outro lado, tem uma explicação eminentemente financeira. Desde que abriu o capital, em abril do ano passado, a CSU tem apresentado desempenho medíocre na bolsa. Nesse período, suas ações caíram 24%. "Como o preço do IPO foi muito elevado, a empresa ficou cara", diz Daniel Gorayeb, analista da corretora Spinelli. O cenário para 2007 é mais otimista. A CSU venceu a maior licitação do mercado brasileiro em seu segmento e passou a administrar os 3 milhões de cartões da Caixa Econômica Federal. Especialistas prevêem que o acordo eleve seu faturamento e sua rentabilidade.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Fermento para a bolsa

Os ventos devem continuar favoráveis para os emergentes e, em especial, para a América Latina. Estudo de uma das maiores corretoras do mundo, a Merrill Lynch estima que as aplicações dos fundos de investimentos e de pensão em ações da América Latina deverão mais do que dobrar até 2010 e atingir a marca de US$ 438,839 bilhões. Isso representa mais US$ 245,901 bilhões (ou R$ 516 bilhões) na região. Mas as boas notícias não param por aí: o Brasil deve ser o grande beneficiado dessas aplicações em bolsa. Para o investidor, isto pode ser uma oportunidade de acompanhar esse movimento e ganhar com a procura maior por determinadas ações. E reforça o otimismo com o mercado, que projeta para o fim deste ano um Índice Bovespa na casa dos 51 mil pontos.

Segundo o levantamento, do total de crescimento do mercado acionário da região, o Brasil responderá por 62,4%, ou US$ 153 bilhões. Pelas projeções da Merrill Lynch, desse valor, cerca de US$ 37 bilhões virão da troca dos investimentos em renda fixa dos fundos por ações. Outros US$ 35 bilhões serão decorrentes do aumento da base de investidores e US$ 80 bilhões de valorização dos papéis.

O otimismo aparece diante das taxas de juros menores e perspectivas de o país atingir o chamado grau de investimento - selo de baixo risco conferido pelas agências de classificação de crédito, o que permitirá aos grandes fundos de pensão internacionais investir mais pesadamente no Brasil. No fim do ano passado, os fundos de investimento e de pensão brasileiros aplicavam cerca de US$ 118,931 bilhões em ações. Isso quer dizer que as aplicações dos fundos em ações devem crescer 128% em quatro anos e somar US$ 272,247 bilhões.

Vale ressaltar que, para chegar a esses números, a Merrill Lynch projetou para os fundos de pensão um crescimento "modesto" na aplicação em ações, de 32% para 40% da carteira nos próximos quatro anos. O estudo abrange também os mercados de ações da Argentina, do Chile e do México.

Os fatores externos devem continuar favorecendo os investimentos na América Latina, diz Pedro Martins, estrategista de renda variável da Merrill Lynch. Para ele, o crescimento global deve continuar alto, com expansão de 4,6% para este ano, segundo estimativas da instituição. "As condições de liquidez devem ainda ser abundantes, o que favorece os emergentes", diz Martins. Além disso, os preços das commodities devem se manter em padrões elevados e as perspectivas para as bolsas ainda são positivas, em especial para a bolsa brasileira, avalia o executivo.

Na opinião de Martins, a bolsa brasileira é a mais atrativa da região. O indicador Preço/Lucro (P/L, que dá uma idéia do número de anos para que se tenha retorno com o investimento) do Ibovespa é de 10 anos. Só para se ter uma idéia, o principal indicador da Bolsa de Santiago, no Chile, país sempre lembrado como o exemplo que deu certo na região, tem um P/L médio de 19 vezes.

No portfólio recomendado pela Merrill Lynch, o setor de infra-estrutura é destaque. No segmento de energia, aparecem principalmente as geradoras, como Cemig e CPFL Energia. Companhias produtoras de commodities também devem se valorizar. Nesse caso, a corretora vê potencial nos papéis da Petrobras, da Vale do Rio Doce e da sua controladora Bradespar. Papel e celulose também aparece, com a recomendação de VCP. Já as empresas beneficiadas pelo aumento de crédito seriam Unibanco, TAM e Klabin (por conta do aumento de embalagens).

Países como Brasil, México e Chile arrumaram a casa e hoje mantêm a inflação baixa, viabilizando a queda dos juros, lembra Martins. Com isso, espera-se um crescimento econômico mais robusto, principalmente no caso brasileiro. Contribui para esse otimismo a perspectiva de realocação dos investidores, já que, com os juros em baixa, muitos deverão adicionar risco ao portfólio. Esse crescimento dos investidores locais interessados em aplicar em bolsa compensaria, inclusive, uma eventual saída dos estrangeiros, avalia Martins.

Nesse contexto, o cenário é bom para os fundos de ações e a categoria deve registrar forte expansão. Em dezembro de 2005, por exemplo, os fundos e carteiras administradas de ações representavam 12% do total investido no setor, lembra Martins. No fim do ano passado, esse percentual já havia subido para 15%. A Merrill Lynch estima que a parcela das aplicações de fundos mútuos em ações suba para 20% nos próximos quatro anos.

Esse é um movimento que já vem acontecendo no mercado. Otimista com o desempenho da bolsa brasileira e confiante de que ainda há oportunidades para ganhos, a UBS Pactual Asset Management iniciou o ano lançando dois fundos voltados para ações. A mudança representa um profunda transformação na estratégia de mercado da asset - resultante da compra do brasileiro Pactual pelo suíço UBS - no país, já que a instituição brasileira sempre foi conhecida pela sua atuação na renda fixa e em multimercados. Outro caso é a Claritas Investimentos. Com atuação focada em multimercados, a gestora lançou em janeiro seu primeiro fundo de ações.

Na opinião de Martins, a classificação "grau de investimento" do país deverá acontecer entre 2008 e 2009. "Mas esse é o ponto de chegada; antes, o país precisa conquistar a confiança dos investidores, o que já vem acontecendo", diz. Ele lembra que é cada vez maior o fluxo de recursos de fundos dedicados à América Latina, carteiras de emergentes ou mesmo de fundos BRICs (sigla para Brasil, Rússia, Índia e China).

O Brasil lidera em volume de recursos aplicados em fundos mútuos e de pensão na América Latina, com mais de US$ 600 bilhões. Isso representa 63% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e 110% da capitalização (valor de mercado) da bolsa. No ano passado, o Brasil ocupava a 11ª colocação no ranking global de fundos de investimentos, com patrimônio de US$ 360,7 bilhões, à frente de economias desenvolvidas como Espanha, Alemanha e Suécia.

Fonte: Jornal Valor (21/02/07).

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Setores da Economia em DESTAQUE

No passado, os fundos de private equity concentraram investimento no setor de tecnologia e nas privatizações. Agora, com bilhões para investir, o alvo são os mais diferentes setores como biodiesel, varejo, mídia e infra-estrutura. Entre os segmentos, o setor imobiliário é um dos que vem atraindo mais atenção.

O Banco Pátria criou no final em 2005 um fundo de participações voltado apenas para o setor. Hoje, a carteira entrega uma de suas primeiras obras, onde investiu R$ 32 milhões: o novo centro de atendimento da Atento, uma das maiores empresas de tele-marketing do país.

O fundo também anuncia um novo investimento, de R$ 70 milhões, para construir um centro de distribuição para a Kimberly-Clark, que faz produtos como toalhas de papel e guardanapos. O centro vai ficar em Mogi das Cruzes e fica pronto em setembro.

O Pátria Real Estate Fundo de Investimento em Participações tem carteira de ativos de R$ 250 milhões. "Hoje o desafio é encontrar bons projetos de investimento, não o recurso para aplicar", diz Alexandre Borensztein, destacando que ficou mais fácil captar no mercado local e externo.

Álvaro Gonçalves, da Stratus, gestora que investe em nove empresas e começou a aplicar em projetos de energias alternativas, avalia que a existência de uma mercado de crédito bancário para financiar as operações também está movimentando o mercado. Cada US$ 1 investido por um fundo, movimenta outros US$ 2 em operações de dívida.

Outro fator é a consolidação do mercado de capitais brasileiro. A Stratus tem quatro empresas com condições de abrir o capital: Neovia (que faz serviços de transmissão de dados), .comDominio (hospedagem de sites e data center), Graúna Aerospace (fornecedora da Embraer) e a Senior Solution (softwares). Duas delas devem abrir o capital este ano.

Um relatório da Empea, associação dos fundos de private equity dos países emergentes, mostra que os fundos investiram US$ 1,5 bilhão na América Latina só no primeiro semestre de 2006 - 80% no Brasil. Para discutir o boom que o mercado atravessa, a ABVCap, a associação dos fundos, faz nos no início de março em São Paulo um congresso que deve ser aberto pelo presidente Lula e terá a participação de vários fundos e investidores estrangeiros.

Fonte: Jornal Valor

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

RANDON (RAPT4): Uma de minhas apostas para 2007

É como dizem: "Na corrida do ouro, ganha quem vende picareta!"

O PAC vai trazer muitos benefícios para o setor de infraestrutura, e nosso mecanismo de distribuição é calcado em rodovias, logo a RANDON irá vender mais... Parece que esta é a lógica que explica, pelo menos parcialmente, o bom desempenho apresentado.

Investindo no IBOV através de mini-contratos futuros


Por que investir em índice de ações? De acordo com a teoria de mercados eficientes, não é possível obter-se consistentemente um retorno (ajustado pelo risco) acima do mercado, seja ele por meio de market timing ou seleção de ativos (stock picking). Existe uma grande controvérsia sobre este tema, pois caso isto fosse verdade uma boa parte da indústria financeira seria redundante e desnecessária.

Desde a década de 60, diversos pesquisadores investigaram a questão. Tomando como exemplo a indústria de fundos mútuos de ações nos EUA e Reino Unido, muitos estudos concluíram que a maioria dos fundos realmente não gera retornos estatisticamente superiores ao mercado.

No caso dos pequenos investidores, bombardeados diariamente por dicas de ações e sistemas e indicadores de análise técnica “infalíveis”, o problema é ainda maior. Um fato muito importante, normalmente ignorado, é o custo de transação.

Um exemplo é o estudo conduzido por Barber e Odean (2000), professores da Universidade da Califórnia, analisando o retorno de 66.465 contas de uma grande corretora de varejo dos EUA. Eles dividiram os investidores em 5 grupos, de acordo com o nível de movimentação financeira (turnover).

O GRÁFICO acima mostra o que eles encontraram.

Temos o retorno médio anual bruto (gross return) em branco, retorno médio anual líquido (net return) em preto, e o quanto cada grupo movimenta (turnover), para os cinco grupos, para o investidor médio, e para um fundo passivo de ações (iremos discutir o conceito a seguir).

Podemos ver claramente que o retorno bruto é semelhante para todos os grupos. Isto indica que ao negociar mais o investidor médio não aumenta sua performance bruta, de modo que ele está negociando com base em “ruídos” (a dica do momento ou o sistema “infalível”), ao invés de informação útil. Quando considerado o custo de transação, quanto mais negócios o investidor médio realiza (indo do grupo 1 ao 5), menor é seu retorno líquido, ou seja, maior é o dinheiro que acaba saindo da sua conta para a conta de sua corretora.

Deste modo, dada a dificuldade de se bater o mercado consistente-mente, muitos pequenos e grandes investidores preferem simplesmente como alternativa de baixo custo investir no mercado de ações como um todo de maneira passiva, isto é, seguindo um índice de ações.

Índices de ações são construídos com o objetivo de representar a performance do mercado como um todo (de um país, de grupos de países ou até mesmo de todo o mundo), de setores específicos da economia ou de empresas que possuam características comuns. Os índices mais utilizados e divulgados são os que representam os mercados de países, por exemplo: Dow Jones, S&P500 (EUA), FTSE (Inglaterra), Nikkei (Japão), Ibovespa (Brasil).

Os fundos que seguem índices de ações são chamados de fundos passivos (index trackers). Como a composição do fundo é conhecida e fixa na maior parte do tempo, o custo é baixo.

O fundo americano Vanguard 500, introduzido em 1976, segue o índice S&P500. Este fundo possui mais de US$ 100 bilhões em ativos administrado e tem um custo médio de apenas 0,18% ao ano para o investidor.

