terça-feira, 15 de maio de 2007

Indusval Multistock será o 9º "Banquinho" na BOLSA

Caríssimos, virou uma mania louca esta tal de IPO! Vejam...



O interesse dos bancos pequenos e médios em abrir o capital e captar recursos no mercado parece estar longe do fim. Ontem, o
Banco Indusval Multistock (BIM) pediu autorização à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para se tornar empresa aberta e fazer uma oferta pública de ações. O Indusval é nono banco a pedir registro na CVM para fazer uma oferta pública de ações este ano. Animados com as perspectivas de crescimento do mercado de crédito interno, os bancos pequenos e médios resolveram se capitalizar via mercado de capitais.
Na semana passada, o Daycoval e o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) já haviam pedido autorização para listar ações. BicBanco, Paraná Banco, Cruzeiro do Sul estão entre as outras instituições que aguardam sinal verde da CVM para acessar o mercado.
O BIM é dirigido por Manoel Felix Cintra Neto, presidente da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) - que também está abrindo o capital. O banco fará emissão de ações novas e venda de papéis em poder dos sócios - além de Cintra Neto, Luiz Masagão Ribeiro, Carlos Ciampolini e Antônio Geraldo da Rocha vão vender parte de seus papéis.
O banco vai listar as ações no Nível 1 da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que exige basicamente maior transparência de informações. O Indusval afirma, porém, que já adota práticas do Novo Mercado, o nível mais elevado de governança. Entre elas, oferece o chamado "tag along", ou seja, se o banco for vendido, quem tem ação preferencial recebe o mesmo preço que o valor pago para os controladores. Tem ainda 20% do conselho formado por executivos independentes. No prospecto, o banco afirma que pretende migrar para o Novo Mercado no futuro.
No primeiro trimestre, o Indusval teve lucro líquido de R$ 9 milhões, 60% acima do resultado do mesmo período de 2006. As operações de crédito fecharam março em R$ 409 milhões, expansão de 58%. O patrimônio líquido ficou em R$ 158 milhões, alta de 12%. O Índice de Basiléia ficou em 22%, o dobro do exigido pelo Banco Central. O foco do banco é o crédito a empresas de médio porte ("middle market").
Do valor total da oferta, entre 10% e 15% serão destinados ao varejo, com aplicação inicial de R$ 1 mil. O restante vai para grandes investidores.
A oferta será feita apenas no Brasil, mas terá esforço de venda no exterior por meio da regra 144(A) - que permite venda no mercado americano sem a necessidade de listagem nas bolsas locais. A operação é coordenada pelo Credit Suisse.

Nenhum comentário: