segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

A vida na bolsa nem sempre é uma festa!!!

Para refletir em tempos de ganância!! E para as próximas IPO´s que virão!!! Cada vez mais selecionar boas oportunidades de negócios em bolsa será o diferencial entre alegria e frustração, leia a materia abaixo que selecionei.

A processadora de cartões CSU amargou queda de 36% em suas ações desde o IPO!

Ao longo dos últimos meses, a CSU CardSystem foi o patinho feio entre as estreantes do pregão. A processadora de transações com cartões de crédito abriu capital no dia 28 de abril e viu suas ações despencarem, enquanto a maioria das novatas registrava boa valorização. Segundo levantamento da Economática, os IPOs (ofertas iniciais de ações, na sigla em inglês) feitos entre janeiro e abril de 2006 (período comparável ao da CSU) obtiveram alta média de 14,6% da data de emissão até a quarta-feira 10. O retorno foi muito maior em casos como os da construtora Company (57,1%) e da incorporadora Gafisa (46%). O pior desempenho, de longe, foi o da processadora de cartões, cujos papéis caíram 36,4% desde o lançamento. Agora, porém, a companhia tem uma segunda chance de decolar. A HSBC Corretora acaba de divulgar relatório em que prevê alta de 46% para a CSU, graças, principalmente, à entrada em vigor do contrato que a empresa fechou com a Caixa Econômica Federal.

A recomendação é de compra dos papéis, que foram lançados a R$ 18, estavam cotados a R$ 11,25 na quinta-feira 11 e, segundo a HSBC, têm potencial para fechar o ano em R$ 17. Se a estimativa estiver certa, quem comprar o papel agora terá um impressionante retorno de 51% até o fim de 2007. No entanto, aqueles que adquiriram as ações no dia do IPO não terão revertido seu prejuízo mais de um ano e meio depois da emissão.

Deve-se ponderar que a CSU estreou na bolsa dias antes do início da minicrise que derrubou os mercados nos meses de maio e junho. Foi o pior período do ano para a Bovespa em 2006, e nem as blue chips escaparam. As ações da Petrobras chegaram a cair 30%, com o petróleo em alta. O problema é que, passada a tempestade, os papéis da CSU não se reergueram, o que explica a diferença de desempenho em relação, por exemplo, à American Banknote. Esta companhia, igualmente fornecedora de serviços para administradoras de cartões, abriu capital apenas dois dias antes da CSU. De lá para cá, seu desempenho também não foi nenhuma maravilha. Mas a queda de 0,3% registrada até quarta-feira não se compara a um tombo de 36%.

Para entender o inferno astral da CSU, e sua possível redenção, é preciso conhecer o mercado onde ela atua. Esta é uma empresa de processamento de pagamentos com cartões, que também tem unidades de negócio em call center, análise de risco e fidelização. Uma das últimas companhias independentes do ramo, viu nos últimos anos suas principais concorrentes unirem-se a grandes bancos: Orbitall com Itaú, e Fidelity com Bradesco e Real. Apesar (ou por causa) disso, venceu, em junho passado, a licitação para processar os três milhões de cartões da Caixa Econômica – um dos mais cobiçados contratos do mercado, avaliado em R$ 200 milhões. Na ocasião, Wanderval Alencar, diretor-executivo da CSU, expôs à DINHEIRO a tese de que, quando a processadora de cartões é controlada por bancos, ela tende a privilegiar seus acionistas, em detrimento dos demais clientes.

A incapacidade da CSU de reagir quando a bolsa se recuperou, a partir de julho, pode ser creditada ao atraso na entrada dos cartões da Caixa em seu sistema. O contrato deveria entrar em vigor no segundo semestre de 2006. Mas o prazo foi empurrado para o primeiro trimestre deste ano, provavelmente em fevereiro. O contratempo, segundo especialistas do setor, é normal quando se trata de mudar de processadora. Mas o adiamento foi determinante para que as ações continuassem em baixa e os resultados da empresa fechassem o ano negativos – prejuízo da ordem de R$ 14 milhões pelas contas da HSBC. Agora, pode ter chegado a hora da virada. A expectativa da corretora é de um lucro de R$ 47 milhões ao final de 2007. “A Caixa é uma realidade e não surpreenderá mais”, avalia Fábio Zagatti, analista da HSBC. Há, no entanto, duas ressalvas importantes a fazer. “A concentração do setor bancário pode reduzir os potenciais clientes da CSU”, alerta Zagatti. “E a liquidez dos papéis é baixa, o que afasta os investidores institucionais.”

R$ 200 milhões é o valor do contrato que a CSU fechou para processar cartões da CEF.

Fonte: Revista ISTO É Dinheiro.
link: http://www.terra.com.br/istoedinheiro/486/financas/tempos_dificeis_na_bolsa.htm

Nenhum comentário: