Um caso interessante é o da NET. O negócio, em si, é excelente e quase monopolista, mas pelo enorme investimento, pela baixa demanda inicial, pelos “gatos” e pela dívida contraída, além das crises cambiais dos últimos anos da década de
No curto prazo, foi possível multiplicar o capital até 8 vezes em um ano, mas para qualquer pessoa que tenha comprado mensalmente esta empresa, desde 1996, o patrimônio teria sido reduzido significativamente.
Há ainda os casos das empresas que têm lucros consistentes, porém sem qualquer tendência definida. Nesses casos, deve-se esperar que a cotação guarde baixa correlação com os lucros, ou seja, as variáveis são pouco relacionadas.
A hipótese é a seguinte: Empresas que apresentem uma evidente tendência de alta, deverão apresentar cotação também em alta e elevada correlação entre as variáveis. Vejamos alguns exemplos: Analisando os números:
VALE (VALE5):
- Lucro (R$ mi) – 10 anos de crescimento / 1 ano de queda.
- Cotação – 10 anos de crescimento / 1 ano de queda.
- Correlação (Lucro x Cotação): 98,5%
BRADESCO (BBDC4):
- Lucro (R$ mi) – 9 anos de crescimento / 2 anos de queda.
- Cotação – 8 anos de crescimento / 3 anos de queda.
- Correlação (Lucro x Cotação): 97,6%
ITAÚSA (ITSA4):
- Lucro (R$ mi) – 10 anos de crescimento / 1 ano de queda.
- Cotação – 9 anos de crescimento / 2 anos de queda.
- Correlação (Lucro x Cotação): 96,2%
MARCOPOLO (POMO4):
- Lucro (R$ mi) – 9 anos de crescimento / 2 anos de queda.
- Cotação – 8 anos de crescimento / 3 anos de queda.
- Correlação (Lucro x Cotação): 94,2%
A correlação altíssima em todos os casos indica que mais de 90% do crescimento da cotação pode ser explicado pelo crescimento dos lucros.
Não são os únicos casos.
Normalmente, em empresas que conseguem apresentar consistência no crescimento de lucros, pode-se verificar forte correlação com o crescimento dos preços.
A maior regra do mercado é essa, desempenho passado não garante o futuro.
Todos devem saber bem disso, pois é algo muito difundido.
No curto prazo, essas variações não podem ser tratadas, até porque os lucros são declarados trimestralmente. As empresas com crescimento consistente nos lucros não deveriam ser as mais indicadas, também, para grandes ganhos percentuais de curto prazo, pois, em tese, deveriam oscilar de forma mais gradual que aquelas sem consistência nos lucros.
RESUMO DA ÓPERA
Para quem busca grandes ganhos no curto prazo, talvez não sejam as mais indicadas.
Contudo, a longo prazo, para os investidores que não se preocupam com oscilações momentâneas, vide a atual crise do Subprime, os que compraram regularmente as companhias acima devem ter verificado grande crescimento patrimonial!
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