terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O número 1 da Bolsa

Prezados,

Ao estilo Warren Buffet, a GERAÇÃO FUTURO desbancou muitos outros fundos de investimento em ações, e no mínimo merece atenção a leitura do texto abaixo. Não, eu não tenho dinheiro aplicado na Geração Futuro, mas algumas ações que eles possuem, eu também possuo, como a Taurus, pois como já havia dito aqui, VIOLÊNCIA DÁ LUCRO!!! (por favor, não estou fazendo apologia à violência, é apenas um comentário amoral, não imoral.... apenas me concentro no fato de que as ações da Taurus obtiveram excelente valorização).

Eis o texto publicado no portal da exama, abaixo transcrito...
Logo que saiu da faculdade, o administrador de empresas Wagner Salaverry, de 30 anos, tornou-se um especialista em armas e munições. Desde 1999, faz parte de seu dia-a-dia conhecer polímeros e outros materiais usados para fabricar revólveres. Salaverry jamais trabalhou numa fábrica de armas. E a militância em ONGs pró-desarmamento não faz parte de suas atividades.

Salaverry só quer ganhar dinheiro com seu conhecimento de armas. Ele coordena a gestão do fundo de ações Geração FIA, da corretora e gestora de recursos gaúcha Geração Futuro, e aplica nos papéis da Forjas Taurus, a principal fabricante brasileira de armas e equipamentos de segurança.

Salaverry também entende de aço, de papel e de motores, produtos fabricados por empresas que fazem parte do portfólio da Geração Futuro. Por enquanto, essa estratégia à la Warren Buffett tem dado resultados. O Geração FIA foi o fundo de ações que mais rendeu nos últimos quatro anos, mostra um levantamento feito pelo Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas a pedido de EXAME.

O retorno, de janeiro de 2003 a setembro de 2007, chegou a 945%, o dobro da alta registrada pelo Índice Bovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo.

Com esse desempenho, a Geração Futuro, gestora de porte médio e relativamente desconhecida, fundada em Porto Alegre em 1994, superou a rentabilidade de casas consagradas, como Hedging-Griffo e Pactual, e também dos grandes bancos de varejo (veja quadro na pág. 182). Sua receita é especialização e foco.

Desde 2001, quando passou a seguir a estratégia que mantém até hoje, Salaverry aplica o patrimônio do fundo nas ações de pouquíssimas empresas. Hoje, são apenas nove -- Taurus, Gerdau, Guararapes, Petrobras, Plascar, Randon, Usiminas, Votorantim Celulose e Papel e Weg. "É uma radicalização do modelo de Warren Buffett, que aplica em cerca de 50 empresas", diz William Eid, professor da FGV e coordenador do levantamento. O megainvestidor americano Warren Buffett, terceiro homem mais rico do mundo, é conhecido por olhar com lupa as companhias em que investe e extrair retornos memoráveis desse estilo de gestão.

Ao colocar dinheiro em poucas empresas, a Geração fica com grandes participações do capital de cada uma delas. É a segunda maior acionista de Plascar, Randon e Taurus e a oitava da Usiminas. "Com isso, não queremos ensinar, por exemplo, a Usiminas a produzir aço", diz Salaverry. "Nosso objetivo é poder sair do escritório e olhar de perto as operações dessas empresas."

A cada dois meses, Salaverry e os outros nove analistas que o auxiliam na gestão do Geração FIA reúnem-se com os executivos das companhias e, duas vezes por ano, visitam fábricas e instalações. "Eles são muito detalhistas e já aconteceu de saberem antes de nós o que estava ocorrendo na nossa indústria", diz Edair Deconto, gerente de relações com investidores da Taurus. Deconto se refere a um episódio que ocorreu em outubro, quando a fabricante americana Smith & Wesson reduziu sua previsão de lucros para o trimestre, o que fez com que suas ações caíssem quase 40%. Com a queda, a Taurus passou a valer mais que a concorrente em bolsa.

OUTRA CARACTERISTICA
de Salaverry e equipe é manter as ações em carteira por mais tempo que a concorrência -- em média, cinco anos e meio. O banco Crédit Agricole, por exemplo, substitui a cada 12 meses todos os papéis de seu fundo Selection, o terceiro mais rentável da lista da FGV. No HG Strategy, da Hedging-Griffo, as ações são mantidas no portfólio por, no máximo, um ano. "Alguns clientes perguntam por que, com o passar do tempo, os papéis que compõem a carteira não mudam", diz Salaverry.

