quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Aprenda com a CRISE!

Prezados,

A velocidade com que o atual tsunami financeiro está destruindo previsões tem deixado parte dos investidores atordoada.

Eis um compêndio de 5 Lições a serem aprendidas:

1 - APROVEITE OS MOMENTOS DE ALTA PARA EMBOLSAR PARTE DO GANHO
Errou quem não aproveitou os recordes alcançados pela bolsa para sacar parte do dinheiro aplicado em fundos de ações ou diretamente na bolsa. Como evitar o erro no futuro? Determinar um percentual máximo de aplicação do portfólio em bolsa e sempre vender o excedente.

2 - NÃO COMPRE AÇÕES EM GRANDE QUANTIDADE DE UMA VEZ SÓ
Errou quem colocou muito dinheiro na bolsa nos últimos meses por achar que ela estava no fundo do poço. Até agora a bolsa não parou de cair. Como evitar o erro no futuro? Fazer aportes pequenos e constantes para não correr o risco de aplicar muito no momento errado.

3 - AVALIE BEM SEU APETITE PARA O RISCO
Errou quem aplicou mais do que gostaria em ações ou fundos de renda variável achando que o vetor da bolsa apontaria eternamente para cima. Como evitar o erro no futuro? Mesmo que a conjuntura seja favorável, é crucial sempre fazer um cálculo de como a aplicação se comportaria em um cenário de crise.

4 - NÃO ENTRAR NA BOLSA COM DATA PARA SAIR
Errou quem contou com o retorno do fundo de ações ou do investimento em papéis da bolsa para realizar algum projeto de curto prazo, como uma viagem ou a compra de um carro. Como evitar o erro no futuro? Os especialistas recomendam deixar o dinheiro de curto prazo aplicado num investimento conservador de renda fixa, entre eles os fundos DI ou a caderneta de poupança.

5 - CONHEÇA AS REGRAS DE ONDE APLICA SEU DINHEIRO
Errou quem decidiu aplicar em um fundo multimercado e acabou, sem querer, escolhendo um alavancado de altíssimo risco. Como evitar o erro no futuro? Não fazer aplicações sem conhecer as possíveis mudanças de estratégia previstas no regulamento do fundo.

BON$ INVE$TIMENTO$!

Crash de 2008 e 1929: Aprenda com o video!

Video interessante sobre a crise deste ano!

Clique no video para ir para o link e assistir a apresentação


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Na crise, fundamento fica em 2º plano

Prezados,

Os últimos dois trimestres foram marcados pelo descolamento entre os fundamentos das empresas e seu valor no mercado. Como nunca, os preços hoje são influenciados por problemas de liquidez dos investidores. Muitas empresas estão com preços profundamente massacrados por conta da necessidade de que fundos, instituições e investidores pessoas físicas têm de se desfazer das ações, vendendo-as a qualquer preço.

E isso tem acontecido mesmo no caso de empresas com bons fundamentos, entre eles capacidade produtiva, volume de vendas e demanda em níveis bastante aquecidos. O que, hoje, está influenciando os preços das ações é um cenário completamente negro, como se de fato as empresas tivessem pela frente uma incapacidade, mesmo aquelas que têm reserva de caixa forte.

Entre as principais distorções, vale citar o caso da Copasa, empresa de saneamento de Minas Gerais. Para refletir seu valor hoje, a sua geração de caixa da empresa teria que cair a uma taxa de 9% ao ano nos próximos anos, mesmo se a companhia mantivesse o agressivo plano de investimentos que tem programado. Isto significa que, mesmo investindo cerca de R$ 400 milhões por ano, ainda assim a empresa teria que reduzir suas linhas de água e esgoto em 5%, além de não conseguir reajustar suas tarifas durante os próximos 10 anos, o que representa um cenário absolutamente catastrófico.

Outro exemplo de descolamento é a Comgás, empresa que tem uma estabilidade de fluxo de caixa bastante interessante, graças a um mercado residencial cativo. As ações da Comgás, também foram bastante afetadas pelo agravamento da crise, com o preço embutindo uma redução perpétua de 5% no número de clientes residenciais, que hoje crescem a mais de 10% ao ano, e também uma queda permanente de 5% nos volumes industriais, que hoje acompanham o Produto Interno Bruto (PIB).

