sexta-feira, 18 de junho de 2010

Passamos dos 61 mil

PessoALL,

Apesar de terminar a sexta-feira em território negativo, o índice Ibovespa acaba a semana em alta, norteado principalmente pelas bolsas externas. A queda da volatilidade propiciou a volta do apetite por risco, porém os investidores ainda se mostram bastante receosos. Notícias vindas da Europa pesam sobre os preços, em especial as relacionadas ao sistema financeiro e consequentemente sobre o movimento das moedas. 

A semana contou com uma agenda de indicadores importantes tanto no Brasil como no exterior. 

Nos EUA a produção industrial de maio surpreendeu para cima, sendo destaque a produção de bens de consumo tanto de duráveis como não duráveis. No entanto, um indicador antecedente de atividade de junho, compilado pelo Fed da Filadélfia, ficou abaixo do esperado sinalizando que a atividade em junho, apesar de ainda mostrar expansão, cresce em ritmo mais moderado. A combinação desses indicadores suscitou dúvidas a respeito do grande otimismo que há com a perspectiva de crescimento da economia norte-americana. 

Na Europa, as notícias também foram ambíguas. Se por um lado o índice de confiança do empresariado na Alemanha, o índice ZEW, caiu mais do que o esperado e a agência de classificação de risco rebaixou os títulos gregos para o nível "junk", na sexta-feira a comissão europeia disse que irá divulgar o teste de estresse dos bancos, o que é entendido como uma excelente sinalização. 

Já no Brasil, as vendas no varejo caíram em abril 3%, porém o dado não permite que afirmemos que há desaceleração da atividade e sim acomodação. No mesmo sentido ficaram os dados de inflação que foram divulgados na semana. Já a ata da última reunião do Copom, sinalizou que a autoridade monetária deve continuar com o ciclo de alta da taxa básica de juros, tendo como principal norte a forte atividade doméstica e sua consequente pressão sobre a dinâmica de preços.

Por enquanto os 61 mil pontos se tornaram um importante suporte para o IBOVESPA.

Na próxima semana....
No Brasil, a semana trará divulgações importantes, destaque para o IPCA-15 e a Pesquisa Mensal de Emprego. Além disso, a semana conta com as terceiras prévias de inflação do mês de junho, as notas à imprensa do BC de setor externo de política monetária e operações de crédito e a de mercado aberto. E, ainda, a FGV divulgará a sondagem do consumidor e os Custos com construção civil - INCC. 

Nos EUA, o maior destaque da semana são os dados finais do PIB do primeiro trimestre e a reunião do FOMC (Comitê de Política Monetária do banco central americano). 

A agenda conta ainda com a divulgação dos Pedidos de bens duráveis, o índice de confiança do consumidor de Michigan e de Chicago. Além do índice de manufatura FED de Richimond (uma das 12 divisões regionais do BC americano) e as vendas de casas novas e existentes.

A Europa, com a agenda mais tranquila, divulgará os pedidos da indústria e as prévias dos PMI´s. 

Ainda, o Reino Unido divulga a ata do Banco Central Inglês - BoE. A França divulgará o PIB do primeiro trimestre e os gastos do consumidor. E, a Alemanha divulgará a pesquisa ILO- Clima de negócios. 

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