segunda-feira, 15 de junho de 2009

SELIC & DIVIDENDOS

Prezados,

Com a SELIC em 9,25% ao ano, os dividendos pagos pelas empresas que já eram uma forma de quem aplica em bolsa garantir um mínimo de retorno, já que a valorização dos papéis no pregão é algo bastante incerto, passaram a ter ainda mais destaque.

Só com os dividendos, os investidores podem ganhar mais do que se deixassem o dinheiro aplicado na renda fixa. Se um investidor conseguir num fundo de Depósito Interfinanceiro (DI) retorno de 100% da nova taxa de juros, de 9,25% ao ano, algo muito difícil nos fundos de varejo, e ficar mais de dois anos na aplicação, pagando, portanto, 15% de imposto de renda, terá um ganho líquido de 7,86%. Isso sem considerar o pagamento da taxa de administração ou de qualquer outro tipo de tarifa cobrada pelos bancos. Acontece que existem várias empresas que distribuem, sob a forma de dividendos, mais do que esse percentual, valor já livre de imposto

ACOMPANHAR DIVIDEND YIELD PASSA A TER MAIS CHARME !
Mais do que o valor absoluto, o que conta de fato é a relação do dividendo pago pela companhia e o preço da ação em bolsa, conhecida como "dividend yield". Em outras palavras, esse indicador mostra quanto do total pago na ação o investidor terá de volta só com a distribuição de dividendos. Isso sem contar qualquer valorização que o papel possa ter na bolsa. Pelo menos 12 entre as grandes empresas listadas na Bovespa possuem um "dividend yield" superior a 10%. Ou seja, os investidores que compraram esses papéis tiveram pelo menos 10% de retorno líquido, isso considerando que as ações não subiram um centavo sequer na bolsa.

MAS ONDE BUSCAR RETORNOS EM DIVIDENDOS?
Historicamente, empresas de gás, como energia elétrica, telefonia, saneamento e concessões rodoviárias, estão entre as boas pagadoras de dividendos. Como são setores mais maduros, as companhias fazem menos investimentos no próprio negócio. Consequentemente, sobra uma fatia maior do lucro para ser distribuída aos acionistas.

Na sexta-feira, primeiro pregão da Bovespa depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) ter reduzido a taxa de juros de 10,25% para 9,25% ao ano, algumas ações de energia estiveram entre as maiores altas do dia. Como, por exemplo, os papéis da Eletropaulo, Copel, Cemig, Eletrobrás e Transmissão Paulista. Esse comportamento já é um sinal da movimentação dos investidores em busca das boas pagadoras de dividendos.
 
Os fundos de pensão, por exemplo, serão obrigados a buscar investimentos de maior risco para bater suas metas atuariais e, portanto, garantir o pagamento de seus aposentados. O mesmo raciocínio vale para as pessoas físicas que desejam ter um colchão de ganho certo em ações.
 
Para aqueles que querem investir nesses papéis, é importante ter em mente que, em momentos de grande valorização da bolsa, eles costumam subir menos pelo seu caráter defensivo. Geralmente, quando o mercado sobe, as empresas que estão em fase de crescimento são as que mais se beneficiam. No entanto, quando o mercado entra num período de baixa, as boas pagadoras de dividendos são as que menos caem, servindo como uma espécie de colchão para amortecer as quedas dentro de uma carteira de investimento. 
 
 

3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Simone disse...

Adorei o post.

Silas Mello disse...

Adorei o blog.