sexta-feira, 9 de maio de 2008

BOVESPA: Estimativas de alta de até 35%

Prezados,

A conquista do grau de investimento pelo Brasil ainda no primeiro semestre de 2008 deu um novo ânimo ao mercado acionário, que há tempos operava ressabiado devido à crise do crédito hipotecário de alto risco (subprime) nos Estados Unidos. O título já era esperado pelos analistas, mas ninguém imaginava que ele fosse chegar tão cedo.

Com a surpresa, algumas corretoras refizeram suas projeções para o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa). As expectativas apontam um potencial de alta de até 35% em 2008 (veja mais na tabela abaixo) e consideram um cenário bastante otimista para o mercado doméstico, com expansão do crédito, menos burocracia e aumento nos investimentos estrangeiros e do governo.


A expectativa é de que os gargalos de infra-estrutura, a alta carga tributária e a morosidade nos processos, que tanto limitam os ganhos das empresas brasileiras, sejam aos poucos reduzidos. Hoje, esses fatores tornam as companhias brasileiras mais baratas que suas concorrentes no exterior, mas a tendência é de que essa diferença diminua à medida em que o Brasil vá se desenvolvendo. Por isso, a disparada de 9% no Ibovespa em apenas uma semana não deve desestimular novas aplicações na Bolsa.

Somente nos primeiros dois pregões após o grau de investimento o saldo das aplicações estrangeiras na Bovespa chegou a 1 bilhão de reais. E ainda pode vir a ser bem maior.

Como grande parte dos fundos exige ao menos duas classificações de grau de investimento para aplicar no país, não são muitos os estrangeiros autorizados a colocar dinheiro no Brasil. Por enquanto, somente a Standard & Poor´s elevou a nota do Brasil a esse patamar, mas para muitos não deve tardar muito mais para Moody´s e Fitch seguirem o mesmo caminho.

Superada mais essa barreira, uma nova onda de recursos deve chegar à Bolsa, pressionando o Ibovespa. Manter o ritmo de crescimento, entretanto, será um novo desafio.

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