terça-feira, 6 de novembro de 2007

IPO do Silvio Santos vem aí.. lá lá lá....

Prezados,

Como diria o próprio Silvio: "Quem Quer Dinheiro???""

Pelo visto, ele quer mais... Está a caminho a IPO do Banco PanAmericano.

A instituição do empresário e apresentador de TV que idealizou o Baú da Felicidade pretende vender quase 68 milhões de ações preferenciais (PN, sem voto) e pode captar algo entre R$ 850 milhões e R$ 1,02 bilhão. Os papéis foram avaliados numa faixa entre R$ 12,50 e 15,00 cada. Se saírem na média, representarão ao banco um valor de mercado de R$ 2,5 bilhões, acima de Sofisa (R$ 2,3 bilhões) e Pine (R$ 2,0 bilhões), mas abaixo de Daycoval (R$ 4,6 bilhões) ou Cruzeiro do Sul (R$ 2,7 bilhões).

Uma parcela de 10% a 20% das ações será destinada ao varejo, para aquisições entre R$ 3 mil e R$ 300 mil. As reservas começam hoje e se estendem até o dia 12 e a estréia no pregão está programada para o dia 19, no Nível 1 de governança corporativa da Bovespa.

A origem do PanAmericano data de 1969, quando o grupo Silvio Santos adquiriu a Real Sul Crédito, Financiamento e Investimento, batizada então como Baú Financeira. A instituição só passou a operar como banco múltiplo em 1991. No seu controle indireto, o banco tem o próprio Senor Abravanel (conhecido como Silvio Santos), que detém 93,15% do capital votante e 94,98% do capital total. Após o IPO, o empresário continuará com 93,15% das ações com direito a voto, mas então com 53,23% do total.

Com uma rede de distribuição formada por 203 pontos próprios e uma base ativa de 2,7 milhões de clientes pessoas físicas, o Panamericano tem o foco voltado para as operações de financiamento ao consumo às classes B, C, D e E. Fecha, mensalmente, 150 contratos novos, o equivalente a R$ 540 milhões. A carteira de crédito cresceu num ritmo de 38,5% nos três últimos exercícios, para um total de R$ 4,78 bilhões ao fim de 2006. De janeiro até setembro, o incremento foi de 28,6%, para R$ 6,14 bilhões. Os créditos classificados entre as notas "AA" e "C", nos melhores níveis, representavam 91,4% do portfólio, com a inadimplência em 5,56%.

O crescimento da renda do brasileiro, no recente período de corte de juros, resultou em maior demanda por financiamentos para as classes que o Panamericano atende. Isso ocorreu sem provocar saltos na inadimplência, descreve o banco no prospecto do IPO.

Entre os planos traçados, o banco pretende estimular o uso do cartão por meio de limites pré-aprovados, fortalecer a atuação no financiamento de veículos, crédito consignado e CDC lojista, além de ampliar a oferta de crédito com garantia imobiliária, o chamado "home equity loan", sem direcionamento específico. As estratégias de "cross selling" (vendas cruzadas) incluem explorar a base de clientes que adquire os carnês do Baú e os títulos de capitalização Tele Sena, além dos próprios telespectadores do SBT, que respondem às ações mercadológicas promovidas pela emissora.

Entre os riscos do negócio, o PanAmericano cita o ambiente cada vez mais competitivo no setor, com uma possível nova rodada de consolidação que alteraria a atual configuração bancária no país. O banco tem como principais concorrentes o Finasa, Fininvest, Aymoré e Losango, braços de financiamento ao consumo ligados a grandes conglomerados, além dos bancos de médio porte que já se valeram da bolsa de São Paulo para se capitalizar. A instituição ainda adverte que eventuais problemas de liquidez no segmento têm o potencial de afetar a base de depósitos e aplicações nos bancos de pequena e média rede, a exemplo do que ocorreu quando o Banco Central (BC) interveio no Banco Santos em 2004.

Outro risco descrito no documento da oferta diz respeito à marca PanAmericano, da qual o banco não é titular no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) na classe referente às principais atividades que desenvolve. Até setembro de 2007 havia o registro da marca PanAmericana sob a titularidade de um terceiro, o que impedia a requisição de nome similar pelo banco. Caso outra empresa adquira o registro antes da instituição, isso poderá afetar adversamente o negócio, sob o risco de ter de trocar uma marca já amplamente difundida entre o público.

Caso não receba a homologação do aumento do capital até a liquidação da oferta, o banco vai entregar units, recibos representativos de uma ação preferencial e sete recibos de subscrição, aos investidores. Se houver demanda entre os institucionais, a quantidade ofertada ainda pode ser acrescida de 9,7 milhões de ações, o que pode fazer a captação esbarrar no R$ 1,2 bilhão.

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