terça-feira, 30 de março de 2010

VALE OURO

PessoALL,

VALE OURO!
No início da madrugada brasileira, o site da Bloomberg informava que a VALE pôs fim a um sistema que vigorava há 40 anos - de reajuste anual do minério de ferro -, conseguindo estabelecer uma precificação trimestral junto às siderúrgicas asiáticas e emplacando um aumento de 90% nos preços do produto.

A notícia representa uma vitória em relação aos clientes da Ásia, que vinham resistindo à mudança para uma base trimestral, por preferirem a estabilidade de um preço anual (que traz muito menos volatilidade). Segundo o porta-voz da japonesa SUMITOMO METAL INDUSTRIES, a companhia teria concordado em pagar um valor entre US$ 100 e US$ 110 por tonelada de minério no segundo trimestre, a partir da próxima quinta-feira, dia 1° de abril. O valor é quase o dobro do definido no contrato referencial de longo prazo do ano passado. Nada mau, Né?


Ontem, a impressão de que a VALE estivesse próxima de bater o martelo sobre o preço final do minério à ÁSIA induziu as ações da mineradora a um novo rali e ajudou a reconduzir a BOVESPA novamente para perto dos 70 mil pontos. Hoje, se não resolver realizar no fato, quem sabe a bolsa não lance uma investida de vez para esta marca.

Também indicadores econômicos positivos divulgados nos EUA ajudaram a compor o ambiente positivo do dia, que levou o Dow Jones à máxima do ano.

IBOVESPA INDO PARA 70 MIL PONTOS: É LOGO ALI ....

O apetite por risco voltou a dominar as mesas de negócios lá fora e aqui e levou o IBOVESPA a encostar mais uma vez nos 70 mil pontos. O índice encerrou o pregão em alta de 1,83%, aos 69.939,12 pontos, muito perto da máxima de 69.943 pontos. Operando em tempo integral no azul, na mínima, a bolsa se segurou na estabilidade, aos 68.681 pontos (estável). O volume financeiro permaneceu em R$ 5,479 bilhões. Enquanto respiraram aliviados em relação à Grécia, os investidores saíram às compras, elegendo as commodities como alvos favoritos, o que bateu positivamente na VALE e nas siderúrgicas.

No fechamento, VALE PNA registrava valorização de 1,87%, negociada a R$ 49,46,

enquanto o papel ON subia 2,24%, para R$ 57,05. As especulações sobre o reajuste do
minério de ferro tiveram grande parcela de contribuição no otimismo.

E QUAL O POTENCIAL PARA A VALE APÓS O REAJUSTE?
Diante de uma alta próxima de 100% nos preços do minério, muitos já consideram que o valor justo para VALE PNA seria de R$ 55, isto equivale a pouco mais de 10% em relação ao preço de fechamento de ontem, dia 29/03/10.

Ontem, as siderúrgicas ocuparam cinco das seis maiores altas do Ibovespa. A líder foi LLX ON (+5,84%), seguida por USIMINAS PNA (+5,72%) e ON (5,69%), GERDAU PN (+4,7%) e MMX ON (+4,56%). CSN ON subiu 3,45% e METALÚRGICA GERDAU, +4,07%.

E OS PAPEIS DAS CONSTRUTORAS? COMO FICAM?
Reagindo mal à falta de novidades no anúncio do PAC e à concentração ainda maior dos financiamentos nas faixas de renda mais baixa, as construtoras tiveram as maiores perdas. PDG REALTY ON liderou, caindo 4,65% e foi seguida por GAFISA ON (-2,75%) e MRV
(-2,55%). CYRELA ON caiu 1,18%.

E A GRECIA?

O mercado respirou aliviado depois de ver o risco de calote da GRÉCIA afastado, ao menos por enquanto, com o relativo sucesso da emissão de 5 bilhões de euros em bônus de sete anos feito pelo país. Foi a terceira captação grega no ano. A notícia valorizou o euro e também ativos mais sensíveis ao crescimento econômico, como as commodities. Mas como nem tudo é perfeito, a alta taxa de retorno que o país precisou pagar (3,33 pontos acima dos bônus alemães) mostrou que os investidores estão cautelosos. Por isso, o mercado estará atento à demanda nas emissões futuras do país.

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