No Brasil, muitos destes fundos cobram taxas de administração elevada, de cerca de 2,5% ao ano. Este pequeno artigo mostra uma alternativa com o uso de mini-contratos futuros negociados na BM&F (Bolsa Mercantil e de Futuros).

O que são mini-contratos futuros de Ibovespa?
Um contrato futuro é um acordo entre duas partes para comprar e vender um certo ativo em um certo período no futuro por um certo preço. Um exemplo simplificado: um fazendeiro em Agosto/2006 possui café estocado e pode estar preocupado com uma possível queda do preço do café no mercado.

Desta maneira, ele vende contratos futuros de café na BM&F pelo preço de US$ 127,50 a saca com vencimento em 21/09/2006. No dia do vencimento o fazendeiro entrega o café recebendo o preço acordado anteriormente (US$ 127,50 a saca), mesmo que o preço tenha caído no mercado. Deste modo o fazendeiro que vendeu o café garantiu seu preço. A contraparte (que comprou os contratos futuros) irá ter feito um bom negócio se o preço do café subir no mercado até o vencimento.

Contratos futuros são padronizados e negociados em bolsa. Deste modo as partes não negociam diretamente.

No caso de contratos futuros do índice Ibovespa, o ativo não é físico, mas apenas financeiro (o valor do índice). No dia do vencimento do contrato, a BM&F calcula o preço de liquidação do contrato, baseado no preço médio do índice Ibovespa das últimas duas horas e meia de pregão. Os vencimentos são bimestrais. Cada ponto do índice vale R$ 1,00 e o lote mínimo de contratos que pode ser negociado contém 5 contratos.

Por exemplo, no dia 15/09/2006 um investidor compra 5 contratos futuros de Ibovespa a 36.460 pontos. Suponha que no vencimento em 18/10/2006 o preço de liquidação seja de 39.460 pontos. Este investidor ganhou (39.460-36.460) x R$ 1,00 x 5 contratos = R$ 15.000,00 no período menos os custos de corretagens.

Em geral a posição não é carregada até o vencimento, mas encerrada (zerada) antes com a operação contrária a operação inicial. Por exemplo, o investidor comprou os 5 contratos por 36.460 em 15/09/2006. Após uma semana, o contrato está sendo cotado a 37.460 pontos. O investidor pode simplesmente vender 5 contratos por 37.460, “zerando” sua posição inicial comprada e embolsando a diferença (37.460-36.460) x R$ 1,00 x 5 contratos = R$ 5.000,00.
Como pode-se ver, o contrato de Ibovespa futuro é bem caro para o pequeno investidor. Uma variação de 1000 pontos do índice em 5 contratos vale R$ 5.000,00. Desta maneira, a BM&F introduziu o mini-contrato futuro, onde 1 ponto do índice vale R$ 0,20 e o lote mínimo de negociação é de apenas 1 mini-contrato. Assim, no exemplo do parágrafo anterior, teríamos (37.460-36.460) x R$ 0,20 x 1 contrato = R$ 200,00 para uma oscilação de 1000 pontos.
Em muitos casos, o pequeno ou médio investidor/especulador vê o mini-contrato futuro como uma oportunidade para especular com alta alavancagem, isto é, apostar na direção do mercado e ganhar dinheiro com oscilações de curto prazo. Não é este o nosso propósito. Contratos futuros são uma alternativa extremamente barata e flexível também para o investidor de longo prazo, como iremos mostrar abaixo e nos próximos artigos.

Fonte:
http://www.bastter.com/BR/MERCADO/Aprendizado/IndiceFuturo/Default.aspx

domingo, 11 de fevereiro de 2007

POP: Assista ao vídeo e saiba mais!!

Lembrando, POP não é simplesmente comprar uma ação!!!

É uma estratégia de investimento, composta por Ações + Opções de Compra e Venda.

Exemplo: ao adquirir 100 unidades do POP´s, você está adquirindo 100 ações do ativo X qualquer + 100 unidades da Opção de Venda deste ativo X - 20 unidades da Opção de Compra deste ativo X.

