sábado, 13 de fevereiro de 2010

Mero Alívio ou retomada?

PessoALL,

As principais bolsas terminam a semana em território positivo, com os investidores animados com o plano de ajuda da União Europeia à Grécia. 

Segundo o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia irão juntar forças para monitorar a Grécia e para redigir "medidas adicionais necessárias" para manter a estabilidade na zona do euro. 

As principais bolsas terminam a semana em território positivo, com os investidores animados com o plano de ajuda da União Europeia à Grécia. 

Segundo o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia irão juntar forças para monitorar a Grécia e para redigir "medidas adicionais necessárias" para manter a estabilidade na zona do euro. 

No entanto, a questão continua em aberto e deve seguir como destaque nas próximas  semanas. 

Nesse sentido, o Euro deve continuar pressionado, em especial, por que uma das principais consequências do agravamento do endividamento europeu será um crescimento econômico menor, dado a necessidade de um ajuste fiscal à frente. Na manhã desta sexta-feira, a divulgação do produto interno bruto (PIB) da região ratificou essa percepção. A zona do euro perdeu força no quarto trimestre de 2009, quando a economia cresceu apenas 0,1 % sobre os três meses imediatamente anteriores, abatida pela fraca performance da Alemanha. Em 2009, como um todo, o PIB recuou 4%. 

Nos EUA, a novidade veio do presidente do Fed, que deixou claro que o momento de iniciar o aperto monetário ainda está um pouco longe, mas pode começar a retirar os enormes estímulos para a economia, removendo, em primeiro lugar, um pouco da liquidez do sistema financeiro, para, só depois, subir o juro.  Apesar de Ben Bernanke ter deixado claro que esse ajuste não é para agora, o anúncio pode ser compreendido como uma sinalização importante. 

Nesta semana, também foram destaque a divulgação de uma bateria de dados na China, sendo a principal notícia a decisão do Banco Central da China em elevar o depósito compulsório dos bancos do país em 0,50%.  A decisão, dentro do nosso entendimento, corrobora o cenário de crescimento robusto para emergentes. 

No Brasil, as atenções continuam voltadas para os juros e, principalmente, para os dados de inflação corrente que continuam a apontar importantes pressões. Mesmo sabendo que os três primeiro meses do ano são sazonalmente piores para preços, os dados continuam surpreendendo os analistas. Segundo a pesquisa Focus do BC divulgada no início da semana, a mediana das expectativas para a inflação ao consumidor no ano já ultrapassou o centro da meta e hoje está em 4,73%. Os números de atividade, apesar de ligeiramente mais fracos do que no último trimestre do ano, continuam também sinalizando uma atividade corrente forte, como apontou o dado de utilização da capacidade instalada medida pela CNI, que em janeiro ficou em 81,7% da capacidade total, nível já elevado. 

Dentro desse contexto, o mercado externo continua a nortear a mercado doméstico, sendo que a Europa continua no centro das discussões.


QUANTO AO IBOVESPA
Apesar do "repique", segue no canal de baixa, com resistência aos 67346 ptos e suporte aos 61341ptos. Graficamente, há de se aguardar um pivot de alta para confirmar uma reversão da tendência. Por outro lado, caso perca os 61341 ptos, pode fazer novas mínimas.

 

 
 


A próxima semana reporta uma agenda tranquila no Brasil  em termos de indicadores econômicos. Por outro lado, nos Estados Unidos e Europa  alguns dados de maior relevância serão divulgados. 

No Brasil, a semana trará as divulgações das segundas prévias de inflação do mês de fevereiro, com destaque para o IGP-M. Além disso, na quinta-feira será divulgado o fluxo cambial do BC, referente a segunda semana de fevereiro. 

Nos EUA, a agenda concentra indicadores importantes. Os maiores destaques da semana são os números de produção industrial, utilização da capacidade instalada, índice de preços de janeiro do produtor e consumidor . Além disso, de importância relevante,  a ata do FOMC será divulgada no final da tarde de quarta-feira. 

