quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Ações de concessionárias de rodovias despencam com declaração de Dilma Rousseff

As ações das companhias que administram rodovias no Brasil encerraram em forte baixa no pregão de hoje da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Recentemente integrada ao Ibovespa, a ação ordinária da CCR Rodovias amargou queda de 7,38% e fechou negociada a R$ 25,45.

Mais abaixo, o papel ordinário da OHL caiu 12,61%, para R$ 28,40.

As declarações dadas pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de que as concessões de sete trechos de rodovias federais seriam revistas, foram consideradas por agentes do mercado como as grandes responsáveis pelo tombo das ações.

Segundo o analista de uma grande corretora, que preferiu não ter seu nome revelado, o preço das ações de CCR e OHL já contemplavam uma expectativa de que essas empresas pudessem ganhar a concessão de lotes importantes das rodovias federais.

O adiamento do processo de licitação acabou derrubando as ações das empresas no mercado acionário local.

No entanto, ele acredita que as fortes quedas observadas hoje poderão ser revistas pelo mercado, em razão do potencial de crescimento de CCR e OHL. "As duas empresas irão participar do processo de licitação de rodovias estaduais em Minas Gerais e São Paulo, com grandes chances de saírem vencedoras" , explicou.

Além disso, a recente extensão do prazo nos contratos de algumas rodovias administradas pelas duas empresas também mostram um horizonte positivo para suas ações, na opinião do analista. ' É claro que no curto prazo, os papéis vão continuar refletindo as notícias dessa semana ' , explicou. (Murillo Camarotto Valor Online)

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