Clique na figura acima e assista ao vídeo do Diretor de Controle da CBLC - Sr. Francisco C. Gomes.

Caso o link não funcione, clique aqui: http://www.bovespa. com.br/InstSites /POP/Palestra. asp

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Pensamento

"Em tudo o que a natureza opera, ela nada o faz bruscamente"

Lamarck

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Governo pode permitir investimento do FGTS em ações

Isto pode AGITAR POSITIVAMENTE ainda mais o mercado acionário em 2007!!!

O governo abriu a possibilidade de permitir que os trabalhadores invistam de 10% a 20% do seu saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no mercado de ações da Bovespa. A proposta foi discutida nesta terça-feira (6), em reunião do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, com representantes das centrais sindicais.

A liberação do uso de parte do saldo do fundo para investimento na Bovespa seria uma contrapartida do governo ao apoio dos sindicalistas ao fundo de infra-estrutura que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que também prevê o uso do FGTS, caso o trabalhador assim escolha.

Entretanto, a proposta não é consenso entre todas as centrais sindicais. A idéia é defendida pela Força Sindical e pela Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), mas enfrenta a oposição da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ficou acertado no encontro que as centrais buscarão um entendimento entre elas até a próxima segunda-feira (12), quando terão um novo encontro com Marinho.

Se as centrais conseguirem chegar a um acordo, a proposta poderá ser levada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, Luiz Marinho explicou que a decisão final sobre alterações no uso do FGTS caberá ao Congresso. Porém, considera importante um entendimento com as centrais sindicais porque elas também pressionam o Legislativo.

Fonte: www.G1.com.br

Mercado Imobiliário segue atrativo

Três ex-executivos da Ambev compram 10% da construtora Tenda.

Três executivos com longas passagens pela fabricante de bebidas Ambev adquiriram juntos, como pessoas físicas, 10% do capital social da Construtora Tenda, especializada no segmento de baixa renda e com forte presença no mercado paulista. Luiz Claudio Nascimento, ex-diretor de suprimentos da Ambev e ex-presidente da Gafisa, Maurício Luchetti, ex-diretor de gente da Ambev e ex-diretor executivo de Cimentos Brasil, da Votorantim, e Thomaz Srougi, que atuou na área de planejamentos estratégicos da Ambev e na área financeira da Gafisa, não revelaram o valor pago para se tornarem sócios da Tenda. Pela estimativa do presidente da construtora, Henrique Alves Pinto, a empresa vale hoje R$ 1 bilhão.

Nascimento, Luchetti e Srougi querem implantar um estilo de gestão muito semelhante àquele adotado na Ambev. A idéia tornar a empresa mais ágil, concentradora de talentos e, claro, bastante agressiva. Com o capital injetado pelo trio, a Tenda espera quase triplicar suas vendas contratadas em 2007. As estimativas dão conta de um volume de comercialização da ordem de 15 mil unidades esse ano, a um preço médio de R$ 60 mil, o que garantiria à empresa cerca de R$ 900 milhões em vendas contratadas em 2007.

Apesar da grande expectativa de crescimento, a companhia colocou na geladeira o plano de ir ao mercado de capitais no primeiro semestre desse ano, com oferta pública de ações (OPA). Ao contrário do que havia previsto Henrique Alvez Pinto em entrevista ao Valor em outubro de 2006, a companhia, agora, não tem um plano definido para abrir seu capital.

Será verdade????

BOVESPA PERDEU INVESTIMENTOS EXTERNOS EM JANEIRO

Este, via de regra, é um INDICADOR muito importante, dado o peso do investidores estrangeiros na Bolsa. Portanto, é oportuno seguir acompanhando o movimento de perto.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o primeiro mês do ano com saldo negativo no balanço dos investimentos estrangeiros. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (5) pela instituição, o pregão brasileiro ficou deficitário em R$ 1,264 bilhão.

O resultado decorre de vendas de R$ 21,967 bilhões e de compras de ações no valor de R$ 20,702 bilhões.

O fluxo negativo de capital externo, entretanto, reduziu-se nos últimos dias de janeiro. Até o dia 19, as saídas líquidas somavam R$ 1,657 bilhão. O que indica uma pequena melhoria, mas ainda devemos ficar atentos!

