Segundo o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia irão juntar forças para monitorar a Grécia e para redigir "medidas adicionais necessárias" para manter a estabilidade na zona do euro.
As principais bolsas terminam a semana em território positivo, com os investidores animados com o plano de ajuda da União Europeia à Grécia.
Segundo o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia irão juntar forças para monitorar a Grécia e para redigir "medidas adicionais necessárias" para manter a estabilidade na zona do euro.
No entanto, a questão continua em aberto e deve seguir como destaque nas próximas semanas.
Nesse sentido, o Euro deve continuar pressionado, em especial, por que uma das principais consequências do agravamento do endividamento europeu será um crescimento econômico menor, dado a necessidade de um ajuste fiscal à frente. Na manhã desta sexta-feira, a divulgação do produto interno bruto (PIB) da região ratificou essa percepção. A zona do euro perdeu força no quarto trimestre de 2009, quando a economia cresceu apenas 0,1 % sobre os três meses imediatamente anteriores, abatida pela fraca performance da Alemanha. Em 2009, como um todo, o PIB recuou 4%.
Nos EUA, a novidade veio do presidente do Fed, que deixou claro que o momento de iniciar o aperto monetário ainda está um pouco longe, mas pode começar a retirar os enormes estímulos para a economia, removendo, em primeiro lugar, um pouco da liquidez do sistema financeiro, para, só depois, subir o juro. Apesar de Ben Bernanke ter deixado claro que esse ajuste não é para agora, o anúncio pode ser compreendido como uma sinalização importante.
Nesta semana, também foram destaque a divulgação de uma bateria de dados na China, sendo a principal notícia a decisão do Banco Central da China em elevar o depósito compulsório dos bancos do país em 0,50%. A decisão, dentro do nosso entendimento, corrobora o cenário de crescimento robusto para emergentes.
No Brasil, as atenções continuam voltadas para os juros e, principalmente, para os dados de inflação corrente que continuam a apontar importantes pressões. Mesmo sabendo que os três primeiro meses do ano são sazonalmente piores para preços, os dados continuam surpreendendo os analistas. Segundo a pesquisa Focus do BC divulgada no início da semana, a mediana das expectativas para a inflação ao consumidor no ano já ultrapassou o centro da meta e hoje está em 4,73%. Os números de atividade, apesar de ligeiramente mais fracos do que no último trimestre do ano, continuam também sinalizando uma atividade corrente forte, como apontou o dado de utilização da capacidade instalada medida pela CNI, que em janeiro ficou em 81,7% da capacidade total, nível já elevado.
Dentro desse contexto, o mercado externo continua a nortear a mercado doméstico, sendo que a Europa continua no centro das discussões.
|
|
![]() |
A próxima semana reporta uma agenda tranquila no Brasil em termos de indicadores econômicos. Por outro lado, nos Estados Unidos e Europa alguns dados de maior relevância serão divulgados.
No Brasil, a semana trará as divulgações das segundas prévias de inflação do mês de fevereiro, com destaque para o IGP-M. Além disso, na quinta-feira será divulgado o fluxo cambial do BC, referente a segunda semana de fevereiro.
Nos EUA, a agenda concentra indicadores importantes. Os maiores destaques da semana são os números de produção industrial, utilização da capacidade instalada, índice de preços de janeiro do produtor e consumidor . Além disso, de importância relevante, a ata do FOMC será divulgada no final da tarde de quarta-feira.
A Europa tem a agenda cheia, no entanto, com indicadores de menor importância na comparação com a semana anterior. Os principais destaques serão as prévias dos PMI´s da Zona do Euro, a divulgação da pesquisa de sentimento econômico e a prévia da confiança do consumidor de fevereiro. A semana conta ainda com os dados de conta corrente e balança comercial da região do euro. O Reino Unido divulgará a ata do banco Central Inglês.