sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Efeito Manada

Caríssimos,

Sem dúvida comprovou-se hoje mais uma vez a exuberância irracional dos mercados.

Investimento em renda variável é variável de fato!

Afinal de contas, um Ibovespa registrando queda de quase 9% no intraday e fechando desvalorizado em 2,58% provoca muitas sensações, claro que negativas para a maioria!

Optando por vendas em massa, os investidores externos seguiram o chamado "efeito manada". A ordem que predominou era liquidar posições para compensar prejuízos em outros mercados. Neste contexto, em que os vendedores são bem mais numerosos que os compradores, as ações vão sendo vendidas a qualquer preço.

O que fazer agora?
Bom... aí depende do teu estômago... Aguenta mais volatilidade? Se sim, acalme-se que tudo isto vai passar... Se não, assuma o prejuízo....

Amanhã é um novo dia..... e depois virão outros..... e mesmo com crise subprime, creio que a bolsa seguirá como excelente alternativa de investimento frente à renda fixa no médio e longo prazos....

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Trocando em miúdos....

Caríssimos, muitos possuem dúvidas sobre expressões muito utilizadas no mercado financeiro.

Aqui vão algumas delas e seus significados.

O que são Hedge Funds?
A expressão Hedge, significa no jargão financeiro, proteção. Ou seja, é uma prática que os investidores lançam mão para proteger seus investimentos. Um exemplo rápido é o que ocorre com produtores de grãos. Sua safra só será colhida daqui a quatro meses e não dá para saber a que preço o grão estará até lá. Ele faz, então uma opção de venda, por um valor determinado, que ele considera suficiente para garantir seus custos e seu lucro. Se, ao chegar o momento de entregar o grão, o mesmo tiver subido muito, ele não ganha essa diferença, mas garantiu a manutenção de seu negócio. Caso caia muito abaixo do preço acertado, o comprador arcará com essa diferença, mas o produtor estará protegido. Sempre que algum agente econômico se posiciona de forma a proteger seu negócio de grandes oscilações, ele pode estar fazendo um hedge. Isso é comum nas empresas exportadoras, que mantêm elevada dívida em dólar, pois se o dólar cai, ele perde receita em R$, mas sua dívida em R$ também diminui, e vice-versa.

Qual a influência desses Hedge Funds na Bovespa?
Não são os hedge funds o problema, mas as compras alavancadas realizadas por eles (entre outras entidades) que transmitem um certo temor ao mercado. Uma compra alavancada, em resumo, significa a compra de um ativo por um preço atual mais alto do que ele vale, acreditando que os lucros desse ativo serão exuberantes. É como comprar um lote de terra, numa região promissora, pelo preço atual e registrálo pelo que ele pode vir a ser. Pois bem, os fundos, mundo afora, vêm participando de muitos projetos financeiros, pois a abundância de capitais vem sendo muito grande.

Na visão dos especialistas, esses fundos fizeram movimentos arriscados demais, alocando seus recursos em empresas cujo futuro pode até ser bom, mas não tão brilhante quanto
se esperava. O que ocorre é que, ao menor sinal de risco, os investidores tiram dinheiro desses fundos, que precisam vender ativos, às vezes com prejuízo, para cobrir as retiradas.

Quantas empresas foram compradas, quantas abriram capital ou aumentaram capital, quantas recorreram a empréstimos lastreados em suas ações nos últimos anos? Muitos e muitos bilhões de dólares estão emprestados e garantidos em ações dos tomadores. E se as ações não subirem tanto quanto se espera?

Uma pergunta: Se eu tenho ações de uma empresa X, que comprei há pouco e caiu 20%, mas comprei acreditando que subiria no curto ou no médio prazo, e também tenho ações de uma empresa brasileira que já subiu no ano 40%, vendo qual delas, a que já subiu 40% ou a que caiu 20%, mas eu acredito que vá subir?

Bom, é uma pergunta de resposta difícil, mas muitos estão vendendo os ativos brasileiros, que renderam muito no ano de 2007. Por conta disso estamos vendo uma correção nos ativos da Bolsa.

