quinta-feira, 8 de maio de 2008

BOVESPA REAGE E PETROBRAS ADIA DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS

Prezados,

A Bovespa retomou a trajetória de alta, após uma calculada e providencial parada ontem. O índice foi influenciado positivamente pelo setor siderúrgico, mas teve a dimensão de seus ganhos mensurada pelo comportamento das ações da Petrobras. As ações da estatal do petróleo trabalharam em queda em grande parte do pregão, mas viraram no final e permitiram um ganho mais robusto ao índice.

O novo recorde do petróleo acabou minimizando os temores dos investidores com o balanço do primeiro trimestre que a estatal do petróleo anuncia segunda-feira. O comportamento das bolsas norte-americanas também teve maior influência sobre os negócios domésticos hoje.

O Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,02%, aos 69.722,2 pontos. Oscilou entre a mínima de 69.014 pontos (-0,01%) e a máxima de 69.877 pontos (+1,25%). No mês, a Bolsa acumula elevação de 2,73% e, no ano, de 9,14%. O volume financeiro diminuiu nesta sessão e totalizou R$ 5,28 bilhões.

As bolsas norte-americanas encerraram a sessão em elevação: Dow Jones, +0,41%, S&P, +0,37%, e Nasdaq, +0,52%. Os destaques de elevação em Wall Street foram as ações do setor de commodities e, de baixa, do setor financeiro. Papéis de empresas ligadas a consumo também avançaram, uma vez que as vendas no atacado em março subiram 1,6%, contrariando a previsão de queda de 0,8%.

Além disso, as vendas de algumas varejistas em abril foram positivas, sinal de que os consumidores norte-americanos continuam gastando, apesar de precisarem desembolsar cada vez mais com combustíveis. Wal-Mart é um dos destaques, cujas vendas mesmas lojas subiram 3,2% em abril.

PETROBRAS POSTERGA DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS DO 1T 2008
Aqui, a Petrobras havia programado a divulgação dos números referentes ao primeiro trimestre para amanhã, em Salvador, mas hoje anunciou o adiamento para segunda-feira, após o fechamento do mercado.

Os analistas não gostaram do adiamento, principalmente porque não esperam números excepcionais, daí os papéis terem sido penalizados durante quase toda a sessão. A expectativa dos analistas é de que a estatal anuncie lucro 33,7% maior no primeiro trimestre em relação a igual período do ano passado, para R$ 5,524 bilhões.

Apesar de as ações terem disparado neste mês, principalmente por causa dos recordes do petróleo, a alta acumulada em 2008 é bem inferior, por exemplo, à da Vale, outra blue chip do Ibovespa (as ON da Vale, por exemplo, subiram 13,34% em 2008 e as Petro, apenas 3,21%).

Uma das razões é que a decisão sobre elevação da alta dos combustíveis é política e não há quem não aponte a existência de defasagem nos preços, mesmo com o reajuste anunciado na semana passada pelo governo. Haveria necessidade de outro reajuste de pelo menos igual tamanho (10% para gasolina e 15% para o diesel) para compensar o petróleo, que segue em elevação.

Hoje, o contrato do petróleo para junho subiu 0,13% na Nymex, para US$ 123,69, no quarto recorde consecutivo.

No intraday, o preço também foi histórico - US$ 123,97. Por causa desta elevação, as ações da Petrobras devolveram as perdas do dia e fecharam em +0,17% as ON e +0,33% as PN.

Dentre os balanços divulgados hoje, AmBev ON, caiu 1,24%, units do Unibanco, -0,14% e Cemig PN, +1,85%. A AmBev teve lucro de R$ 743,8 milhões no 1º trimestre, alta de 15,2%. O lucro líquido do Unibanco cresceu 2,75%, para R$ 741 milhões no trimestre. Já a Cemig anunciou lucro líquido consolidado de R$ 490 milhões no primeiro trimestre de 2008, crescimento de 20% sobre o lucro de R$ 407 milhões um ano antes.

Fora do índice, as ações da Bovespa Holding e da BM&F subiram 2,64% e 2,61%, respectivamente. Acionistas se reuniram hoje para deliberar sobre a integração das duas bolsas. Os Conselhos de Administração das empresas aprovaram no final de março a integração das atividades das duas companhias.

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