A Europa tem a agenda cheia, no entanto, com indicadores de menor importância na comparação com a semana anterior. Os principais destaques serão as prévias dos PMI´s da Zona do Euro, a divulgação da pesquisa de sentimento econômico e a prévia da confiança do consumidor de fevereiro. A semana conta ainda com os dados de conta corrente e balança comercial da região do euro. O Reino Unido divulgará  a ata do banco Central Inglês. 



sábado, 6 de fevereiro de 2010

CUIDADO PORQUE NINGUEM SABE O FUNDO DO POÇO....

PessoALL,

 

A queda recente das bolsas mundiais trouxe de volta o velho binômio: euforia x desespero. Como já dizia São Tomas de Aquino, a virtude esta no meio. Pena, porem, que em se tratando de bolsa de valores as coisas dificilmente sejam assim.

Passado olho do furacao da crise financeira instaurada em 2008, surge a pergunta: o que mudou de la pra ca? Bom, primeiro que tivemos uma recuperação em 2009 das bolsas mundiais, em especial dos paises emergente, muito acima do esperado. E o mais importante ao meu ver: não há almoço de graça!!

 

Permitam-me explicar melhor...

Ora, de onde vocês pensam que veio toda a montanha de dinheiro necessária para cobrir os rombos provocados pelas hipotecas furadas nos EUA, e dos Grandes Bancos de Investimento? Fácil responder não? Dos cofres públicos de diversos paises, quer sejam os EUA ou os PIGS, o resultado é o mesmo: aumento do déficit fiscal!

 

E AGORA?

Agora parece que o mercado se deu conta disso, e não ta mais muito afim de financiar a Península Ibérica (Portugal e Espanha).

Vale Lembrar que em 1992 houve o famoso Tratado de Maastrich, que para a Zona do Euro limitava o Deficit Fiscal dos paises membros em 3% do PIB, hoje não preciso dizer que os PIGS mais que estouraram este limite...

Não menos importante é dizer que antes quebraram empresas, bancos, agora é mais complicado estamos falando de paises! Dá para imaginar o estrago e o efeito cascata se o mau humor virar pessimismo, não? 

Caso a situação se agrave, veremos muita sangria nas bolsas mundiais, o dólar rompendo facinho a casa dos R$ 2,20, a taxa de juros aumentando (apesar de já sermos a maior taxa de juros real do mundo), e tudo isso em um ano de eleição presidencial e copa do mundo, é muita coisa junto não?

Enfim, recomendo a todos o que vovó já me dizia há tempos: Meu filho, prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém! Portanto, cuidado com a ganância e a vontade louca de aproveitar a queda, porque pode ser que o pior esteja por vir, ou não, como diria Caetano Veloso.

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

SUSPEDAM A FEIJOADA, OS PORCOS ESTÃO DANDO O QUE FALAR....

PessoALL,

Os PIGS, já postei sobre eles anteontem, seguem dando o que falar... e foram o motivo da queda generalizada das bolsas no mundo hoje, dia 04-fev-10.

Os "credit-default swaps" em Portugal e as dividas do governo Espanhol atingiram hoje 211 e 164 basic points. Entretanto estes níveis encontram-se abaixo dos 415 basic points que custou assegurar o default grego.

Na Irlanda de acordo com um artigo da revista "The Economist" desta semana a recessão já acabou. Os CDS da divida Irlandesa se estabilizaram desde Outubro de 2009, diferentemente do que acontece com Espanha, Grécia, Itália e Portugal.

Ate o momento o risco soberano não apresentou impacto nos bonds corporativos. Não houve aumento significativo de risco nos prêmios corporativos.

Os riscos soberanos neste momento ainda são gerenciáveis. Quando não forem mais e as dividas soberanas apresentarem realmente um RISCO para os mercados financeiros globais o preço do ouro irá disparar!

Vimos, recentemente, a China fazer uma pausa nos empréstimos no final de Janeiro/2010. Os bancos Chineses excederam seus empréstimos em mais de 1.5 trilhões de yuan (219,7 bilhões de dólares)
em Janeiro.

Em um mês os bancos emprestaram 20% da quota de novos empréstimos de $7.5 trilhões, estipulada pelas autoridades Chinesas neste ano. A quota de 7.5 trilhões de yuan em novos empréstimos
representa 20% de aumento em credito num único mês. Assim sendo, estamos bem longo de uma política restritiva de credito.

Mercados, em geral, tendem a seguir com mau humor amanhã, até porque é pouco provável que alguém queira dormir comprado neste final de semana depois da sangria de hoje...


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

BOVESPA segurou no 65.000 e fez uma graça perto dos 67.000

PessoALL,

Hoje, terça-feira, dia 02/02/10, o Ibovespa fechou em alta pelo segundo dia consecutivo aos 67.163 pontos, subindo 0,89% com o volume financeiro de R$ 5,8 bilhões. 

Vale dizer que o volume ficou abaixo do que até então vinha apresentando, acima dos R$ 6,5 bilhões, nos últimos tempos.

Nos mercados internacionais destaque na Zona do Euro para a divulgação do PPI (índice de preços ao produtor) de dezembro de 2009 que apresentou alta de 0,1% MoM e queda de 2,9% YoY .

No Brasil, o destaque ficou por conta da divulgação dos dados de produção industrial de 2009 que acumulou queda de 7,4% no ano, o pior resultado anual desde 1990. Em dezembro a produção industrial caiu 0,3% na variação mensal e subiu 18,9% na comparação anual. 

Dentre as empresas que compõem o índice, destacaram-se positivamente a Rossi ON e a Gol PN, cujas altas foram de 7,78% e 7,59% respectivamente. Já as maiores quedas foram Eletrobrás e Telemar NLeste PNA (-3,36%), e Telemar PN (-2,62%). 

O dólar fechou o dia com desvalorização de 1,56% frente ao real, sendo cotado a R$ 1,830.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

FOI-SE O TEMPO QUE PIGS ERAM APENAS PORCOS...

PessoALL,

Já ficou mais que pública e notória a expressão BRIC´s, expressão que faz referência ao Brasil, Rússia, Índia e China, os mais famosos países emergentes.


Pois bem, agora está ganhando notoriedade também outro anacrônico, o PIGS, que faz referência à Portugal, Irlanda. Grécia e Espanha (Spain, em inglês).

OS MOTIVOS?
O aumento no déficit público de países como Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha (os chamados PIGS) é um dos principais riscos para a economia internacional neste momento. Esses países poderão ter que passar por restrições de orçamento público que reduzam o crescimento econômico, em um momento já não muito favorável, no qual o Produto Interno Bruto deverá ainda se retrair, 0,6% em Portugal, 0,8% na Irlanda, 0,4% na Espanha e 0,7% na Grécia, segundo estima ele.

A recente crise de dívida da Grécia, país da zona do euro, é uma situação muito nova, que traz muitas incertezas. Há na Grécia grande instabilidade política forte e oposição aos planos de aperto fiscal do governo, o que reduz sua capacidade de fazer o que precisa ser feito para pagamento dos credores.



Não é à toa que a Grécia teve sua classificação de risco de crédito piorada no início deste ano.


O mundo ainda apresenta uma recuperação frágil, com capacidade ociosa da indústria em níveis recordes, e há risco de bolhas de investimento na China. Para o Brasil, além da instabilidade vinda de fora, um dos grandes perigos é a perda de competitividade no comércio internacional por causa da moeda forte em relação a países como por exemplo, a China.



Como mostra o gráfico ao lado, o mercado financeiro já vê risco maior de moratória dos governos da Grécia, de Portugal e da Irlanda do que do Brasil. O prêmio de risco do swap de crédito (Credit Default Swap - CDS) de cinco anos do Brasil era de 144,1 pontos básicos na sexta-feira, contra 399,2 da Grécia, 151,6 da Irlanda e 161,7 de Portugal.