Prezados,
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, agendada para os próximos dias 3 e 4, é o evento doméstico econômico mais importante da primeira semana de junho. A despeito de alguns indicadores macroeconômicos fechados do mês de maio que deverão ser anunciados, bem como o resultado da produção industrial nacional referente a abril, o encontro da diretoria do BC é bastante aguardado pelo mercado financeiro, já que ratificará como será a intensidade do aperto monetário que foi iniciado em abril, com um surpreendente ajuste de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros.
Rola um sentimento no mercado de que que o Copom repetirá a dose de abril (+0,50%), o que levaria a Selic ao nível de 12,25% ao ano. Uma parcela dos analistas, no entanto, aposta num ajuste mais agressivo, de 0,75 ponto porcentual, que conduziria os juros para a marca de 12,50%. Na avaliação do primeiro grupo, o BC já traçou um "plano de vôo" para os choques que vêm influenciando a inflação e simplesmente vai mantê-lo. Para o grupo dos mais pessimistas, a deterioração da expectativas de inflação aumenta a cada dia e precisa ser freada com uma atitude mais firme da autoridade monetária.
Outro evento de destaque da semana e que será de grande importância para as análises do Banco Central é o anúncio da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fará na terça-feira. Apesar de os dados serem de abril, poderão mostrar se a atividade permanece aquecida. Em março, a produção apresentou crescimentos de 0,40% ante fevereiro e de 1,30% em relação a março de 2007. Para alguns especialistas é pouco provável que a indústria mostre uma arrefecimento e há grandes possibilidades, depois do efeito calendário mascarar o levantamento de março, de o resultado em relação a abril do ano passado voltar a níveis em torno de 10,00%.
Quanto aos indicadores macroeconômicos de maio, as divulgações já começam na segunda-feira (2). Nesse dia, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciará o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechado do mês. Para os economistas do mercado financeiro, o indicador mostrará uma aceleração importante, em relação às taxas de abril e da terceira quadrissemana de maio, ambas de 0,72%. Segundo eles, por causa do preço dos alimentos, é possível que a inflação fique mais próxima da casa de 0,90%.
Ainda na segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciará o resultado da balança comercial fechada de maio. Em abril, houve um superávit de US$ 1,744 bilhão. Para maio, os especialistas trabalham com números bem maiores, próximos a US$ 4,000 bilhões, por conta, principalmente, do término dos efeitos da greve dos auditores fiscais, encerrada no dia 12 de maio. Até a quarta semana deste mês, a balança acumulou um superávit de US$ 2,960 bilhões, que já supera o número de abril.
Vale lembrar que, também na segunda-feira, o Banco Central divulgará, a partir das 8h30, a tradicional e bastante aguardada pesquisa Focus. As atenções continuam voltadas para o avanço das medianas das projeções para a inflação, tanto de varejo como de atacado, bem como dos números relacionados à taxa de juros e ao setor externo.
Outro sinalizador inflacionário importante é o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechado de maio, que a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) disponibilizará ao público na quarta-feira. Para os economistas do mercado financeiro, o indicador superará de maneira expressiva o resultado de abril, quando a taxa chegou a 0,54%. Na terceira quadrissemana de maio, também por conta da pressão dos alimentos, a inflação na capital paulista variou 1,08%, a taxa mais significativa desde a primeira quadrissemana de março de 2003, quando subiu 1,20%.
E O QUE INTERESSA ISSO TUDO?
Interessa que certamente estes eventos impactarão a percepção dos investidores a respeito da condução da política econômica, ainda mais após o segundo I.G. dado pela Fitch e, por conseqüência a própria Bolsa.
Fiquemos atentos!
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, agendada para os próximos dias 3 e 4, é o evento doméstico econômico mais importante da primeira semana de junho. A despeito de alguns indicadores macroeconômicos fechados do mês de maio que deverão ser anunciados, bem como o resultado da produção industrial nacional referente a abril, o encontro da diretoria do BC é bastante aguardado pelo mercado financeiro, já que ratificará como será a intensidade do aperto monetário que foi iniciado em abril, com um surpreendente ajuste de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros.
Rola um sentimento no mercado de que que o Copom repetirá a dose de abril (+0,50%), o que levaria a Selic ao nível de 12,25% ao ano. Uma parcela dos analistas, no entanto, aposta num ajuste mais agressivo, de 0,75 ponto porcentual, que conduziria os juros para a marca de 12,50%. Na avaliação do primeiro grupo, o BC já traçou um "plano de vôo" para os choques que vêm influenciando a inflação e simplesmente vai mantê-lo. Para o grupo dos mais pessimistas, a deterioração da expectativas de inflação aumenta a cada dia e precisa ser freada com uma atitude mais firme da autoridade monetária.
Outro evento de destaque da semana e que será de grande importância para as análises do Banco Central é o anúncio da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fará na terça-feira. Apesar de os dados serem de abril, poderão mostrar se a atividade permanece aquecida. Em março, a produção apresentou crescimentos de 0,40% ante fevereiro e de 1,30% em relação a março de 2007. Para alguns especialistas é pouco provável que a indústria mostre uma arrefecimento e há grandes possibilidades, depois do efeito calendário mascarar o levantamento de março, de o resultado em relação a abril do ano passado voltar a níveis em torno de 10,00%.
Quanto aos indicadores macroeconômicos de maio, as divulgações já começam na segunda-feira (2). Nesse dia, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciará o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechado do mês. Para os economistas do mercado financeiro, o indicador mostrará uma aceleração importante, em relação às taxas de abril e da terceira quadrissemana de maio, ambas de 0,72%. Segundo eles, por causa do preço dos alimentos, é possível que a inflação fique mais próxima da casa de 0,90%.
Ainda na segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciará o resultado da balança comercial fechada de maio. Em abril, houve um superávit de US$ 1,744 bilhão. Para maio, os especialistas trabalham com números bem maiores, próximos a US$ 4,000 bilhões, por conta, principalmente, do término dos efeitos da greve dos auditores fiscais, encerrada no dia 12 de maio. Até a quarta semana deste mês, a balança acumulou um superávit de US$ 2,960 bilhões, que já supera o número de abril.
Vale lembrar que, também na segunda-feira, o Banco Central divulgará, a partir das 8h30, a tradicional e bastante aguardada pesquisa Focus. As atenções continuam voltadas para o avanço das medianas das projeções para a inflação, tanto de varejo como de atacado, bem como dos números relacionados à taxa de juros e ao setor externo.
Outro sinalizador inflacionário importante é o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechado de maio, que a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) disponibilizará ao público na quarta-feira. Para os economistas do mercado financeiro, o indicador superará de maneira expressiva o resultado de abril, quando a taxa chegou a 0,54%. Na terceira quadrissemana de maio, também por conta da pressão dos alimentos, a inflação na capital paulista variou 1,08%, a taxa mais significativa desde a primeira quadrissemana de março de 2003, quando subiu 1,20%.
E O QUE INTERESSA ISSO TUDO?
Interessa que certamente estes eventos impactarão a percepção dos investidores a respeito da condução da política econômica, ainda mais após o segundo I.G. dado pela Fitch e, por conseqüência a própria Bolsa.
Fiquemos atentos!
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