sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Novas Perspectivas em Renda Fixa

Prezados,

Como diversificar é importante, pois como diziam os mais experientes sem o arcabouço teórico de Harry Markovitz, "nunca se deve colocar todos os ovos no mesmo cesto!", creio ser oportuno falar um pouco sobre alternativas hoje presentes no mercado de Renda Fixa.

Afinal de contas com a taxa de juros nos atuais 11,25% ao ano e caindo, cada parcela desse percentual se torna preciosa para o investidor. Essa idéia tem levado mais e mais cotistas a buscarem fundos de renda fixa com taxa de administração algumas frações de pontos percentuais mais baixas, por exemplo.


Operações Compromissadas

Já os aplicadores mais conservadores possuem nas operações compromissadas uma alternativa ao CDB. Nessas operações, o banco revende ao investidor um papel que tem em carteira, público ou privado, com o compromisso de recompra em um determinado prazo. A aplicação é operacionalmente bastante similar a um CDB, mas pode oferecer retorno ligeiramente maior.

As compromissadas eram oferecidas, há alguns meses, apenas a fundos de investimento, de pensão, clientes private e empresas, mas chega agora ao varejo.

Por exemplo,
no Itaú, que oferece a alternativa para quem tem a partir de R$ 300, um investidor que conquistaria em um CDB taxa de 77,5% do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI, referência das aplicações em renda fixa) conseguiria uma rentabilidade de 79,5% em uma compromissada. Ainda é baixa, mas conforme o valor aplicado este percentual melhora.

Apesar da pequena diferença, a compromissada ganha adeptos. Em agosto do ano passado - quando a Selic estava em 14,75% ao ano - havia um saldo de R$ 98 bilhões em compromissadas no mercado. Em agosto deste ano o volume é mais do que o dobro, de R$ 198 bilhões, segundo dados do Banco Central - quase o valor de R$ 212 bilhões aplicado na caderneta.

Os prazos das compromissadas também tendem a ser mais longos do que os CDBs - de até 20 anos -, por isso o ganho maior.


Em contrapartida, o rendimento extra em relação ao CDB tem seu equivalente em risco. A compromissada não conta com o amparo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que banca prejuízos de até R$ 60 mil ao investidor em caso de problemas financeiros na instituição. Portanto, o aplicador deverá estar atento que o risco da sua aplicação está ligado à saúde financeira da instituição onde aplica. Se ela quebrar, a aplicação vai por água abaixo.


É por não contribuir para o FGC que a compromissada consegue pagar mais. Os CDBs deixam uma parte do rendimento para bancar essa garantia. O percentual exato é de 0,015% do valor envolvido. Outro motivo para o ganho maior é que o banco não tem de recolher ao BC o depósito compulsório de 15% sobre os valores captados em CDBs. Isso faz com que o banco possa emprestar até 100% dos recursos obtidos com as compromissadas a taxas mais altas, no crédito ao consumidor, por exemplo.

Fique atento e BON$ INVE$TIMENTO$!

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