A resposta: "Não achamos relevante aplicar 1% numa empresa, pois, mesmo que ela tenha uma valorização extraordinária, o impacto no ganho do cotista será mínimo." Além disso, faz parte da estratégia do fundo investir em ações que estão fora do radar da maioria dos analistas mas apresentam perspec tivas de crescimento ao longo dos anos. Para chegar a esses achados, eles acompanham 31 companhias, além das nove que fazem parte do Geração FIA.

Uma das descobertas mais rentáveis foi a da fabricante de autopeças Plascar. A ação entrou no portfólio do fundo em 1997, mas teve um desempenho ruim até 2005. Ainda assim, Salaverry decidiu mantê-la em carteira por acreditar nas perspectivas para o mercado de veículos no Brasil.

A empresa acabou, de fato, beneficiada pela recente recuperação da indústria automotiva e pela troca de seus controladores, com a entrada da tradicional gestora americana de recursos Franklin Mutual e do IAC Group, do bilionário Wilbur Ross. O valor de mercado da Plascar, que estava em 60 milhões de reais em 2005, bateu em 1,6 bilhão de reais em novembro deste ano.

A Plascar é um exemplo de quanto os cotistas do Geração FIA podem ganhar quando as apostas dos gestores dão certo. Quando algo sai errado, porém, as perdas podem ser especialmente dolorosas. "A concentração excessiva em poucas empresas é perigosa", diz Marcelo Cavalheiro, chefe da equipe de análise da Hedging-Griffo.

Diz uma das regras mais básicas sobre investimentos que é perigoso colocar todos os ovos na mesma cesta -- ou em poucas cestas. Salaverry garante que o fundo ainda não teve um grande revés. Mas boa parte do tempo em que o fundo segue a estratégia atual compreendeu um período de bonança da bolsa. "Não houve nenhuma grande crise financeira desde 2003", diz William Eid, da FGV.

Ainda assim, acrescenta o professor: "Quatro anos é tempo suficiente para descobrir gestores aventureiros, que arriscam desnecessariamente o patrimônio de seus clientes. Não parece ser o caso da Geração". Ao menos até agora, os riscos que o fundo corre têm sido bem remunerados.

Wagner Faccini Salaverry
IDADE 30 anos
QUEM É Gestor do fundo Geração FIA, da Geração Futuro, o mais rentável desde 2003
ESTRATÉGIA Investe em poucas empresas e mantém as ações em carteira por cinco anos e meio, em média


Onde estão os bancões?
O melhor fundo de ações nos últimos quatro anos(1) é o Geração FIA, da Geração Futuro, uma gestora de tamanho médio. Entre os cinco primeiros colocados, não há nenhum dos grandes bancos

Fundo Rentabilidade
1o GERAÇÃO FIA
Geração Futuro
945%
2o TEMPO CAPITAL FI AÇÕES
Tempo Capital
714%
3o CRÉDITAGRICOLE SELECTION CASPIA FIA
Crédit Agricole
705%
4o HG STRATEGY II FIA
Hedging-Griffo
666%
5o FIA PACTUAL AÇÕES
Pactual
628%
ÍNDICE BOVESPA
437%
(1) De 1O/1/2003 a 30/9/2007
Fonte: Centro de Estudos em Finanças FGV/EAESP

3 comentários:

Yuppie disse...

em finanças existe um tradeoff entre risco e retorno.
Não fiz uma análise do correlação dos retornos deste papéis nem montei uma fronteira eficiente, mas normalmente com 10, 15 papéis bem escolhidos ( ou seja,com baixa correlação) já dá para mitigar o risco específico, sobrando "apenas" o risco sistemático que afetaria todos os papéis.

Talvez os gestores sejam realmente bons, talvez os investidores estejam apenas sendo recompensados por um alto risco,mas talvez valha a pena prestar atenção nestes caras, para o bem e para o mal.

BUSSOLA DE FINANCAS disse...

Yuppie, primeiramente agradeço sua visita.

Vc disse muito bem. Tudo tem um preço... mas que diluir demais não é algo para o qual me inclino, isto devo admitir....

Volte sempre!

Gde abs

Augusto César Willer disse...

Caro BF;

Obrigado pelo apoio ao meu blog. Agradeço a inclusão do link a este. Considero um prêmio de reconhecimento de alguém experiente como você na área de análise financeira e manutenção deste tão precioso instrumento que é o Bussola de Finanças.
Grande abraço.

Augusto César

http://ondasfinanceiras.blogspot.com