segunda-feira, 9 de julho de 2007

REDECARD: PRAZO PARA IPO ACABA AMANHÃ

Termina amanhã o período de reserva de papéis da Redecard, operação que já se configura como a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) do mercado brasileiro. Com a venda de 140,827 milhões de ações ordinárias (ON, com direito a voto), a credenciadora das bandeiras Mastercard e Diners no país está colocando 25% do seu capital em circulação. Pelo intervalo de preços proposto, de R$ 20,00 a R$ 25,00, a empresa pode movimentar mais de R$ 3,1 bilhões - ou até R$ 3,9 bilhões se houver demanda para os lotes extras.

Se os papéis saírem na média, a R$ 22,50, a companhia estreará no Novo Mercado da Bovespa, na sexta, valendo mais de R$ 15 bilhões. De 10% a 15% dos papéis serão destinados ao público de varejo, para aquisições entre R$ 3 mil e R$ 300 mil. A oferta é global e no exterior os títulos serão colocados na forma de Global Depositary Share (GDS), que valerá duas ações cada

A operação é formada, na sua maior parte (88%), por uma venda secundária, de papéis pertencentes ao Citibank, Itaucard e Unibanco, que vão reduzir a sua fatia no negócio para 25% cada um. Para o caixa da Redecard mesmo vão só R$ 336,8 milhões, que serão utilizados na infra-estrutura tecnológica da empresa, incluindo a compra e manutenção de equipamentos para captura eletrônica de transações (os chamados POS), além da aquisição de softwares relacionados à captura, processamento e liquidação financeira de transações com cartões de crédito e débito.

No prospecto, a empresa se apresenta como líder do setor de cartões de pagamento no mercado brasileiro, com uma participação de 34% no valor das transações realizadas ao longo do ano passado - que totalizou R$ 246,3 bilhões segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS). Entre os riscos da operação, a companhia cita a dependência da MasterCard e do número de cartões emitidos pela bandeira para manter a sua posição competitiva no mercado. A licença com a MasterCard International não é exclusiva, o que quer dizer que a bandeira internacional tem o direito de suspender o uso da marca ou ainda concedê-la a outros credenciadores no país.

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