terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A Maldição da Pirâmide....

Prezados,

Se me contassem esse episódio há 1 anos atrás eu não acreditaria, mas em plena crise não duvido de mais nada!

Não foram apenas investidores estrangeiros que amargaram perdas estimadas em US$ 50 bilhões com o esquema de fraude em "hedge funds" realizado pelo ex-presidente da Nasdaq, Bernard Madoff. Na lista, há também brasileiros que tinham dinheiro aplicado em fundos "offshore" (que investem no exterior) com exposição em carteiras gerenciadas pela Bernard L. Madoff Investment Securities, fundada em 1960.

Um histórico de 20 anos de retornos bem convidativos, na faixa de 1% ao mês, atraiu muitos investidores, inclusive "private banks" brasileiros.

Diferentemente do que ocorre aqui, a regulamentação dos fundos hegde é bastante flexível no mercado americano. Lá fora, os gestores podem investir em qualquer tipo de ativo, não são obrigados a publicar diariamente as cotas do fundo, nem divulgar as operações em carteira ou mesmo marcar a mercado diariamente os investimentos.

A grande maioria dos investidores brasileiros perdeu dinheiro porque aplicava no Fairfield Sentry Fund, que investia no fundo gerenciado por Madoff. Dos fundos "offshore" distribuídos para clientes "private", o Fairfield era um dos mais badalados.

Muitas instituições distribuíam esse fundo pois, além do desempenho consistente, recebiam taxas de rebate interessantes. Essa taxa consiste em uma remuneração recebida pelo assessor que indica o fundo.

O esquema fraudulento chamado de "pirâmide" não estava muito claro até ontem, mas, segundo as agências internacionais, o gestor pagava os retornos aos investidores usando o dinheiro aplicado por clientes novos. Como esse esquema conseguiu sobreviver durante tanto tempo e atravessar várias crises financeiras é a grande questão a ser respondida.


ESQUEMA DO CONTO DO VIGARIO MODERNO!

O investidor colocava o dinheiro no fundo e acompanhava o rendimento da aplicação, que se mostrou artificial. O pagamento efetivo do retorno só acontecia no saque da aplicação, mas para honrar os resgates o gestor americano mantinha uma conta com cerca de US$ 200 milhões a US$ 300 milhões. Ao longo desses anos, o fundo nunca havia enfrentado uma onda tão grande de saques. Porém, a crise chegou e com mais de US$ 7 bilhões em pedidos de resgate, Madoff se viu sem dinheiro para pagar.

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