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Cuidado com as FALSAS PISTAS!

Prezados leitores e amigos do Blog,

Já é lugar comum dizer que educação é o pilar de sustentação de qualquer profissional. E ao se falar em finanças, ou seja, do SEU DINHEIRO, você deveria, por princípio, poder contar com um gerente de banco bem qualificado e certificado para te prestar informações e orientações apropriados com seus objetivos e expectativas quanto à famosa relação risco x retorno.

Pois bem, não é bem assmi que acontece! E a matéria abaixo que transcrevo do Valor Econômico, ilustra o cenário que vivemos. Moral da história: Você confia sua felicidade à outra pessoa? Não!! ÓTIMO!!! Porque então vai confiar suas economias tão suadas? Estude, Prepare-se!


Quer uma dica de aprofundamento?
Visite a seção Aprendizado deste Blog por exemplo, ou clique nos links que aqui estão disponíveis.

Você sabia que aqui neste mesmo Blog há links para diversos E-Books de Finanças, em português, gratuitos? Não?? Então pesquise... acesse as seções disponíveis! E bom proveito!


Veja abaixo materia do Jornal Valor de 30/01/07

Com a queda dos juros e a bolsa entregando bons retornos, um número crescente de investidores que jamais aplicou em ações começa a voltar seus olhos para um novo mundo: o da renda variável. É aí que começa o problema. Na busca por orientação, é pouco provável sair de uma agência bancária com aplicação num fundo de ações ou ao menos entendendo minimamente como funciona a bolsa. As maiores chances são de o cliente deixar a agência ainda mais confuso, levando debaixo do braço uma aplicação totalmente diferente da que se desejava. Não é à toa que o patrimônio dos fundos de ações não consegue passar do teto de 10,9% de todo o setor de fundos. Dados do site Fortuna mostram que hoje a categoria representa 6,4%, dos R$ 981,6 bilhões investidos no setor, ou R$ 62,5 bilhões.

Uma visita às agências bancárias comprova as dificuldades. Se ele tiver R$ 50 mil para aplicar por dois anos, interessado em investir em fundo de ações, e já com outras aplicações de renda fixa, pode encontrar gerentes despreparados, que muitas vezes cometem erros grosseiros. E corre o risco de sair do banco com um plano de previdência ou ainda com um CDB.

A reportagem do Valor foi às agências dos grandes bancos de varejo - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Unibanco, Santander Banespa e ABN Amro Real - em bairros de classe média, na Zona Oeste e Sul de São Paulo com essa proposta. O teste, até por sua abrangência pequena, não significa que todos os gerentes são despreparados. Mas é um exemplo do que o investidor poderia encontrar nas agências. Serve, ainda, de alerta para os bancos sobre as falhas, até para que se aperfeiçoe o atendimento.

No HSBC, o consultor de serviços financeiros, ou seja, a pessoa mais preparada da agência para falar sobre investimentos disse à suposta cliente que o melhor seria ela começar a aplicar aos poucos em bolsa. A recomendação é irretocável, o problema é a aplicação indicada para esse primeiro passo em bolsa: um VGBL que possui 75% em renda fixa e 25% em renda variável. Ele já havia sido informado que a cliente tinha um plano de previdência. Quando perguntado se uma carteira de previdência não seria inadequada para um prazo de dois anos, o consultor discordou. "É um produto de aposentadoria, mas vale também como investimento, tenho indicado aos meus clientes que querem ficar acima de um ano na aplicação." Ainda sobre as vantagens do VGBL, disse que é a única aplicação livre de um possível confisco do governo e, no caso de o banco quebrar, é o único investimento que sai ileso.

A diretora do segmento premier (de alta renda) e responsável pela distribuição de produtos de investimentos na rede do HSBC, Rosaline Nunes, lamenta os erros, principalmente pelo fato de as informações partirem de um consultor já certificado. "Temos o desafio de melhorar cada vez mais o atendimento." Ela afirma que o profissional acertou em sugerir uma aplicação gradativa em ações, mas que deveria ocorrer num multimercado e não num VGBL. Em novembro, a própria Rosaline ligou para os principais bancos, dizendo que tinha R$ 100 mil para aplicar e em vários deles a indicação foi o VGBL.

