quarta-feira, 19 de setembro de 2007

FED ousa e baixa 0,5 pp a taxa de juros

Os investidores torciam muito, mas no fundo não acreditavam que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) fosse capaz de tamanha ousadia de cortar a taxa de juros em meio ponto percentual numa paulada só.

Prova de que a maioria esmagadora foi pega de surpresa é que, imediatamente após a decisão, o mercado, que andava macambúzio, sem pestanejar passou a subir cegamente. Sinal de que os investidores, que estavam escondidos, saíram da toca e foram às compras.

O Índice Bovespa chegou a subir 4,51% e fechou em alta de 4,28%, em 56.666 pontos. É o maior ganho percentual desde 6 de março, quando o índice se valorizou 4,95%. Já em pontuação, é o maior nível desde 23 de julho, um dia antes da crise do setor hipotecário americano começar, quando o indicador encerrou os negócios em 58.036 pontos.

Agora, a taxa de juros da maior economia do mundo está em 4,75% aa. É provável que este seja o combustível para a BOVESPA romper os 58.000 pontos, se irá se sustentar neste patamar é outra conversa.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Itaú perderá o 2o lugar?

O banco espanhol Santander e seus parceiros Royal Bank of Scotland (RBS) e Fortis esperam arrematar o holandês ABN Amro em 20 dias, comentou ontem o presidente da instituição espanhola, Emilio Botín.

A declaração foi feita durante encontro de empresários espanhóis com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, em visita oficial à Espanha nesta segunda-feira.

O consórcio composto pelo RBS, Fortis e Santander ofereceu mais de 70 bilhões de euros pelo ABN em ações e dinheiro. O britânico Barclays, também interessado no banco holandês, propôs mais de 60 bilhões de euros para ter o ABN, que, no Brasil, é dono do Banco Real.

O que pode ocorrer?
Bom, se isto de fato se concretizar o Santander ao juntar seus ativos com o ABN Amro, que no Brasil controla o Banco Real passará a ocupar a 2a. posição em total de ativos no país, perdendo apenas para o Bradesco.

Isto poderá gerar uma nova onda de fusões e aquisições, pois é pouco provável que Bradesco e, sobretudo, o Itaú fiquem parados.

Vale recordar que recentemente foram feitas IPO`s de Bancos de Médio Porte, como o PINE, o SOFISA, e sem falar no habitualmetne assediado UNIBANCO.

A probabilidade de se verificar a compra de instituições bancárias no caso da concretização desta operação não é remota, diria até provável, o que poderia trazer aos detentores de ações destas instituições um "prêmio" adicional, valorizando as mesmas.

Enfim, são suposições, mas que possuem um contexto interessante, onde o mais importante para o investidor é procurar saber analisar a relação causa x efeito, e se antecipar, sempre que possível, para obter maiores benefícios.

BON$ INVE$TIMENTO$

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Bovespa segue mercado externo e fecha em baixa

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa nesta segunda-feira (17), acompanhando o tom negativo do mercado internacional, devido a notícias sobre mais problemas em uma financeira britânica.

Investidores preferiram adotar uma postura mais cautelosa antes do anúncio da decisão do Federal Reserve sobre o juro norte-americano, que acontece amanhã, terça-feira.


O principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa, recuou 0,6%, para 54.341 pontos. No dia, foram negociados R$ 5,9 bilhões.

Oferta de ações da SulAmérica pode bater R$ 1 bilhão

Mesmo em meio a este turbilhão, a SulAmérica segue, pelo menos por enquanto, com seus planos.

A seguradora SulAmérica anunciou hoje os termos de uma oferta primária de ações que pode movimentar mais de R$ 1 bilhão.

De acordo com o prospecto preliminar, serão ofertados 21.739.132 Units (certificados de depósito de ações) cada um formado por uma ação ordinária e duas preferenciais. Levando em consideração o teto da estimativa de preços, que oscila entre R$ 30 e R$ 40 por Unit, a oferta movimentará cerca de R$ 870 milhões. O montante pode passar da casa do R$ 1 bilhão, caso sejam exercidos integralmente os lotes suplementar e adicional de 15% e 20%, respectivamente. A distribuição é coordenada pelo Unibanco e UBS Pactual.

O investidor pessoa física interessado em participar tem do dia 24 de setembro ao dia 2 de outubro para fazer seu pedido de reserva junto a uma corretora consorciada. O valor mínimo de investimento é de R$ 3 mil e o máximo, de R$ 300 mil. Pelo cronograma da oferta, as Units começam a ser negociadas dia 5 de outubro no Nível 2 de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), sob o código SULA11.

Com a oferta, a companhia busca recursos para financiar a expansão das operações, que se dará por meio de alianças estratégicas e possíveis aquisições. A seguradora também utilizará parte dos recursos para pagar dívidas.

O controle da companhia é da Sulasapar Participações, com 70,85% das ações ON e 44,77% do capital total. Sulasapar é uma holding detida pela Sulasa e pelo grupo holandês ING.

Presente no capital da companhia desde 2001, o ING tem outra participação no capital da empresa por meio de ING Insurance International, com 15,24% das ações ON e 52,32% das PN, o que representa 28,88% do capital total. Direta ou indiretamente o ING detém 49% do capital da companhia.

Além do segmento de seguros, a empresa também atua na administração de investimentos de terceiros por meio da Sul América Investimentos.

A SulAmérica encerrou o primeiro semestre do ano com receita total de R$ 3,59 bilhões. O total de prêmios de seguro totalizou R$ 3,5 bilhões, sendo que o segmento de saúde respondeu por 54,2% deste total. O segmento de automóveis fica em segundo lugar respondendo por 27% dos prêmios. O lucro líquido no semestre somou R$ 192,9 milhões.

Faz 1 mês da ultima postagem

Prezados,

peço desculpas por ter me ausentado por exatos 30 dias, curiosamente minha última postagem foi há 1 mês atrás.

E o que mudou de lá para cá?
Muito pouco... O mercado continua volátil, houve uma queda de 0,25% na Taxa Selic, cogita-se que ela irá se manter estável em 11,25% aa na próxima reunião do COPOM, e o mercado americano segue soluçando...

Vale recordar que a emergência de uma crise, originada no mercado financeiro, a partir da desvalorização de fundos que investiam em títulos lastreados em hipotecas de alto risco de inadimplência – os subprimes - fez com que muitos investidores, por todo o mundo, desfizessem-se de suas posições em ações e outros ativos de risco, em busca de liquidez e de ativos mais estáveis e de menor volatilidade, causando queda nas bolsas ao redor do mundo – e da mesma forma, no Brasil.

Para os investidores brasileiros, principalmente aqueles que iniciaram a investir em ações recentemente, a queda trouxe o temor de que o momento em que começaram a investir não havia sido apropriado, e que as perspectivas, até então positivas, teriam se revertido acentuadamente.

Como agir?
Lembrar sempre que o mercado de Renda Variável é para períodos longos, e aproveitar a oportunidade para reflexões sobre os resultados das operações, bem como, para os mais habituados ao sobe e desce, fazer novas investidas.