Em meio a temores sobre uma possível recessão na maior economia do mundo, os Estados Unidos, e a fortes oscilações nas bolsas de valores, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro se reuniu ontem e hoje (22 e 23) e optou, de novo, por manter a taxa básica de juros estável em 11,25% ao ano. A decisão foi unânime.
Essa é a terceira reunião consecutiva na qual o Copom não mexe na taxa Selic que, mesmo assim, permanece no nível mais baixo da história.
A decisão veio em linha com a previsão do mercado financeiro, que prevê agora a retomada dos cortes de juros somente em fevereiro de 2009 - momento no qual a taxa seria reduzida para o patamar de 11% ao ano.
Porém nas entrelinhas....
Também não foi estabelecido um viés para a taxa de juros, que, deste modo, deverá permanecer no mesmo patamar até o próximo encontro do Copom, marcado para 4 e 5 de março.
Ao fim do encontro desta quarta, o BC divulgou a seguinte frase: "avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 11,25% ao ano, sem viés. O Comitê irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária".
Fator FED
Não é para desconsiderarmos, naturalmente, que a reunião do Copom acontece um dia após o Federal Reserve (o BC norte-americano) ter anunciado redução, de forma surpreendente, em sua taxa básica em 0,75 ponto percentual, de 4,25% para 3,50% ao ano.
Mas e o contexto?
Bom, vale lembrar que o Copom orienta suas decisões tendo por base o sistema de metas de inflação. Para este ano e para 2009, a meta central é de 4,5% com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Deste modo, o IPCA, utilizado como referência pelo BC, pode ficar entre 2,5% e 6,5% nestes dois anos sem que a meta seja formalmente descumprida. Vale recordar que ao elevar os juros, o BC impede o crescimento dos gastos da população e, conseqüentemente, atua para conter a inflação. Ao baixá-los, estimula o consumo.
Para definir os juros básicos da economia, o BC analisa, além do cenário externo, outros fatores que possam ter impacto na trajetória inflacionária, como o preço do petróleo (que está em alta); o uso do parque industrial (que está em nível recorde) e os impactos de reduções de juros efetuadas anteriormente e que demoram alguns meses para terem impacto pleno na economia.
Essa é a terceira reunião consecutiva na qual o Copom não mexe na taxa Selic que, mesmo assim, permanece no nível mais baixo da história.
A decisão veio em linha com a previsão do mercado financeiro, que prevê agora a retomada dos cortes de juros somente em fevereiro de 2009 - momento no qual a taxa seria reduzida para o patamar de 11% ao ano.
Porém nas entrelinhas....
Também não foi estabelecido um viés para a taxa de juros, que, deste modo, deverá permanecer no mesmo patamar até o próximo encontro do Copom, marcado para 4 e 5 de março.
Ao fim do encontro desta quarta, o BC divulgou a seguinte frase: "avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 11,25% ao ano, sem viés. O Comitê irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária".
Fator FED
Não é para desconsiderarmos, naturalmente, que a reunião do Copom acontece um dia após o Federal Reserve (o BC norte-americano) ter anunciado redução, de forma surpreendente, em sua taxa básica em 0,75 ponto percentual, de 4,25% para 3,50% ao ano.
Mas e o contexto?
Bom, vale lembrar que o Copom orienta suas decisões tendo por base o sistema de metas de inflação. Para este ano e para 2009, a meta central é de 4,5% com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Deste modo, o IPCA, utilizado como referência pelo BC, pode ficar entre 2,5% e 6,5% nestes dois anos sem que a meta seja formalmente descumprida. Vale recordar que ao elevar os juros, o BC impede o crescimento dos gastos da população e, conseqüentemente, atua para conter a inflação. Ao baixá-los, estimula o consumo.
Para definir os juros básicos da economia, o BC analisa, além do cenário externo, outros fatores que possam ter impacto na trajetória inflacionária, como o preço do petróleo (que está em alta); o uso do parque industrial (que está em nível recorde) e os impactos de reduções de juros efetuadas anteriormente e que demoram alguns meses para terem impacto pleno na economia.
A manutenção dos juros, e a previsão do mercado de novas reduções somente em 2009, são motivadas justamente pelo aumento dos preços, que está sendo puxado, principalmente, pelos alimentos e pelo setor de serviços.
Antes da reunião do Copom realizada no início de dezembro, por exemplo, a expectativa do mercado financeiro era que o IPCA ficasse em 4,10% em 2008. Na semana passada, porém, a projeção já estava em 4,37%.
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