terça-feira, 24 de junho de 2008

Acaba hoje o prazo para reserva de ações da SLC Agrícola

Prezados,

Em meio a um mercado muito ressabiado, termina hoje o prazo para o investidor reservar ações na nova operação da SLC Agrícola, uma das melhores performances de ofertas públicas iniciais (IPO, em inglês) da Bovespa. Desta vez, a produtora e exportadora de commodities como milho, soja e algodão pretende vender 11,673 milhões de papéis ordinários (ON, com direito a voto) e pode movimentar cerca de R$ 330 milhões, pelas cotações de ontem.

A companhia faz a sua segunda incursão no mercado de capitais num mau momento da Bovespa, mas se apropria do aumento das preocupações acerca da inflação global de alimentos. Ao que tudo indica, as investigações da polícia federal envolvendo a correlata Agrenco não devem influir na tomada de decisão dos candidatos a acionistas.

Para o varejo, será destinada uma fatia de 10% a 15% dos papéis, sem considerar o lote extra, que pode elevar a captação para a casa dos R$ 380 milhões. Copasa, Metalúrgica Gerdau, Gerdau e Le Lis Blanc serão as operações consideradas no filtro antiespeculadores (antiflipper) que será adotado na operação. Isso quer dizer que o investidor tem de se classificar, no documento da reserva, como "com prioridade de alocação", autorizando a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) a investigar o comportamento de manutenção de papéis nas ofertas avaliadas.

Quem tiver um perfil de manutenção de ativos, pode levar até R$ 20 mil em caso de rateio. Já aqueles que, no dia seguinte ao início dos negócios ficou com menos de 80% das ações, será considerado "sem prioridade de alocação" e corre o risco de ficar sem nada se houver excesso de demanda.

A SLC Agrícola estreou na Bovespa em junho do ano passado, numa operação que movimentou R$ 490 milhões. Desde o IPO, as ações subiram 104,15%, em comparação aos 20,35% do Ibovespa no mesmo período. Com a nova oferta, o capital em circulação vai ser ampliado de 33,9% para 42,5%.

A exemplo do IPO, nem tudo o que está sendo ofertado vai entrar no caixa da empresa. Isso porque 2,276 milhões ações correspondem à venda de papéis pertencentes à SLC Participações, da família Logemann, que vai reduzir a participação direta de 36,9% para 31% no negócio. Os cerca de R$ 250 milhões líquidos que efetivamente vão entrar no giro da companhia serão usados para aquisição de terras (66%); correção de solo (15%); compra de equipamentos (12%), e, capital de giro.

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