quarta-feira, 24 de março de 2010

TODAS AS ATENÇÕES PARA A GRÉCIA E PARA O PREÇO DO MINÉRIO

PessoALL,

Tal como havia comentado, PETRO é a "bola murcha" da hora e a VALE é a "bola cheia"....

VALE OURO!
Ontem, terça-feira, as ações da mineradora seguiram atraindo compras, com os rumores de que o aumento negociado com os asiáticos pode passar de 100%. Confirmados os prognósticos, a receita da VALE seria elevada em US$ 12,8 bilhões, este ano - mais que o dobro do lucro da companhia em 2009. Nada mau, náo é verdade?

Em relatório, o GOLDMAN SACHS reiterou a recomendação de compra para os papéis de VALE, ressaltando que a companhia não tem sido capaz de atender toda demanda.
Por isso, a China não assusta quando acusa a VALE de formar um oligopólio junto com a BHP e a Rio Tinto para o fornecimento de minerais, encarecendo os preços.

Muitos devem se recordar que, no início do mês, a especulação que circulava no mercado era de que, neste ano, o preço do minério de ferro seria reajustado em 60%. Depois,
falaram em 80% e 90%... E quando o investidor achava que estes porcentuais já estavam muito bons para ser verdade, surge o rumor de que a VALE adotou um novo sistema de
precificação, que poderá resultar em uma correção de até 114% no valor dos contratos. A nova metodologia tem como base o preço no mercado spot para reajustes trimestrais.

Segundo informações não confirmadas pela mineradora, o sistema seria adotado a partir de abril, quando vencem os contratos fechados com as siderúrgicas da Ásia.

No início da tarde, a VALE soltou nota oficial dissendo que "não fez qualquer novo comunicado ao mercado de capitais sobre preços de seus produtos". Mas admitiu que "nos últimos tempos" implementou uma nova política comercial, mais flexível quanto à forma de vendas, "uma política que reflete a realidade de mercado e necessidades específicas dos clientes".

Apesar disso, pagando para ver, investidores promoveram uma nova rodada de compras dos papéis da companhia, que voltaram a garantir a BOVESPA - em alta quase o dia todo... Na mínima, tudo o que a bolsa caiu foi 0,19% (68.913 pontos)... Embora não tenha tido força para retomar os 70 mil pontos (na máxima, subiu 0,83%, 69.613 pontos), o IBOVESPA terminou com elevação de 0,50%, aos 69.386,72 pontos. De todo o volume financeiro de ontem (R$ 5,895 bilhões), quase 20% foi girado apenas por VALE PNA, que subiu 2,60%, para R$ 48,55. Terceira melhor alta do índice, VALE ON disparou 3,54% (R$ 55,80).

Nos reflexos do otimismo, as ações de outra mineradora, a MMX, aproveitaram o rali e subiram 5,56% (ON), a maior valorização do dia. Ainda empresas que detêm ativos em
mineração engataram altas expressivas, como a CSN ON (ganho de 4,28%), na segunda colocação do ranking, e a USIMINAS PNA (+2,1%). GERDAU PN subiu menos (+0,30%), enquanto METALÚRGICA GERDAU PN terminou praticamente estável (+0,12%).


E A PETROBRAS?
Confirmando a impressão de que na carteira das BLUE CHIPS os investidores possam estar priorizando a compra de VALE, optando por vender PETROBRAS, as ações da
estatal ampliaram ontem as perdas. PETROBRAS PN fechou em baixa de 1,16%, cotada a R$ 35,82, enquanto os papéis ON caíram 1,6%, a R$ 39,90, apesar da alta do petróleo.


ENQUANTO ISSO, NO REINO DA GRÉCIA....
A difícil situação da GRÉCIA será discutida no encontro de cúpula da União Européia amanhã e sexta-feira, em Bruxelas. A comissão européia ainda tenta vencer a resistência da chanceler alemã Angela MERKEL, que tem descartado a necessidade de discutir um pacote de emergência para o país, por enquanto.

E como se não bastasse, hoje pela manhã, a agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixour a nota da dívida soberana de Portugal. O rating do país foi reduzido de "AA" para "AA-", com perspectiva negativa .

Tudo isso vai contribuir para aumentar a volatilidade no mercado, que segue como a tônica do momento.


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