Prezados,
Os dados negativos provenientes da economia norte-americana e o clima de incertezas no âmbito doméstico foram o tom desta segunda-feira (17).
A agenda de indicadores dos EUA trouxe dados preocupantes do setor industrial local no início da sessão, fator que disseminou um clima de cautela entre os investidores. O NY Empire State Index veio abaixo das projeções dos analistas, amplificando os temores de um mercado já preocupado com o noticiário corporativo ruim.
Em adição, a cena interna se deteriorava com indicadores que apontavam um avanço da inflação em dezembro. Tanto o IPC-S quanto o IGP-10 marcaram aceleração inflacionária, sendo que o último registrou o maior aumento nos preços desde fevereiro de 2003. Estas preocupações se aliaram às incertezas em torno da política fiscal a ser praticada após o insucesso da CPMF no Senado.
Com o clima já pesado nos mercados, o período da tarde trouxe novas influências negativas do mercado imobiliário dos EUA. Sugerindo que os problemas da crise do subprime podem se intensificar em 2008, o índice de confiança dos construtores daquele país marcou seu menor patamar histórico, completando o quadro.
Bolsa despenca e o dólar sobe
Em meio a este cenário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou com expressiva baixa de 4,19%, variação que o levou de volta à margem de 59.828 pontos. O volume financeiro foi de R$ 8,036 bilhões, inflado pelo vencimento de opções.
Já no mercado de câmbio, o dólar comercial subiu 0,89%, a R$ 1,8120, com investidores repercutindo o impacto dos dados negativos divulgados nas futuras decisões do Fed sobre a taxa básica de juro do país.
Maiores altas e baixas
O destaque negativo da sessão dentro do Ibovespa ficou por conta das Lojas Renner, que despencaram 7,66%, a R$ 34,35. Os papéis da empresa continuam penalizados pela redução das projeções de vendas para o quarto trimestre. A forte queda de 7,28% das ações da B2W demonstra as piores perspectivas com o desempenho do setor de varejo na virada do ano.
Outro setor que chamou a atenção foi o imobiliário. Os indicadores negativos para o setor nos EUA se estenderam ao mercado doméstico, impondo uma queda de 7,07% para as ações da Gafisa, que fecharam cotadas a R$ 31,94. Os papéis da Cyrela Realty encerraram com queda de 6,48%, a R$ 25,25.
Na contramão, os papéis da Gol resistiram à queda generalizada e foram os únicos a fechar no campo positivo entre os participantes do Ibovespa, em leve alta de 0,58%, cotados a R$ 43,30.
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