quinta-feira, 4 de outubro de 2007

IPO´s já não são mais as mesmas

Prezados,

Foi-se o tempo de entrar às cegas em IPO....

Passado o pior da crise que tomou conta dos mercados mundiais em agosto, a Bolsa de Valores de São Paulo voltou a mostrar vigor, marcando mais de 60 mil pontos e quebrando recordes sucessivos. Mas a história está bem diferente para as empresas que pretendem estrear no pregão brasileiro nos próximos meses.

O ambiente desfavorável se reflete no fraco desempenho dos papéis que já estrearam no ano. Das 49 empresas que lançaram suas ações em 2007, 33 estão com performance inferior à do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa).

Dessas, 17 não só perdem do índice como acumulam variação negativa desde que começaram a ser negociadas.


Duas características que vinham sendo negligenciadas, em meio à euforia dos mercados, passaram a ser pré-requisitos nas novas operações: liquidez e qualidade do negócio.


Em setembro, por exemplo, a oferta da
Satipel, de aproximadamente US$ 200 milhões, foi considerada pequena pelos investidores. No auge do mercado, ofertas de US$ 100 milhões chegaram a ser aceitas.

Ontem, foi fechada a primeira oferta de outubro, a da seguradora
Sul América, em meio a rumores de fraca demanda. O papel foi colocado a R$ 31, apenas um pouco acima do piso da faixa indicativa de preço, que era R$ 30. No total, foram vendidos R$ 674 milhões. No caso da Sul América, fechada ontem, o comentário no mercado financeiro é que a demanda foi garantida por fundos europeus especializados em seguros - teriam absorvido 90% dos papéis.

A preocupação com liquidez se reflete também no aumento recente da procura pelos serviços do chamado formador de mercado por parte das companhias novatas. Ao prestar esse serviço, o banco contratado garante a compra e a venda dos papéis.


Na CVM, mais de 30 ofertas de ações estão na fila e há expectativa de chegada de outras 40 ainda neste ano


Em suma, seja seletivo!

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