A gerente do Bradesco, também já certificada pela Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid), deu boas explicações sobre prós e contras da renda variável - que o retorno pode ser melhor, mas os riscos de perdas são maiores. Mas, assim como no HSBC, ela acabou indicando previdência e fez questão de ressaltar a vantagem tributária da dedução no Imposto de Renda. Em ambos os casos, tanto no HSBC quanto no Bradesco, os profissionais ignoram o fato das carteiras de previdência terem, além da taxa de administração, a de carregamento.

O superintendente-executivo de Investimento do Bradesco , Marcos Villanova, pondera que, antes de ir direto para um fundo de ações, o investidor que passou a vida inteira na renda fixa precisa primeiro passar pelo multimercado. "Ir direto para um fundo de ações é mergulhar na escuridão." Ele lembra que nos últimos cinco anos - desde o episódio da marcação a mercado em 2002 - o setor de investimentos vem passando por muitas mudanças e tanto os investidores quanto os profissionais da área estão correndo para se adaptar a esse novo cenário.

O gerente do Unibanco prontamente ofereceu algumas opções em renda variável, mas pecou nas explicações. Disse que os melhores fundos são os de Petrobras e da Vale do Rio Doce, sendo que o risco deste último é o da Vale ser privatizada - fato que já ocorreu, em 1997. Quando perguntado se o melhor não seria uma carteira com mais papéis, o gerente sugeriu uma de "small caps" - fundo de ações de pequeno porte-, segundo ele, formado pelas ações das 50 maiores empresas da bolsa. O Unibanco se manifestou por meio de uma nota dizendo que o banco tem intensificado o treinamento do pessoal da rede para que o atendimento seja cada vez mais eficaz.

No Itaú, o agente comercial disse que o banco não tinha fundos de ações e que a aplicação em bolsa só era possível por meio da corretora do banco. Segundo ele, o mais indicado seria um CDB, em que o imposto de renda sobre os ganhos só é pago semestralmente, em maio e novembro. Isso é um erro, já que no CDB, o IR é pago só no resgate. O imposto semestral ao qual o gerente se referiu ocorre nos fundos de renda fixa. A suposta investidora saiu da agência com um folheto de CDB, outro da Super Poupança Itaú e, depois de muito insistir, um sobre todos os fundos do banco - onde inclusive constam seis carteiras de ações.

Segundo Moacyr Castanho, diretor de fundos de investimento do Itaú, o banco está fazendo um esforço de certificar não apenas os gerentes como também os agentes comerciais. Nesse caso, esse funcionário deveria ter encaminhado o investidor para um gerente mais especializado ou para a central de atendimento Investfone.

Já no Banco Real, os erros foram ainda mais grosseiros. "Tenho aqui um fundo que é o melhor, o que indico para os meus clientes, o nome dele é CDB", disse a gerente. E continuou: "É a única aplicação que tem o imposto de renda regressivo, é o melhor fundo de renda fixa que temos". Quando perguntada sobre fundo de ação, ela disse: "É você quem vai administrar, você vai ter de saber a hora certa de entrar ou mesmo de sair". No caso da compra direta de ações pela corretora, segundo ela, seriam os executivos que fariam esse trabalho. "Mas você vai ter de pagar uma taxa de administração." Após mais perguntas sobre fundos de ações, a gerente confidenciou que não entendia muito do assunto "porque o banco paga cursos só para os gerentes dos clientes de alta renda".

Para tentar resolver as dúvidas da suposta investidora, ela resolveu ligar para uma gerente do segmento Van Gogh - voltado para o varejo de alta renda. Quando essa gerente chegou, o tratamento foi mais qualificado. Mesmo assim, a funcionária não soube responder o que é um fundo de dividendos. "Existem dois tipos de ações, as preferenciais, que dão direto a voto, e as ordinárias, que dão participação no lucro". Na realidade, as PNs não têm direito a voto e todas recebem dividendos. "Dividendo só recebe o acionista, o fundo não recebe", acrescentou. Outro erro.