Quando a razão voltar ao mercado, estas e outras discrepâncias serão ajustadas. A grande questão é saber quanto tempo ainda esta tormenta irá demorar a passar!

BON$ INVE$TIMENTO$

terça-feira, 4 de novembro de 2008

OUTUBRO passou, mas e agora? O que esperar?

Prezados,

Os primeiros dias de novembro trouxeram uma brisa de esperança.... Afinal, o terremoto que ocorreu em outubro passou!

MAS A CRISE ACABOU?
Bom, primeiro quero ressaltar que a crise é muito pior do que se esperava, em minha opinião mais pela velocidade que pelas conseqüências.

Muitos têm me perguntado se o pior já passou, após vários falsos alarmes.

O primeiro (lembram-se?) foi a falência de dois hedge funds do Bear Stearns em junho e julho de 2007.

Parafraseando John Kenneth Galbraith, “há dois tipos de previsores: aqueles que não sabem, e aqueles que não sabem que não sabem.” Eu não sei.

Ainda poderá haver (muitas) notícias negativas. As possíveis fontes de desapontamento: incertezas sobre o sucesso do plano de ajuda dos EUA, queda nos preços dos imóveis nos EUA e em outras partes do mundo, recessão global maior e mais prolongada, queda nas margens de lucros, crescimento do risco geopolítico, e principalmente China.

Apesar dos riscos, meu sentimento é de que os mercados atualmente se sentem mais confiantes que governantes no mundo inteiro farão o que for necessário para conter a crise financeira, e as condições no mercado interbancário e de commercial papers estão melhores.

Foi também de extrema importância que value investors como Warren Buffet e Jeremy Grantham se tornaram mais positivos. O que aconteceu nas últimas semanas foi um processo brutal de vendas dos hedge funds e uma grande piora nas expectativas de recessão global e crescimento dos lucros. Poderá levar ainda um tempo, mas isso é apreçável , i.e. os preços das ações podem apenas descontar o que podem reconhecer. Desta forma, com a procura por barganhas, é possível que as bolsas experimentem um rally até o final do ano.

Adicionalmente, uma possível antecipação do anúncio do próximo Secretário do Tesouro norte-americano pode acrescentar ânimo aos mercados. Em função da crise financeira, a escolha dessa pessoa deve estar no topo da lista de prioridades do presidente dos EUA a ser eleito amanhã.

O cargo não tem sido tão crucial desde que Robert Rubin, no governo Clinton, que ajudou a reduzir o déficit fiscal e propiciar anos de alto crescimento nos EUA e no mundo.

E 2009?

Independentemente como as bolsas encerrem o ano e mesmo que as piores expectativas de recessão global se confirmem, estou mais positivo para as bolsas em 2009.

Para os investidores de longo prazo, acredito que estamos em um momento histórico de comprar ações a preços extremamente baratos. De novo, isso não quer dizer que as bolsas possam cair mais, mas que para os próximos três, quatro, cinco anos, boas escolhas na bolsa deverão ter desempenho superior a qualquer outro tipo de investimento.

Os fundamentos mudaram. Contrariamente do que provavelmente teria ocorrido há algumas semanas, o mercado (corretamente) reagiu positivamente à desistência da Lojas Renner em adquirir a Leader, ao fato da OHL não ter feito nenhuma oferta nas licitações das rodovias estaduais de São Paulo e à decisão da Marcopolo em revisar seu plano de investimento na Rússia.


Este é o momento de reconhecer o mérito e pagar prêmio para as empresas que têm (i) grande previsibilidade de geração de caixa, (ii) situação financeira confortável, e (iii) prudência para o pôr o pé no freio no crescimento das vendas para administrar a necessidade de capital de giro ou no programa de investimentos para não aumentar seu endividamento.

Continuo a recomendar cautela com setores/empresas que têm grande necessidade de capital de giro para financiar suas operações, e.g. construção civil e açúcar & etanol. O mercado de crédito corporativo se tornou seletivo, o custo de empréstimos tem subido significativamente e a bolsa (por ora) não é alternativa de captação de recursos.

BON$ INVE$TIMENTO$!