quarta-feira, 2 de abril de 2008

Mercados animados no dia da mentira....

Prezados,

O clima amistoso que se instalou no exterior com a avaliação de que a crise pode estar arrefecendo fez com que as bolsas de valores tivessem um ótimo início de mês e de trimestre.

Ontem, dia 1 de abril, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, acompanhou Nova York e conseguiu recuperar o patamar dos 62 mil pontos, ao subir 2,96% e fechar aos 62.774,8 pontos. As ações tiveram alta generalizada e as blue chips (ações de primeira linha) Petrobras e Vale acompanharam. Os papéis da mineradora subiram pelo sétimo pregão consecutivo, hoje amparados pelo empréstimo acertado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O Ibovespa registrou a maior alta porcentual desde 18 de março (quando foi de 3,20%) e a maior pontuação desde 6 de março (62.974,6 pontos). Oscilou entre a mínima de 60.965 pontos (estabilidade) à máxima de 62.788 pontos (+2,98%). Com o desempenho de hoje, as perdas acumuladas em 2008 foram reduzidas a 1,74%. O volume financeiro negociado totalizou R$ 6,013 bilhões.

Em Nova York, o índice Dow Jones encerrou com elevação de 3,19%, o S&P avançou 3,59% e o Nasdaq teve ganhos de 3,67%.

MOTIVOS....
Os investidores gostaram do anúncio de baixas contábeis feito pelo banco suíço UBS e pelo alemão Deutsche Bank (respectivamente de US$ 19 bilhões e US$ 3,9 bilhões) porque consideraram que o reconhecimento das perdas pode ser um sinal de que o fim da crise está próximo. Esta interpretação ganhou amparo na notícia de que o mesmo UBS vai levantar cerca de US$ 15,1 bilhões com uma emissão com direito de subscrição para melhorar a base de capital. O banco americano Lehman Brothers também fez um anúncio similar, ao comunicar ter conseguido vender US$ 4 bilhões em títulos preferenciais conversíveis. Ou seja, indício de que a situação do banco - e do mercado - não está assim tão ruim.

Os indicadores que saíram também agradaram. O índice do Instituto para Gestão de Oferta (ISM) sobre atividade no setor de manufatura subiu para 48,6 em março, de 48,3 em fevereiro, ante projeção de queda para 47,5 dos economistas. Já os gastos com construção caíram pelo quinto mês seguido em fevereiro, mas o recuo foi mais suave do que era previsto.

Na Europa, as bolsas fecharam quase nas máximas impulsionadas pelos ganhos do setor bancário. Os investidores avaliam que os bancos podem reportar a extensão total de suas perdas relacionadas à crise de crédito depois que o UBS anunciou a baixa contábil.

As Ações no Brasil
No Brasil, os ganhos foram generalizados (apenas sete ações do Ibovespa terminaram o dia em baixa), com Vale sendo um dos destaques. As ações da mineradora sobem há sete pregões e ignoraram a desvalorização dos metais no exterior e avançaram na esteira no financiamento acertado com o BNDES, pelo qual a Vale terá uma linha de R$ 7,3 bilhões pelo período de cinco anos. Os recursos serão usados para ajudar a custear os planos de investimento da companhia, de US$ 59 bilhões para o período. Vale ON subiu 2,07% e Vale PNA, 2,19%.

Petrobras ON fechou em elevação de 1,83% e Petrobras PN subiu 2,39%, contrariando também o desempenho do petróleo no exterior. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo fechou em baixa de 0,59%, a US$ 100,98 por barril.

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