No mês de julho, a saída de capital de estrangeiros bateu recorde, atingindo o maior valor desde o plano real, R$ 3,2 bilhões. No dia 1/08/2007, foi registrada a saída de mais 700 milhões de reais.

As empresas parecem estar bem. Lucros recordes e desempenhos operacionais excelentes, além de demonstrações de que as exportadoras estão conseguindo reduzir as perdas com o dólar baixo. Infelizmente o volume comprador das pessoas físicas, investidores institucionais, empresas e instituições financeiras não são, ainda, suficientes para amenizar uma saída muito abrupta de capital estrangeiro, dada a grande participação desse grupo, hoje em torno de 35% do movimento da bolsa.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

AGOSTO: Segue dando DESGOSTO

Caríssimos,

A correção que muitos alardeavam encontrou eco em uma palavra nova para muitos: SUBPRIME!

Como se não bastasse, diante das adversidades do ramo subprime, a agência internacional de classificação de risco Standard & Poor´s rebaixou o rating do banco Bear Stearns, reforçando os temores quanto ao setor financeiro.

Completando o quadro desfavorável, o Employment Report mostrou um número de postos de trabalho criados abaixo do esperado em julho e um aumento da taxa de desemprego para 4,6%.


Foi o que faltava... Resultados?!

Na esteira do comportamento ruim de Wall Street, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em forte baixa de 3,37%, a 52.846 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4,010 bilhões.

Já no mercado de câmbio, em meio a novas evidências de maior aversão ao risco, o dólar comercial subiu 1,44%, para R$ 1,9020.


Bons indicadores da economia brasileira foram deixados de lado diante da turbulência no exterior. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção avançou 1,2% em junho na comparação com maio deste ano, na série com ajuste sazonal. Na comparação com junho do ano passado, observou-se um incremento de 6,6%.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

BOVESPA caiu um pouco mais...

Caríssimos,
Desde o dia 24/07/07 (inicio deste pequeno turbilhão) há papéis que já caíram mais de 10%!
Hoje, 01/08/07, em um dia de extrema volatilidade o Índice Bovespa fechou em queda de 0,71% e foi parar em 54.182 pontos.

Contudo, alguns papéis sofreram ainda mais. Desde a terça-feira passada (dia 24), quando o mercado teve o primeiro grande tombo, as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Brasil Telecom Participações já caíram 15,04%, a maior queda do Ibovespa, seguidas pelas ordinárias Tele Norte Leste Participações (TNLP) com baixa de 12,58%.

O que isto significa?

Boas oportunidades de compra para quem tem cacife e sangue frio!

Emissão de debêntures da BNDESPar atrai 8,8 mil investidores de varejo, número recorde

Caríssimos,

Este momento de abatimento da Bolsa já foi anunciado há bastante tempo, afinal já comentei diversas vezes o quão importante é diversificar os investimentos....

Vejam abaixo o resumo da ópera da oferta de debêntures do BNDESPar.

A oferta de debêntures feita pelo BNDESPar, subsidiária integral do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), atingiu 8,8 mil pessoas físicas, número considerado recorde.

Os investidores de varejo ficaram com 180.985 debêntures, de um total de 1,35 milhão de debêntures simples oferecidas em 30 e 31 de julho, com valor nominal de R$ 1,35 bilhão. Na colocação passada, 4,25 mil investidores de varejo adquiriram 99,9 mil debêntures.

O BNDES recordou que a oferta realizada no mês passado era inicialmente de 1 milhão de debêntures, mas foi elevada em 35% devido à demanda.

Apesar de ter registrado número recorde de investidores pessoa física, os pequenos investidores ficaram com uma fatia menor do que os 30% da oferta inicial que estavam reservados para eles. Esta foi a segunda emissão de debêntures por parte do BNDESPar no âmbito de um programa de R$ 2 bilhões registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A primeira oferta, de R$ 600 milhões, foi concluída em dezembro de 2006 e superou em 20% a oferta inicial, de R$ 500 milhões.