Segundo Eduardo Jurcevic, superintendente de investimentos do ABN Amro Real, o banco não prioriza o treinamento apenas para os gerentes Van Gogh. O executivo diz que, no ano passado, pelo menos 4,8 mil gerentes e subgerentes passaram por treinamento, no qual o módulo sobre investimentos dura um dia. "Investimos muito em treinamento, ainda mais neste momento em que o investidor está saindo da renda fixa e indo para a renda variável", diz. Jurcevic afirma que levará para o banco a idéia da visita do "cliente misterioso", no qual um funcionário do banco iria a algumas agências para checar o atendimento.

No Santander Banespa, o gerente disse que o mais recomendável seria procurar uma das salas de ações do banco, onde um profissional especializado poderia tirar todas as dúvidas. Ao ser perguntado sobre fundo de ações, ele disse: "Não tenho muitas informações, não entendo tanto de ação, o mais indicado é procurar uma das salas mesmo". Procurada, a assessoria de imprensa do banco disse que os executivos responsáveis pelas entrevistas sobre fundos estavam num evento do banco no Chile.

O melhor atendimento ocorreu numa agência da Zona Sul da Caixa Econômica Federal. Sobre o investimento em bolsa, a gerente fez questão de dizer que o investidor deve ter uma visão de longo prazo. "Não pode ficar acompanhando a cota diariamente". A recomendação foi colocar uma parte em fundo da Petrobras e outra em Vale.

No Banco do Brasil, o funcionário explicou corretamente o que é um fundo de ação, os riscos, e disse que também seria possível comprar ações diretamente por meio de uma corretora. Ele apenas derrapou ao dizer que fundo de dividendos aplica em papéis da dívida externa. Na realidade, essas carteiras investem em ações de empresas que distribuem parcelas mais generosas de lucros aos acionistas.


No BB, do total captado em 2006 por fundos distribuídos em agências, 25% foram para carteiras de ações, conta Maria Izabel Gribel, gerente executiva de investimentos do varejo. Só neste ano, a categoria já captou R$ 160 milhões. O banco conta com 15 fundos de ações abertos. "Há um movimento forte das pessoas em conhecer como funciona o fundo de ação para depois tomar a decisão de investir", diz. "É algo novo para o investidor, já que o risco é diferente do que ele tradicionalmente tinha num fundo de renda fixa."

O que é o POP (Novo Produto da Bolsa)?

Pessoal,

Percebo que alguns conhecidos tem ficado animados com a BOLSA, em função dos resultados positivos recentes, e tem me perguntado sobre o novo produto a ser lançado o POP. Pois bem, cabem então algumas aclarações.

O que é o POP?
POP significa Proteção do Investimento com Participação. Trata-se de um novo PRODUTO para INVESTIMENTOS na BOLSA.

Mas até onde vai esta Proteção?
Isto depende de VOCÊ!!! Portanto NÃO É LIVRE DE RISCO!!!

Em outras palavras, o funcionamento do POP e suas características de risco-retorno, inclusive a proteção ao capital, só valem se ele for mantido inalterado. Portanto, se você, como investidor "desmanchar" o POP poderá eliminar essa proteção.

Como funciona?
A lógica de funcionamento é relativamente simples.

Basicamente, há três operações dentro do produto:
1 - a compra de uma ação no mercado à vista,
2 - a compra de uma opção de venda e
3 - a venda de uma opção de compra - ambas as opções sobre a mesma ação e data de vencimento.

Desta forma, o investidor fica protegido de eventuais quedas abruptas do papel. Isso porque, como comprou uma opção de venda, tem o direito de se desfazer da ação ao preço de exercício previamente estabelecido. Em contrapartida, se a ação subir bastante, terá seu retorno limitado. Como vendeu uma opção de compra, esta será exercida por um outro investidor, restringindo o eventual ganho do primeiro.

POP pra valer a partir de 9/FEV
Segundo comunicado enviado pela Bovespa, o POP estréia na próxima sexta-feira, dia 9 de fevereiro. "A CVM considerou satisfatórios os esclarecimentos prestados ao órgão regulador e ao mercado", informa a nota.