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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
SALVARAM-SE POUCOS EM 2008
Prezados,
Em um ano como 2008, a volatilidade marcou forte presença, o que provavelmente assustou aos novatos, pois o Índice Bovespa flutuou entre 73.920 e 26.435 pontos.
Portanto, encontrar um fundo de ações que tenha fechado no azul é quase missão impossível.
Mas, remexendo em um universo de 1.060 fundos, podemos ver que ao menos dois fecharam com ganhos.
OS GANHADORES
O Nossa Caixa é formado apenas por ações da própria instituição, que subiram este ano graças ao anúncio da compra pelo Banco do Brasil.
E o Polo Fia, da Polo Capital, é um fundo mais sofisticado, meio fundo hedge, com muitas operações de arbitragem e estratégias que vão além da compra e venda de ações apenas.
OS MENORES E MAIORES PERDEDORES
Os menos infelizes foram alguns fundos de dividendos ou de setores defensivos, como energia, telecom e bancos.
Entre os que mais perderam, o destaque fica com o fundo alavancado GWI, que acumulava queda de 98% no ano até dia 18, um resultado coerente com sua estratégia, de ampliar os efeitos da tendência dos papéis.
Alavancagem foi também o que fez o fundo Santander Vale Mais, da Santander Asset Management, perder 60,89%, mais que os 51% da média dos fundos de ações da mineradora. A carteira podia ter exposição de 120% em Vale. Os fundos Petrobras perdem, na média, 46% no ano até dia 18.
Outra estratégia bastante afetada foi a setorial de construção civil. O segmento passou de vedete da bolsa em 2007 para o que mais perdeu este ano. As estratégias envolvendo ações de menor valor de mercado, ou "small caps" - onde também há um grande número de empresas de construção -, também foram bastante prejudicadas pela crise. Nessa lista, entram também o Geração FIA, do banco Geração Futuro, e o Fama Challenger, da Fama Investimentos.
PORÉM.. NO LONGO PRAZO...
A crise deste ano não foi capaz, porém, de tirar o brilho das carteiras dos últimos cinco anos. Observando os fundos de ações a partir de 31 de dezembro de 2003 - depois do ajuste à forte queda ocorrida em 2002 durante a campanha presidencial -, há várias carteiras bem acima do Ibovespa.
RECEITA PARA 2009: CAUTELA E CANJA DE GALINHA
Apesar de alguns terem lampejos de otimismo, considero oportuno priorizar os chamados setores defensivos, que não dependem tanto do cenário econômico local ou internacional, leia-se: ENERGIA, TELECOM FIXA, BANCOS.
Porém, não se pode deixar de ter em conta que parte substancial da bolsa, porém, vai sofrer, pois é ligada a commodities e, para elas, o cenário não é dos mais auspiciosos pelas dificuldades esperadas para as economias internacionais.
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